sexta-feira, 25 de outubro de 2013

IN ILLO TEMPORE

Pela segunda vez e passados trinta e tal anos, estou a roubar o nome ao livro de Trindade Coelho que ele escreveu a contar as suas aventuras quando era estudante em Coimbra.
A primeira vez que usei este título foi quando foi criado o jornal "O Vicentino" em que eu estava mais ou menos encarregue da parte humorística, vá-se lá saber porquê!
Não vou contar porque tendo nós Vicentinos um jornal, "O Pelourinho", nos fomos meter na aventura de publicar um outro jornal. Só essa história, a sua envolvência, dava um livro bem bonito que DEVIA SER ESCRITO.
Vamos então ao "IN ILLO TEMPORE":
No tempo em que o Chico Manha saiu do Seminário sem ter provado as honras cardinalícias, já outros o tinham feito ou estavam para o fazer. Cada um desabelhou para seu lado à procura de vida mas, quando chegavam as férias, aí os tínhamos a todos a matar saudades da família e amigos.
Numa célebre Quaresma húmida e fria, decidimos por bem ir cantar os Martírios. Que bem que nós cantávamos, ou não fossemos nós ex seminaristas.
Lá ensaiamos e, numa noite em que carujava, saímos para a rua a cantar. 
No Fundo de Vila a coisa correu otimamente mas, já no Cimo de Vila,  quando nos deslocávamos silenciosamente para o próximo local onde iriamos cantar, sai-se de lá o Chico com esta:
- Quadragésima nona estação: Nosso Senhor cai num lapacheiro!!!
Claro que nessa noite não se cantou mais nada de jeito, porque era uma risada pegada.
No dia seguinte, a menina Nelita, que morava no Fundo de Vila, diz-me assim:
- Ai Ernesto, vocês ontem cantaram tão bem!
Entretanto, chega a menina Maria de Jesus (Cimo de Vila) que tanta vez me puxou as orelhas, mesmo muito depois de eu casar, e essa foi logo dizendo:
- O que é que aconteceu ontem que cantastes tão mal?

E queria ele ser cardeal, o sacanita!!!


Ernesto  Hipólito

domingo, 20 de outubro de 2013

Gafanhotos ou grilos?

O admirável mundo novo chegou, não em todas as áreas, claro está, mas no que respeita à informação e comunicação é mais que verdade.
Esta história dos gafanhotos, não me passou ao lado. Tive dela conhecimento na nossa Praça virtual que é o blogue dos enxidros e há dois ou três anos fui à Senhora da Orada numa altura que estava deles super povoada. Mesmo a escolher onde por os pés era impossível não pisar uns quantos. E é claro que um gajo criado na serra, não fica insensível ao ver uns bicharocos tão estranhos, que nunca vira ao longo de todos estes anos.




Este ano, o meu sobrinho Bernardo tirou umas fotos magníficas para a minha investigação e que aqui partilho convosco (a do azevinho está já publicada nos enxidros, mas usei-a para mostrar a dimensão do problema) e vai daí, quem não sabe pergunta, se quiser ficar a saber mais do que sabe.
Através dum compadre meu que é investigador no Instituto Superior de Agronomia de Lisboa, a questão foi colocada a um seu colega Professor nos seguintes termos:

As fotos anexas são de uma espécie desconhecida na região, que começou a surgir há meia dúzia de anos e que agora surge ao milhares (milhões) no final da primavera, princípio do verão, na vertente sul da serra da Gardunha, mais concretamente em S. Vicente da Beira, concelho de Castelo Branco.
Há um grande dilema sobre se serão gafanhotos ou grilos, mas são realmente bizarros e não muito parecidos com qualquer das espécies referidas, daí o pedido de ajuda…”

A resposta do especialista veio rápida:

“Trata-se de um tetigonídeo do género Ephippiger. As duas primeiras fotos são de uma fêmea; terceira, de machos. São insectos mais próximos dos grilos (pertencem à mesma subordem, Ensifera) do que dos verdadeiros gafanhotos (pertencem à subordem Caelifera). Em algumas regiões da Beira-alta, chamam-lhes cigarras, mas obviamente estão muito distantes das verdadeiras cigarras que pertencem uma ordem diferente (Hemiptera).
 Já tinha tido notícia em anos anteriores de situações semelhantes, no Norte, não sei se da mesma espécie, uma vez que nunca recebemos exemplares para identificar.”

É obvio que uma resposta destas é só a indicação de uma janela para quem a quiser abrir. E no admirável mundo novo em que vivemos fiz umas perguntas ao dr. Google, que me mandou falar com a dra. Wikipédia (um casal fascinante), e qual não é o meu espanto quando lhes pergunto se já tinham visto algum desses bicharocos que dão pelo nome de Ephippiger e eles me mostraram logo um, que parece que tinham ido buscar à Vila.
Depois veio-me à lembrança o apelo da FAO, Agência das Nações Unidas responsável pela agricultura, a encorajar o consumo de insetos em larga escala para combater o problema da escassez de alimentos, até porque cerca de dois biliões de pessoas no planeta, já têm nos insetos uma base importante da sua alimentação.
Então, surgiu-me a ideia de que talvez seja possível criar uma fileira de negócio do gafanhoto da Gardunha, tipo pastel de Belém, como sugeriu o anterior Ministro da Economia e ganharmos a nossa independência económica. Para isso, na próxima primavera, temos que apanhar uns quantos para eu pedir ao dr. Francisco George, diretor-geral da Saúde, que os mande analisar para apurar se são comestíveis.
Entretanto, estou já a organizar um livro de receitas chinesas, tailandesas e vietnamitas, das mais saborosas que há (segundo eles), para podermos expandir o negócio, para a Europa, África e Ásia.
É um negócio que não precisa de investimentos vultuosos ao princípio. Matéria-prima há com fartura. Umas frigideiras bem grandes, (como as das filhós). Azeite do Sobral, virgem extra. Alecrim, orégãos, malaguetas e outras especiarias… Já me estou a lamber.
Vou falar com o meu querido amigo João Passarasso, que é um rapaz com dinheiro, com muito espaço no quintal da sua nova casa e sobretudo com uma bela visão de futuro.
Estou certo que poderá tornar-se um grande investidor, grande consumidor e um grande divulgador por terras de França.

Não se riam. Isto é paródia, mas não é inverosímil. O futuro o dirá…

Bom apetite a todos. Por enquanto, claro, só para as vossas investigações…

outubro de 2013.

Francisco Barroso

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Maria Albertina

Diz, quem a conheceu, que era bem parecida de cara, mas de corpo, fraca figura: baixita, magrizela, peito quase liso…
Ainda umas semanas antes, logo a seguir à Senhora da Orada, tinha ido a acompanhar o homem que abalava para o quinto, lá para os lados de Alcafozes. Saíram de casa de madrugada, passaram ao lado da Vila, direitos à Oles, Louriçal, e depois sempre em frente, até à Lardosa. Era lá que os esperava o carro de bois que levaria os cestos ou as sacas com os pertences de cada um; os homens seguiriam a pé, cortando caminho, até ao destino. Ela voltou para trás, sozinha.
De regresso a casa, já rente ao sol posto, ainda deu de comer às galinhas, engoliu uma malga de leite da cabra com umas sopas de pão, e foi para a cama (uma enxerga assente em quatro tábuas de pinho, por cima de dois bancos, encostada a um canto da única divisão que servia de sala, quarto e cozinha). Derreada das costas e estranhando a largueza da cama (nunca tivera uma só para ela: desde que se lembrava, em solteira, sempre tinham sido três ou quatro na cama, uns para a cabeceira e outros para os pés; depois de casada, aconchegada pelo seu homem), levou tempo a adormecer.
Enquanto o sono não vinha pensou no filho que ia nascer: seria menino ou menina? Não importava muito, era preciso era que viesse perfeitinho. Imaginou-o já nascido e ela a cuidar dele, como cuidara dos irmãos; mas agora era mãe de verdade e não havia de os deixar andar ranhosos nem berrar de fome. Estes pensamentos trouxeram-lhe à memória a sua própria infância naquela terra perdida entre cabeços e barrocas; só mato e pinheiros à roda.
Não andou na escola porque fazia falta em casa e, como dizia o pai, uma mulher não precisa da escola para nada. Saber ler e escrever só servia para se corresponderem com os cachopos, às escondidas, e sabe-se lá... Para desgraça, já lhes bastava terem nascido mulher.
Ainda criança, e já tomava conta dos irmãos mais pequenos, pouco mais novos que ela. Com pouco tempo para as brincadeiras da infância, cuidava deles como se fossem bonecas, fazendo de conta que era a mãe. O pior era quando eles, com a fome, dor de barriga ou outra maleita qualquer, berravam que nem desalmados, e ela sem saber o que fazer. Às vezes, ao mais novo, calava-o quando lhe enfiava na boca uma “boneca” de farrapos, já encardida, molhada em água com açúcar. Ao outro, dava-lhe uma fatia de pão besuntada de azeite e, às vezes, um bocadinho de açúcar por cima.
Também se lembrou da sova que apanhou quando tinha uns sete anos. Uma das tias mais novas que andava a servir na Covilhã veio a casa no Natal e trouxe uns sapatos que a patroa já não calçava e mandava para a mãe (era muito boazinha, aquela senhora…). Eram uns sapatos de verniz, salto alto e bico afiado, onde só cabiam pés de senhora fina. A mãe, só se os enfiasse nas orelhas porque os pés calejados e habituados às alpercatas (quando não a andar descalços) não lhes entravam dentro. E, mesmo que entrassem, onde é que já se vira, naquela terra, uma mulher de juízo andar com uns sapatos daqueles? Nem para ir à missa prestavam! Ficaram arrumados lá para um canto. Um dia desencantou-os e toca de os experimentar. Que maravilha! Assentavam lindamente nos seus pés de criança. Assumindo o papel de mãe, mas também porque queria mostrar a toda a gente as maravilhas da cidade, calçou os sapatos de salto alto e bico fino, escanchou o irmão mais novo à cintura e aí vai ela! Tinha esperança de encontrar na rua alguma vizinha que olhasse para ela e exclamasse: "Que azadinha que a Albertina vai! Está uma mulher feita, com o filho ao colo! E já tem uns sapatos à moda!" E se visse a Conceição ou a Trindade, cachopas da idade dela? Haviam de se roer de inveja… Mal assomou à soleira da porta e se preparava para descer, desequilibrou-se do alto dos sapatos, voou por cima dos três degraus de pedra e caiu redonda no chão. E o irmão aos berros, por baixo dela. Esfolou-se toda, mas o pior foi o menino que ficou com um galo enorme na cabeça; ainda por cima, à medida que a noite se avizinhava, o raio do galo ia crescendo e ficando mais negro. Ai dela, quando a mãe chegasse a casa! 
Nesse tempo o pai trabalhava nos pinheiros; ora colhia resina, ora cortava lenha para o comboio que vinha de Lisboa e passava na Soalheira, a caminho da Guarda. A mãe abalava de madrugada para a horta. Era ela que, sozinha ou com a ajuda de algum dos filhos mais velhos, tratava das batatas, das couves, do feijão e tudo o que pudesse colher. À noite, às vezes até altas horas, sentava-se ao tear que herdara da avó e tecia mantas de ourelos. Havia alturas em que não tinha mãos a medir, tantos eram os novelos de fitas que vinham da freguesia inteira!
Com doze anos foi pela primeira vez ao terço; primeiro para a Lardosa, depois para a Lousa. Andava por lá cinco meses a semear, regar, sachar e colher. Ao princípio ninguém dava nada por ela, cinco réis de gente, mas depressa apanhou o jeito e começou a render como as demais. Nos anos melhores ainda chegou a trazer para casa uns alqueires bons de milho ou feijão, mas houve outros em que mal deu para o caminho… De raro em raro vinha a casa para matar saudades e levar qualquer coisa para comer: pão, umas batatas (quando ainda as havia), um punhado de feijão pequeno, metade de um queijo de cabra, uma malga de azeitonas e, de conduto, pouco mais… Muito trabalho e muita fome! Ainda se ao menos pudessem comer a fruta que caía e apodrecia debaixo da árvore…Mas nem isso o patrão permitia, não fossem avezar-se e começar a querer também a fruta sã...
Ainda não tinha os dezassete anos feitos quando foi pela primeira vez ao quinto, lá para os lados da Idanha. Fazia o jantar, dava água aos ceifeiros, ia ao pão…Fazia o que lhe mandavam. Foi lá que no ano anterior conheceu o seu homem; ela com dezoito anos ainda por fazer, ele que mal passara dos vinte. Ao princípio eram só olhares tímidos, mas depois foi paixão descontrolada debaixo daquele céu enorme que de vez em quando deixava cair uma estrela.
O quinto acabou e ele continuou a visitá-la na terra dela. Ainda era um bom par de horas de caminho, para lá e para cá, mas quem corre por gosto, não cansa! Passado pouco tempo tiveram que casar. Um desgosto para os pais que não mereciam tal desonra nem o falatório do povo. Vergonha para ela que teve que enfrentar o olhar acusador dos sogros quando encararam com ela, magrizela, mas já de barriga empinada. Filho deles havia de merecer melhor sorte…
Por causa da barriga que já pesava, não pôde ir para o quinto nesse primeiro ano de casada, mas não lhe faltaria trabalho na horta ou em casa, enquanto o homem por lá andasse e o filho não nascesse, lá para Agosto. Nessa altura já ele estaria de volta, se Deus quisesse. Ainda tinha que fazer o berço e, se a coisa corresse bem, talvez pudessem vender uns alqueires de semente para comprar uns metros de flanela e fazer umas baetas, uns jaquézinhos e mais qualquer coisa para aquecer o menino no Inverno.
Mas o menino quis nascer antes de tempo. Uma noite despertou com uma dor tão grande nas entranhas que acordou os vizinhos com um berro de morte. Levantaram-se os velhos e foram ver o que era. Bateram; chamaram: "Albertina, ó Albertina, há novidade, cachopa?" Mas, de dentro, não veio resposta…
Os sogros acordaram com murros na porta. Que viessem a correr porque tinham ouvido gritos vindos da casa da Albertina, mas ela não acudia. Bateram; chamaram; bateram com mais força, mas qual Albertina? Trouxeram uma escada da azeitona e deitaram a janela adentro: lá estava ela, caída de borco, ao lado da cama. Não dava acordo de si.
Juntou-se logo ali a vizinhança toda, a ver o que era. Veio um homem à Vila chamar pelo doutor. Quando lá chegou, um par de horas depois, olhou e viu logo que ali não havia nada a fazer; tinham que a levar para o hospital. Mas como, se ninguém na terra tinha automóvel e o carro de bois levaria um ror tempo? Não se preocupassem, levava-a no automóvel dele. Um santo, aquele doutor!...
Quando chegaram ao hospital abriu-lhe a barriga e tirou lá de dentro o menino. Todo roxinho, o anjinho. Fazia dó! Ainda lhe deram umas palmadas, mas nem um gemido lhe arrancaram. E ela continuava sem dar conta de si.
Mandaram vir o homem de Alcafozes. Chegou já de noitinha, todo roto, na roupa e na alma. Ao outro dia, assim que avistou o médico à porta do hospital, caminhou para ele, descobriu-se e, de chapéu e coração nas mãos, pediu: "Ó doutor, salve a minha mulher, por amor de Deus; não ma deixe morrer..." O doutor encolheu os ombros e tardou na resposta: "Vamos fazer os possíveis…". E voltou as costas. O homem sentou-se nas escadas, cabeça baixa e a cara escondida entre as mãos, não fosse alguém ver as lágrimas que não conseguia segurar.
Mas as horas passaram e ela continuava sem abrir os olhos nem dizer palavra.
Quando os sinos dobraram pelo seu menino que ia a enterrar, dos olhos fechados correram duas lágrimas. Ainda houve esperança de que fossem sinal de vida e ela fosse acordar; mas não. Deu um suspiro e ficou-se. Eram vésperas de S. Pedro, dia em que faria dezanove anos. Foi fazê-los à terra, coitadinha… Tão novinha e tão boa rapariga!
Depois de enterrar a mulher, o homem voltou para Alcafozes. Quando regressou a casa trazia pão para todo o ano, mas não tinha quem lho cozesse. Por isso, e para não ter que devolver o pouco que a mulher tinha trazido como enxoval, combinou casamento com a cunhada mais velha. Esta sim, na opinião da sogra, uma mulher feita, um bom braço de trabalho para o que quer que fosse; e asseada que só visto!

Esta história é verídica e foi-me contada por um parente chegado da “Albertina”. O nome não é verdadeiro, mas foi escolhido por, como lembram os “Humanos” cantando Variações, ser um nome bem português. Infelizmente nem só o nome, mas também o destino triste de muitas mulheres em Portugal, num tempo que não é assim tão distante…

M. L. Ferreira

domingo, 13 de outubro de 2013

Esperteza de rato

Foi na altura das vindimas que se iniciou e descobriu a “Esperteza de rato”.
Na enorme quinta da Vila andaram a fazer a vindima, o tanque grande estava quase cheio de uvas esmagadas e já a iniciarem a fermentação.
O Ratinho do campo andava a treinar a sua corrida para fugir sempre que visse um gato.
As bordas do tanque eram uma excelente pista de corrida e era sempre ali que ele treinava.
Naquele dia de Setembro, lá foi o Ratinho para os treinos.
Colocou-se na borda do tanque e deu a partida…
Mal tinha iniciado a corrida, escorregou numa pele de bago de uva e caiu dentro do tanque com mosto.
Aflito, tentou não ir ao fundo e gritou o mais alto que podia:
- SOCORROOOO….
- SOCORROOOO…
O gato estava a dormir ao sol e acordou com os gritos, arrebitou as orelhas e voltou a ouvir…
- SOCORROOOO….
- SOCORROOOO…
- ACUDAM…
- É o rato! - Pensou o gato, e correu até à adega onde estava o tanque do vinho.
Ao chegar lá subiu para as bordas do tanque e viu o rato muito aflito, quase a afogar-se no mosto.
- Oh, oh gato, oh gatinho ajuda-me… tira-me daqui - pediu o rato - por favor…
- Eu?! Tirar-te daí? - Interrogou o gato.
- Sim, sim só tu me podes ajudar e tirar daqui. AJUDA-ME RÁPIDO! - Gritou o rato.
- Está bem - Disse o gato. Eu ajudo-te a sair daí, mas tens de me prometer uma coisa.
O rato cada vez mais aflito: - Está bem gato, eu faço tudo o que me pedires.
- Então eu tiro-te se me prometeres que deixas que eu te coma quando saíres daí. - Disse o gato.
O rato ficou ainda mais aflito, mas, como estava quase a afogar-se e não tinha outra solução para sair dali, tentou respirar e disse tristemente: - Es…Está bem gato, eu deixo … que tu me comas.
Ao ouvir a resposta do rato, o gato deu um enorme sorriso e pôs logo o seu enorme rabo dentro do tanque para salvar o rato.
O rato agarrou-se ao rabo do gato e saiu para as bordas do tanque.
O gato colocou-lhe logo uma pata em cima do rabito, não fosse o rato fugir e faltar ao prometido.
O ratinho estava mais aliviado de estar a salvo de morrer afogado no mosto mas… agora ia ser comido pelo gato. O seu coração ficou tão pequenino que quase deixou de bater, com tanta tristeza. Olhou o gato que já estava de boca aberta, de língua e dentes de fora para o comer, tentou respirar fundo e disse:
- Oh Ó…ó gato espera aí,… deixa-me sacudir primeiro. Tu não vês que eu estou todo molhado e cheio de bocaditos de uvas e peles. Se me comeres assim eu amargo e tu ficas mal disposto.
O gato olhou o rato e viu que ele tinha razão: - Está bem rato! Eu vou soltar-te para te sacudires, mas depois não fujas, lembra-te do que me prometeste – Vá lá… bem sacudidinho!
- Está bem gato. Eu bem sei o que prometi - disse o ratinho com as lágrimas nos olhos.
Sem tirar os olhos do rato, o gato tirou lentamente a pata do rabinho do rato, deixando-o solto para ele se poder sacudir.
O rato… sentindo-se solto, fez o movimento que fingia que ia sacudir-se mas saltou das bordas do tanque e fugiu o mais rápido que as suas pernitas conseguiram.
O gato ficou atordoado com aquela reação e clamou: - Então rato, tu prometeste que deixavas que eu te comesse e agora vais fugir!?
O rato sempre a correr e já a sair à porta para a rua, disse: - Eu sei gato, eu sei, mas quando eu estava dentro do tanque estava bêbado e agora já não estou.
E correu o ratinho feliz até ao campo.
Naquele dia de Setembro, o ratinho correu ainda mais feliz, tinha conseguido fugir das garras do gato, graças à sua esperteza…A ESPERTEZA DE RATO.

Luzita Candeias

Setembro/2013

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Contas das Festas de Verão

COMISSÃO DE FESTAS DE VERÃO DE S. VICENTE DA BEIRA - 2013 BALANÇO DE CONTAS E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Conterrâneos e Amigos:
Este é o resultado das contas das Festas de Verão de S. Vicente da Beira, 2013, que decorreram no início do mês de Agosto deste ano, como foi amplamente noticiado.
A Comissão de Festas agradece a Vossa colaboração, mesmo que tenha sido apenas na compra de uma simples rifa do sorteio principal das Festas.
Deste sorteio foram vendidas 2.500 rifas pelos mais diversos lugares do país, imagine-se: S. Vicente da Beira e arredores, Castelo Branco, Coimbra, Santarém, Abrantes, Lisboa...
Num ano de dificuldades económicas por todos sentidas, foi-se além do orçamento esperado (num total 22.319, 64 €) mas, felizmente, graças a todos Vós, tudo foi ultrapassado.
Estamos por isso agradecidos pela Vossa generosidade.
Um abraço a todos.


A COMISSÃO DE FESTAS DE VERÃO

DE S. VICENTE DA BEIRA, 2013

Descrição Receita Despesa  Saldo
Peditórios 5.841,50 0,00 5.841,50
Cartaz Publicitário das Festas 1.125,00 150,00 975,00
Sorteio rifas 1.010,00 482,01 527,99
Quermesse  1.560,00 54,75 1.505,25
Verbena 12.783,14 6.849,83 5.933,31
Grupos musicais  0,00 6.050,00 -6.050,00
Banda Filarmónica SVB 0,00 1.500,00 -1.500,00
Bombos SVB 0,00 150,00 -150,00
Rancho Folclórico SVB 0,00 150,00 -150,00
Aparelhagem 0,00 1.600,00 -1.600,00
Fogo artifício 0,00 1.400,00 -1.400,00
Licenças 0,00 407,70 -407,70
Água 0,00 21,67 -21,67
Electricidade 0,00 232,08 -232,08
Diversos 0,00 807,41 -807,41
Cerimónias Religiosas (Oferta) 0,00 450,00 -450,00
Obras Igreja Paroquial SVB (Oferta) 0,00 756,19 -756,19
Aquisição de Mobília e Arca frigorífica para Verbena 0,00 1.258,00 -1.258,00
Total 22.319,64 22.319,64 0,00

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Carta de amor

O Ernesto emprestou-me há tempos um livro que é uma preciosidade da literatura portuguesa. O livro chama-se Ninguém em Nenhures e o autor é Virgílio Godinho. Segundo ele, ”… é um livro é de ficção, sendo pois imaginários os lugares, as pessoas e os factos descritos…”; mas, ao lê-lo, revi-me de tal maneira nos personagens e situações descritas que acho que a ação se poderia passar na nossa terra, tendo como protagonistas muitos de nós.
O livro é uma edição da Sociedade de Expansão Cultural, de 1972. Parece que está esgotado. Que pena, porque valia mesmo a pena comprá-lo! …
Mas aqui fica um bocadinho. É uma carta de amor escrita pelo Lebre, um dos principais personagens do livro, que o autor descreve da seguinte forma: 
Lebre e boas fisgas são noções estreitamente associadas, de sorte que se torna necessário achar um para se obter as outras. Porém, achar o Lebre é bico d’obra, pois nunca ninguém sabe, ao certo, onde o tipo espairece. Tanto poisa aqui como nana acolá, ora num valado a passar pela brasa, ora a trolhar num biscate, ora a fingir que guarda cabras ou muito simplesmente a pastar por hortas alheias. É como o vento de Abril, não tem quadrante certo…”.

Numa altura em que o romantismo e as cartas de amor parece terem caído em desuso, aqui fica a prova de como, num tempo em que não se sonhava com filmes como Emmanuelle, autores como Henry Miller e muito menos com a Internet, o amor era uma coisa simples e inocente (seria mesmo?):

«Manina felora a prumêra veis questes dois se prantaram neças facias fequei logo cãs minhas á banda e há sigunda centi um bexaroco a ruer-mos bofese indo cá tanho… manina felora eu cá fasso fixegas purreras su avel que le mostre a queu dei prá mor dele traguer a nha carta à manina ó rica arrolinha quer falar pra mim!!!!! Manina felora eu sou o Lebre já cassei uns cuelhos prá manina indeide cassar mais os oitros não sabem sagravatalos eu cassus polas urelhas e gosto de bócei prumero eu pus o penso na do ti porfeçor ospois fis ma triquixa ca manina a oitra é ma lasque tamãe mas bocei indé mais eu agoira gosto mais da manina cadela tem as canelas mai gordas cás dela e eu gosto da gorda a manina tamãe é ma lasque e ma brasa munto gostava eu dassuprala nambore cumigo oilhe cus cuelhos não lão de faltar hai ca ricas nalginhas????? Si me decér que não atão atraco-má oitra inscreva ma resposta e dena o avel eu dêxo o ganhar há gerra das aranhas mas fêxea bem cum resina dacalitro pra mor dele a não ler ele pódir meter na pá ós oitros sacanitas eh não sengane eu sou o Lebre que sacina por su mão hadeus hadeus inté hai prumera hai as nalginhas…….! Narciso Lopes».

Um romântico, este Lebre!


M. L. Ferreira

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Os Batismos, em 1801

BATISMOS, 1801
Igreja de Nossa Senhora da Assunção
São Vicente da Beira
Algumas notas:
a) A Igreja Matriz de São Vicente tinha 4 sacerdotes ao seu serviço: o vigário Francisco Marques Goulaõ, o cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves, o tesoureiro Joze Barata e o juiz Joze Gonçalves (este só aparece uma vez referido como padre). O vigário e o cura seriam familiares, talvez primos, pelos apelidos Marques Goulão. Mas o vigário era mais velho, pois ainda escrevia Goulam, Gonsalves, Conceissam…, enquanto o cura já escrevia Goulaõ, Gonçalves, Conceiçaõ…

b) Neste ano de 1801, nasceram 3 crianças fora do casamento: uma foi exposta e por isso se desconhecem os pais (n.º 29), e duas eram filhos naturais, de mães solteiras (n.º 17 e n.º 26). As duas mães vieram de fora, São Romão e Penamacor, trabalhando provavelmente como criadas em casas de pessoas abastadas. Aliás, a importância social das pessoas que surgem como padrinhos e testemunhas comprova isso mesmo.

c) Já é possível começar a reconstituir algumas famílias, com apenas os batismos de 1800 e 1801, mais as informações constantes do meu livro sobre as Invasões Francesas. Ex.: Joze Custodio Ribeiro estava casado com Maria Hipolito Cassiana, morava na Rua do Convento, era capitão das Ordenanças, trazia, com Francisco Ferreira, o foro das freiras do convento franciscano (cobrava as rendas das suas terras e ficava com a terça parte), tinha 42 anos, em 1801, e era pai do Padre João Ribeiro e de Antonia, solteira, em 1801.
Outro exemplo: nos números 22 e 23, é possível reconstituir 3 gerações da família Ricardo, originária do Souto da Casa e dos Pereiros, que foram, durante dezenas de anos, os ermitões da Senhora da Orada e cujos descendentes ainda moram no Casal da Fraga.
O Capitão-Mor Francisco Caldeira, fundador da futura Casa Conde, em São Vicente, foi padrinho de Delfina (n.º 30). Faleceu pouco tempo depois, em 19 de outubro de 1803.

d) Neste ano, foram madrinhas três recolhidas do convento (Flora Maria, Brites Caterina da Conceiçaõ e Izabel Antonia). Não podendo estar presentes, foram substituídas, no ato do batismo, por uma outra pessoa. Não é claro que fossem freiras. Podiam ser raparigas ou mulheres ali recolhidas de livre vontade ou por imposição familiar. Na época, os conventos funcionavam como uma espécie de lares para as senhoras solteiras ou viúvas das elites sociais. Mas há alguma contradição entre o recolhimento em que viviam (são designadas por recolhidas) e o serem conhecidas e convidadas para madrinhas, nos batizados. Terão sido das últimas utentes do convento, pois, em 1835, já estava parcialmente em ruínas e só lá vivia a madre abadessa.

e) Os registos de batismo não indicam a povoação onde a criança nasceu. A naturalidade indicada em cada registo desta listagem conclui-a eu, a partir da residência dos pais. Mas há alguma margem de erro!

f) Nos finais deste século XIX, houve grandes mudanças na geografia dos concelhos, incluindo a extinção de alguns, como o de S. Vicente da Beira. Assim, não há gralha ao indicar o Orvalho como integrando o concelho do Fundão, ou o Chão do Cordeiro, da freguesia do Souto da Casa, pertencer agora à Pampilhosa da Serra. Neste caso, tenho dúvidas, pois há outras freguesias entre esta freguesia e este concelho. Talvez houvesse duas povoações com o mesmo nome e atualmente só já exista a da Pampilhosa.


 1.
Nome: Anna
Naturalidade: Paradanta ou São Vicente
Pais: Joze Leitaõ, de São Vicente, e Maria Roza, da Paradanta
Avós paternos: Joze Leitaõ, das Rochas de Baixo, e Ignes Faustina, de São Vicente
Avós maternos: Manoel Leitão e Maria Rodrigues, ambos da Paradanta
Data de nascimento: 25-12-1800
Data de batismo: 01-01-1801
Padrinhos: Joaquim Joze e sua mulher Maria da Conceiçaõ, de São Vicente
Testemunhas: Pe. Tesoureiro Joze Barata e Joze Antonio Rolaõ, ambos de São Vicente
Sacerdote: O Vigário Francisco Marques Goulaõ

 2.
Nome: Antonio
Naturalidade: Mourelo ou Tripeiro
Pais: Joaquim Rodrigues, do Tripeiro, e Brites Leitoa, do Mourelo
Avós paternos: Manoel Rodrigues Diabinho e Izabel Francisca, ambos do Tripeiro
Avós maternos: Mathias Leitaõ, do Mourelo, e Maria Mendes, de Almaceda
Data de nascimento: 10-01-1801
Data de batismo: 18-01-1801
Padrinhos: Antonio Fernandes e Maria Martins, da Partida
Testemunhas: O Vigário (Pe. Francisco Marques Goulaõ) e o Pe. Joze Barata
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

 3.
Nome: Anna
Naturalidade: Mourelo
Pais: Joaquim Rodrigues Fidalgo, das Rochas de Cima, e Jozefa Maria, do Mourelo
Avós paternos: Manoel Rodrigues, das Rochas de Baixo, e Maria Leitoa, dos Pereiros
Avós maternos: Joze Alves, do Mourelo, e Maria Martins, da Foz Giraldo, freguesia do Orvalho, termo do Fundão
Data de nascimento: 03-02-1801
Data de batismo: 08-02-1801
Padrinhos: Manoel Alexandre e sua filha Anna, solteira, ambos da Partida
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Antonio, de São Vicente
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

 4.
Nome: Joaõ
Naturalidade: S. Vicente da Beira
Pais: Francisco Martins, de Alcains, e Maria Rodrigues da Conceição, das Sarzedas, moradores em São Vicente
Avós paternos: Francisco Rodrigues e Anna Joaquina, de Badajoz, Espanha
Avós maternos: Antonio Rodrigues Craveiro e Maria do Carmo, ambos das Sarzedas
Data de nascimento: 13-02-1801
Data de batismo: 22-02-1801
Padrinhos: Joze Custodio Ribeiro e sua mulher Maria Hipolita Cassiana (tocou por ela o seu filho Pe. Joaõ Ribeiro) todos de São Vicente
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Rodrigues Marques, ambos de São Vicente
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

5.
Nome: Maria
Naturalidade: Vale de Figueiras
Pais: Joze Antonio, do Vale de Figueiras, e Puqueria Antunes do Descoberto, freguesia de Bogas de Baixo
Avós paternos: Antonio Fernandes da Partida, e Maria Francisca, do Vale de Figueiras
Avós maternos: Joaõ Francisco, do Descoberto, e Joanna Antunes da Malhada Velha, freguesia de Silvares
Data de nascimento: 15-03-1801
Data de batismo: 22-03-1801
Padrinhos: Francisco Martins e sua mulher Maria Nunes, do Vale de Figueiras
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Oliveira, ambos de São Vicente
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

6.
Nome: Flora
Naturalidade: S. Vicente da Beira
Pais: Manoel Lopes, de Castelo Novo, e Secilia Maria da Conceiçam, de São Vicente
Avós paternos: Domingos Lopes, de Castelo Novo, e Izabel Gonsalves, da Orca, termo de Castelo Novo
Avós maternos: Martinho Mendes e Maria Roloa, de São Vicente
Data de nascimento: 15-03-1801
Data de batismo: 22-03-1801
Padrinhos: Manoel dos Reis, de São Vicente, e Flora Maria, solteira, recolhida no Mosteiro de São Vicente (tocou, com procuração, Francisco Leitam, de São Vicente)
Testemunhas: Pe Joze Barata e Joze Gonsalves, de São Vicente
Sacerdote: O Vigário Francisco Marques Goulam

7.
Nome: Jozefa
Naturalidade: Partida
Pais: Manoel Fernandes, da Partida, e Inocencia Gama, do Engarnal, freguesia de Almaceda
Avós paternos: Agostinho Fernandes, da Partida, e Gregoria Francisca, do Vale de Figueiras
Avós maternos: Joaõ Rodrigues, do Engarnal, e Izabel Antunes, de Almaceda
Data de nascimento: 20-03-1801
Data de batismo: 29-03-1801
Padrinhos: Domingos Rodrigues, da Partida, e Maria Gama, do Mourelo, casada com Joze Luis Roque
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joaõ Antonio Rolaõ, ambos de São Vicente
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

8.
Nome: Joze
Naturalidade: S. Vicente da Beira
Pais: Custodio Joze dos Santos e Rita Maria, de São Vicente
Avós paternos: Francisco Antonio dos Santos e Anna Joaquina, de São vicente
Avós maternos: Joze Gonçalves e Jozefa Maria, de São Vicente
Data de nascimento: 19-03-1801
Data de batismo: 31-03-1801
Padrinhos: Joaquim Joze Gonçalves, solteiro, e Barbara Gomes, de São Vicente
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Gonçalves, de São Vicente
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

9.
Nome: Francisco
Naturalidade: Tripeiro
Pais: Manoel Vas, do Tripeiro, e Joaquina Vas, de Almaceda
Avós paternos: Domingos Vas, de Martim Branco, e Anna Martins, de Almaceda
Avós maternos: Joze Vas Nunes e Domingas Lopes, de Almaceda
Data de nascimento: 26-03-1801
Data de batismo: 04-04-1801
Padrinhos: Simaõ Martins e Felicia Martins, solteiros, de Almaceda
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Gonçalves, de São Vicente
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

10.
Nome: Francisco
Naturalidade: S. Vicente da Beira
Pais: Joaõ Rodrigues Castanheira, de São Vicente, e Maria Gonçalves, da Torre, freguesia do Louriçal do Campo
Avós paternos: Jacinto Rodrigues Castanheira e Maria Leitoa, ambos de São Vicente
Avós maternos: Manoel Fernandes Serra, do Louriçal, e Maria Gonçalves, da Torre
Data de nascimento: 30-03-1801
Data de batismo: 04-04-1801
Padrinhos: Francisco Rodrigues, solteiro, filho de Maria Leitoa, de São Vicente
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Gonçalves
Sacerdote: O Vigário Francisco Marques Goulaõ

11.
Nome: Joaquina
Naturalidade: Partida
Pais: Manoel Rodrigues, da Partida, e Maria Martins, do Ribeiro de Eiras, freguesia de Almaceda
Avós paternos: Jacinto Rodrigues, da Partida, e Francisca Maria, do Vale de Figueiras
Avós maternos: Luis Martins, do Ribeiro de Eiras, e Caterina Freire, das Rochas de Baixo
Data de nascimento: 15-04-1801
Data de batismo: 23-04-1801
Padrinhos: Manoel, solteiro, filho de Manoel Alexandre, da Partida, e Joaquina, solteira, filha de Luis Martins, do Ribeiro de Eiras
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Gonçalves
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

12.
Nome: Antonio
Naturalidade: Tripeiro ou Mourelo
Pais: Joze Mateus, do Tripeiro, e Maria Francisca, do Mourelo
Avós paternos: Joze Mateus, do Maxial, termo das Sarzedas (Maxial do Campo), e Joana Gonçalves, do Tripeiro
Avós maternos: Antonio Fernandes Baranda e Maria Francisca, ambos do Mourelo
Data de nascimento: 17-04-1801
Data de batismo: 26-04-1801
Padrinhos: Antonio, solteiro, filho de Antonio Fernandes Baranda, do Mourelo, e Christina, solteira, filha de Manoel Roque, do Tripeiro
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Gonçalves
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

13.
Nome: Francisco
Naturalidade: Vale de Figueiras
Pais: Manoel Rodrigues, do Vale de Figueiras, e Maria Nunes, da Pay Agoa (Paiágua)
Avós paternos: Joam Rodrigues e Maria Leitoa, do Vale de Figueiras
Avós maternos: Joam Nunes e Izabel Pires, da Paiágua
Data de nascimento: 25-04-1801
Data de batismo: 03-05-1802
Padrinhos: Francisco Leitaõ, do Vale de Figueiras, e Jozefa Leitoa, solteira, da Partida
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Gonçalves
Sacerdote: O Vigário Francisco Marques Goulaõ

14.
Nome: Joze
Naturalidade: S. Vicente da Beira
Pais: Antonio da Silva, da Orca, e Brites Leitoa, de São Vicente
Avós paternos: Antonio da Silva, de Alcains, e Eugenia Martins, da Orca
Avós maternos: Domingos Leitaõ, do Mourelo, e Maria Antunes de São Vicente
Data de nascimento: 21-05-1801
Data de batismo: 28-05-1801
Padrinhos: Pe. Joze Barata e Brites Caterina da Conceiçaõ, recolhida no mosteiro de São Vicnete (tocou, com procuração sua, Joaõ Barata de Gouveia)
Testemunhas: Pe. Francisco Joze de Mesquita e Joze Fernandes, ambos de São Vicente
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

15.
Nome: Anna
Naturalidade: Partida
Pais: Silvestre Francisco, da Malhada Velha, e Roza Maria, da Partida
Avós paternos: Manoel Francisco, da Malhada Velha, e Roza Martins, do Discuberto (Descoberto)
Avós maternos: Joze Martins, do Castelejo, e Maria Lopes, dos Pereiros
Data de nascimento: 22-05-1801
Data de batismo: 01-06-1801
Padrinhos: Domingos Martins Rato e sua mulher Maria Freire, do Ribeiro Deiras (Ribeiro de Eiras)
Testemunhas: Joze Martins, da Partida, e o Pe. Joze Barata, de São Vicente
Sacerdote: O Vigário Francisco Marques Goulaõ

16.
Nome: Maria
Naturalidade: Mourelo
Pais: Manoel Joze, de Aldeia Fundeira, freguesia de Campelo, bispado de Coimbra, e Jozefa Custodia, do Mourelo
Avós paternos: Antonio Joze e Maria Simoins, de Aldeia Fundeira
Avós maternos: Manoel Rodrigues Frances, do Violeiro, e Custodia Gonçalves, do Mourelo
Data de nascimento: 02-06-1801
Data de batismo: 07-06-1801
Padrinhos: Patricio Joze e sua mulher Maria Rodrigues, do Mourelo
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Gonçalves
Sacerdote: O Vigário Francisco Marques Goulaõ

17.
Nome: Antonio
Naturalidade: S. Vicente da Beira
Pais: Pai incógnito e Jozefa Rita, solteira, de São Romão, bispado de Coimbra
Avós paternos: Incógnitos
Avós maternos: Manoel Marques e Maria Ferroa, de São Romão
Data de nascimento: 11-07-1801
Data de batismo: 18-07-1801
Padrinhos: Pe. Joaquim Marques
Testemunhas: O Vigário Francisco Marques Goulaõ e o Pe. Joze Barata
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

18.
Nome: Jozefa
Naturalidade: Mourelo ou Tripeiro
Pais: Manoel Antunes, do Mourelo, e Maria Rodrigues, do Tripeiro (1.º matrimónio do pai e 2.º da mãe)
Avós paternos: Maximo Antunes, do Mourelo, e Maria Leitoa, dos Pereiros
Avós maternos: Manoel Rodrigues Diabinho e Izabel Francisca, do Tripeiro
Data de nascimento: 12-07-1801
Data de batismo: 19-07-1801
Padrinhos: Joaõ Rodrigues, do Engarnal, e Jozefa, solteira, filha de Justino Lourenço, do Tripeiro
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Gonçalves
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

19.
Nome: Mathias
Naturalidade: Casal da Serra
Pais: Manoel Martins, do Casal da Serra, e Izabel Duarte Serra, do Louriçal
Avós paternos: Antonio Martins, de Almaceda, e Joana das Neves, do Casal da Serra
Avós maternos: Manoel Fernandes Zibreira e Maria Serra, do Louriçal
Data de nascimento: 15-07-1801
Data de batismo: 23-07-1801
Padrinhos: Mathias Henriques e Maria da Conceiçaõ, sua filha
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Gonçalves
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

20.
Nome: Maria
Naturalidade: S. Vicente da Beira
Pais: Joze Leitaõ Canuto e Maria Izabel, de São Vicente
Avós paternos: Manoel Leitaõ Canuto e Francisca Maria, de São Vicente
Avós maternos: Manoel Fernandes, do Castelejo, e Izabel Maria, de São Vicente
Data de nascimento: 27-07-1801
Data de batismo: 30-07-1801
Padrinhos: Pe. Caetano Joze dos Santos e Izabel Antonia, recolhida do convento de São Vicente (tocou, com procuração sua, o Pe. Francisco Joze de Mesquita)
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Gonçalves
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

21.
Nome: Joze
Naturalidade: Partida
Pais: Francisco Rodrigues e Izabel Venancia, da Partida
Avós paternos: Antonio Rodrigues, do Engarnal, e Ignes Gonçalves, da Partida
Avós maternos: Venancio Freire, da Partida, e Florençia Roballa, de Penamacor
Data de nascimento: 07-08-1801
Data de batismo: 13-07-1801
Padrinhos: Manoel Venancio, do Casal da Serra, e Jozefa, solteira, tia paterna do batizado e natural da Partida
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Gonçalves
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

22.
Nome: Maria
Naturalidade: S. Vicente da Beira (Senhora da Orada)
Pais: Ricardo Joze, do Souto da Casa, e Gertrudes Maria Antunes, da Senhora da Orada – São Vicente (1.º casamento da parte da mãe e 2.º da parte do pai)
Avós paternos: Francisco Borges e Felicia de Oliveira, do Souto da Casa
Avós maternos: Joze Antunes e Izabel Rodrigues, dos Pereiros
Data de nascimento: 06-08-1801
Data de batismo: 13-08-1801
Padrinhos: Francisco Fernandes, moleiro, e sua filha Anna, solteira, ambos de São Vicente
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Gonçalves
Sacerdote: O Vigário Francisco Marques Goulaõ

23.
Nome: Jozefa
Naturalidade: S. Vicente da Beira (Senhora da Orada)
Pais: Jacinto Antunes, da Senhora da Orada (São Vicente) e Izabel Leitoa, da Paradanta
Avós paternos: Joze Antunes e Izabel Rodrigues, dos Pereiros
Avós maternos: Manoel Leitaõ da Roza e Maria Rodrigues, da Paradanta
Data de nascimento: 20-08-1801
Data de batismo: 27-08-1801
Padrinhos: Manoel e Jacinta, solteiros, ambos filhos de Manoel Leitaõ da Roza, da Paradanta
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Gonçalves
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

24.
Nome: Joana
Naturalidade: Partida
Pais: Manoel Venancio, da Partida, e Joana Maria, do Casal da Serra
Avós paternos: Venancio Freire, da Partida, e Florencia Robala de Penamacor
Avós maternos: Manoel Francisco e Maria Fernandes, do Casal da Serra
Data de nascimento: 21-08-1801
Data de batismo: 01-09-1801
Padrinhos: Joze Francisco, solteiro, filho de Manoel Francisco, e Joana Freire
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Agostinho Fernandes, ambos de São Vicente
Sacerdote: O Vigário Francisco Marques Goulam

25.
Nome: Antonia
Naturalidade: S. Vicente da Beira
Pais: Joaõ Antonio Marques e Maria Rita, de São Vicente
Avós paternos: Antonio Nunes da Pas, de Cebolais de Cima, e Maria Marques Leitoa(?), de São Vicente
Avós maternos: Joze Mendes Rapozo, de São Vicente, e Luiza Maria, da Póvoa de Rio de Moinhos
Data de nascimento: 11-09-1801
Data de batismo: (não indicada)
Padrinhos: Pe. Antonio Ribeiro e Antonio, solteira, filha de Joze Ribeiro
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Pe. Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves
Sacerdote: O Vigário Francisco Marques Goulaõ

26.
Nome: Joaõ
Naturalidade: S. Vicente da Beira
Pais: Pai incógnito e Maria de Souza, solteira, de Penamacor
Avós paternos: Incógnitos
Avós maternos: Joze Leitaõ Pananso(?), de São Vicente, e Izabel Carrasca, de Penamacor
Data de nascimento: 12-09-1801
Data de batismo: 18-09-1801
Padrinhos: Pe. João Ribeiro e Antonia, solteira, filha de Joze Ribeiro, de São Vicente
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Pe. Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves
Sacerdote: O Vigário Francisco Marques Goulaõ

27.
Nome: Francisco
Naturalidade: Violeiro
Pais: Ivo Joze e Izabel Fernandes, do Violeiro
Avós paternos: Joze Mendes, do Souto da Casa, e Joana Martins, do Violeiro
Avós maternos: Manoel Pires e Joana Fernandes, do Violeiro
Data de nascimento: 13-09-1801
Data de batismo: 20-09-1801
Padrinhos: Manoel Pires e Inocencia, solteira, filha de Joze Pires, do Violeiro
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Pe. Joaõ Ribeiro
Sacerdote: O Vigário Francisco Marques Goulaõ

28.
Nome: Joam
Naturalidade: Partida
Pais: Rodrigo Duarte, do Souto da Casa, e Maria Robala, da Partida
Avós paternos: André(?) Duarte, do Freixial (Fundão), e Maria Lopes do Carmo, do Souto da Casa
Avós maternos: Venancio Freyre, da Partida, e Florencia Robala, de Penamacor
Data de nascimento: 12-09-1801
Data de batismo: 27-09-1801
Padrinhos: Joam Figueira e Rozario, solteira, filha de André Duarte, ambos do Souto da Casa
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Gonçalves
Sacerdote: O Vigário Francisco Marques Goulaõ

29.
Nome: Maria
Naturalidade:
Pais:
Avós paternos:
Avós maternos:
Data de nascimento: Exposta pela meia-noite amanhecendo para o dia 16-09-1801
Data de batismo: 30-09-1801
Padrinhos: Manoel Rodrigues da Conceição
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Manoel Vas, ambos de São Vicente
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

30.
Nome: Delfina
Naturalidade: S. Vicente da Beira
Pais: António da Costa, de Corvos à Nogueira, bispado de Viseu, e Antonia Maria, de São Vicente
Avós paternos: Manoel da Costa e Maria da Costa, de Corvos à Nogueira
Avós maternos: Diogo Gomes e Joana Maria(?), de São Vicente
Data de nascimento: 29-09-1801
Data de batismo: 09-10-1801
Padrinhos: Capitão-Mor Francisco Caldeira e … … Jozefa Margarida Pinto de Macedo … (tocou, por procuração, Joaquim Joze de Brito), todos de São Vicente
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joam Calmaõ(?)
Sacerdote: O Vigário Francisco Marques Goulaõ

31.
Nome: Mathias
Naturalidade: S. Vicente da Beira
Pais: Joze Henriques e Ana Maria de Oliveira, de São Vicente
Avós paternos: Mathias Henriques e Maria Rofina, ambos de São Vicente
Avós maternos: Agostinho Gonçalves, do Sobral do Campo, e Maria Joana, de São Vicente
Data de nascimento: 08-10-1801
Data de batismo: 18-10-1801
Padrinhos: Mathias Henriques e Maria, solteira, sua filha
Testemunhas: O Vigário Francisco Marques Goulaõ e o Pe. Joze Barata
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

32.
Nome: Inocencia
Naturalidade: Violeiro
Pais: Joze Rodrigues, do Violeiro, e Maria Fernandes, do Salgueiro do Campo
Avós paternos: Miguel Rodrigues, do Engarnal, e Maria Antunes, do Violeiro
Avós maternos: Bartholomeu Fernandes, do Salgueiro do Campo, e Maria Fernandes, de Martim Branco
Data de nascimento: 08-11-1801
Data de batismo: 15-11-1801
Padrinhos: Francisco Fernandes, de Rochas de Baixo, e Innocencia, solteira, filha de Joze Pires, do Violeiro
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Gonçalves
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

33.
Nome: Antonio
Naturalidade: Paradanta ou Pereiros
Pais: Antonio Leitaõ, da Paradanta, e Maria Martins, dos Pereiros
Avós paternos: Joze Leitaõ, da Paradanta, e Maria Fernandes, da Partida
Avós maternos: Anacleto Antunes, dos Pereiros, e Izabel Martins, do Ribeiro d´Eiras
Data de nascimento: 15-11-1801
Data de batismo: 22-11-1801
Padrinhos: Manoel Leitaõ e sua mulher Roza Maria, da Paradanta
Testemunhas: Pe. Caetano Joze dos Santos e Pe. Joze Barata
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

34.
Nome: Caetano
Naturalidade: S. Vicente da Beira
Pais: Joze Caetano, de São Vicente, e Anna Rita, de Póvoa de Mileu, freguesia da Sé, Guarda
Avós paternos: Joaõ Joze, de São Vicente, e Maria Lourença, de Castelo Novo
Avós maternos: Andre Francisco e Rita Maria, de Póvoa de Mileu
Data de nascimento: 13-11-1801
Data de batismo: 22-11-1801 (batizado à nascença, por estar em perigo de vida, segundo a parteira, pelo Pe. Caetano Joze dos Santos)
Padrinhos: Não indicados
Testemunhas: Pe. Caetano Joze dos Santos e Pe. Joze Barata
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

35.
Nome: Joze
Naturalidade: Paradanta ou Partida
Pais: Domingos Rodrigues, da Paradanta, e Maria Francisca, da Partida
Avós paternos: Joam Rodrigues, da Paradanta, e Maria Rodrigues, do Chão do Cordeiro, freguesia do Souto da Casa
Avós maternos: Agostinho Fernandes, da Partida, e Gregoria Francisca, do Vale de Figueiras
Data de nascimento: 28-11-1801
Data de batismo: 06-12-1801
Padrinhos: Manoel Rodrigues Peradanta e sua filha Maria, da Partida
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Gonçalves
Sacerdote: O Vigário Francisco Marques Goulam

36.
Nome: Manoel
Naturalidade: S. Vicente da Beira
Pais: Joze Paulino, de São Vicente, e Rita Maria, do Castelejo
Avós paternos: Paulino Leitaõ, de São Vicente, Maria Luiza, de Alpedrinha
Avós maternos: Sebastiaõ Fernandes e Felicia Gomes, do Castelejo
Data de nascimento: 06-12-1801
Data de batismo: 13-12-1801
Padrinhos: Manoel Joze, residente na freguesia de Santa Maria, Castelo Branco, e Anna do Carmo, mulher de Manoel Roque, residente na freguesia de São Miguel da Sé, Castelo Branco
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Pe. João Ribeiro
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

37.
Nome: Joam
Naturalidade:
Pais: Bartholomeu António, do Pé da Serra, Sarzedas, e Genoveva Maria, do Tripeiro
Avós paternos: Antonio Barata, de ?, e Jacinta Rodrigues, do Pé da Serra
Avós maternos: Domingos Vas, do Tripeiro, e Anna Martins, de Almaceda
Data de nascimento: 06-12-1801
Data de batismo: 13-12-1801
Padrinhos: Joze dos santos, solteiro, do Sobral, e Rozaura, solteira, filha de Faustino Lourenço (?), do Tripeiro
Testemunhas: Pe. Joze Barata e o Pe. Joze Gonsalves, juiz da Igreja
Sacerdote: O Vigário Francisco Marques Goulaõ

38.
Nome: Domingos
Naturalidade: Paradanta ou S. Vicente da Beira
Pais: Joaõ Leitaõ, da Paradanta, e Maria Vitoria, de São Vicente (1.º casamento da parte da mãe e 2.º da parte do pai)
Avós paternos: Manoel Leitaõ, da Paradanta, e Roza Rodrigues, do Chão do Cordeiro, Souto da Casa
Avós maternos: Joaõ Pedro, de Almaceda, e Vitoria Maria, de São Vicente
Data de nascimento: 19-12-1801
Data de batismo: 26-12-1801
Padrinhos: O Vigário Francisco Marques Goulaõ e Dona Leonor Angelica, solteira, filha de Vicente Joze de Azevedo (tocou o seu irmão, o Cadete Joaquim de Andrade), de São Vicente
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Pe. João Ribeiro, ambos de São Vicente
Sacerdote: O Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

39.
Nome: Antonia
Naturalidade: S. Vicente da Beira
Pais: Manoel do Espirito Santo, de São Miguel d´Acha, e Barbara Maria, de São Vicente
Avós paternos: Joze Gonçalves Ilene(?) e Paula de São Pedro, de S. Miguel d´Acha
Avós maternos: Jacinto Rodrigues Castanheira e Maria Leitoa, de São Vicente
Data de nascimento: 18-12-1801
Data de batismo: 26-12-1801
Padrinhos: Pe. João Ribeiro e sua irmã Antonia, solteira, filhos de Joze Ribeiro, de São Vicente
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Gonçalves
Sacerdote: O Vigário Francisco Marques Goulaõ

40.
Nome: Joam
Naturalidade: S. Vicente da Beira
Pais: Joze Antonio de Oliveira e de Maria … da Vizitaçaõ, naturais de São Vicente
Avós paternos: Joze Antonio e Maria Gama, de São Vicente
Avós maternos: Joam de Couto, da Roda, freguesia de São Julião de Mangualde, e Maria Roza, de São Vicente
Data de nascimento: 16-12-1801
Data de batismo: 26-12-1801
Padrinhos: Joam de Couto e sua mulher Maria do Carmo, de São Vicente
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Gonçalves
Sacerdote: O Vigário Francisco Marques Goulaõ

41.
Nome: Maria
Naturalidade: S. Vicente da Beira
Pais: Manoel Duarte e Joana Cazemira, de São Vicente
Avós paternos: Mathias Marcos e Maria Duarte, de São Vicente
Avós maternos: Fernando Joze e Ignes da Conceissam, de São Vicente
Data de nascimento: 22-12-1801
Data de batismo: 31-12-1801
Padrinhos: Joaquim Joze dos Santos (tocou, com procuração, Francisco Joze do Espirito Santo, da Póvoa de Rio de Moinhos) e Maria Antonia, ambos de São Vicente
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joze Gonsalves
Sacerdote: O Vigário Francisco Marques Goulaõ

42. 
Nome: Maria
Naturalidade: Partida
Pais: Joze Martins, do Vale de Figueiras, e Maria Roza, da Partida
Avós paternos: Francisco Martins do vale de Figueiras, e Maria Nunes, de São Vicente
Avós maternos: Francisco Joze, de São Vicente, e Rosa Leitoa, da Partida
Data de nascimento: 28/12/1801
Data de batismo: 03/01/1802
Padrinhos: Manoel Martins e sua mulher Maria Anna, ambos da Partida
Testemunhas: Pe. Joze Barata e Joaõ Antonio Rolaõ
Sacerdote: Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

José Teodoro Prata