segunda-feira, 16 de março de 2015

LUGARES AONDE SE TORNA – 2

Reveladora ascensão

Vem esta lauda a propósito do que, parecendo uma coisa, às vezes é outra.
Um tal Stefan Bolmann, conhecido provocador, publicou em Munique, um livrinho chamado As mulheres que lêem são perigosas, título que a casa editora Quetzal e o Círculo de Leitores mantiveram nas edições em vernáculo. Em França, a editora Flammarion, carregou as cores do título, dando-o como (tradução minha) As mulheres que lêem são ainda mais perigosas. Lá teriam as suas razões, os franceses. Mas, em qualquer dos casos, o título, sendo forte e chamativo, é enganador, pois é do gosto pela leitura que o livro trata, afinal.
Escrito isto, vamos lá ao da “reveladora ascensão”, Manuel de Lima, para os amigos “o careca evidente”. A obra deste senhor, cheia de humor e non sense, é um dos lugares aonde torno com frequência, entre outras razões para revisitar o episódio em que um certo Nicolau, às voltas com um regedor (podia ser de São Vicente, já se vê), subido à torre da igreja em trajes de dormir, de lá salta, dando aos braços, como se fosse um pássaro – e voando! – quando os paroquianos saíam da missa de domingo.
Por vício de formação ou pelo que seja, nunca leio toda a obra dos autores que aprecio – como este; fica sempre algo por ler, a modo de pretexto para manter em aberto a curiosidade da descoberta do escritor. Coisas!
Um destes dias pus-me à estrada, na pista de outros escritos do Manuel de Lima. Vinte passos à frente, dou comigo no Almocreve das Petas, um respeitado e fiável blogue sobre livros – “para ledoras viçosas e cavalheiros imprudentes” é o lema do sítio. E pela mão do almocreve lá fui passando em revista os títulos conhecidos do “careca evidente”, com uma surpresa no fim. Eu explico: além de Um homem de barbas, Malaquias, ou a história de um homem barbaramente agredido, O Clube dos Antropófagos e A pata do pássaro desenhou uma nova paisagem; a fechar a prosa, uma obra que desconhecia, de todo, uma prometedora surpresa intitulada O Rebelde, uma autobiografia que levava por subtítulo obra póstuma de Manuel de Lima.
Encontrar o livro, publicado há uns cinco anos por uma editora obscura, passou a ser uma das prioridades da semana; não era fácil, mas fez-se. Fui-o buscar numa sexta-feira, a uma também obscura biblioteca pública na rua do Saco, a de São Lázaro, na parte de cima do Hospital de São José. Ainda no local, folheei o volume e passei os olhos pela contracapa – era um escrito autobiográfico, o que me agradou.
Já em casa, a coisa complicou-se – o Manuel de Lima da autobiografia era uma decepção, pois nada tinha a ver com o que eu já tinha lido: prosa sem fulgor, uma lúgubre história de vida, um desconsolo sem a chama, a ironia e o humor negro subversivo do “meu ficcionista”. Um tiro póstumo, era o que me dava o Lima.
Apesar das evidências, não me conformava. Voltei por isso ao caminho das pedras: refazer o trajecto, lateralizar a análise, confrontar datas, desconfiar de quem não erra – quase um dia nisto. No domingo de manhã, a paz voltava ao acampamento, se é que me entendem. Em definitivo, o autor de O Rebelde não é o Manuel de Lima, mas um seu homónimo com outros talentos e predicados. Não deu por isso o homem das petas, que foi no engodo do nome, fiou-se no que parecia, não leu o livro e fez asneira – pôs na internet uma mentira de que se assinalará em Junho o sexto aniversário. Uma nódoa no melhor pano, já se vê.
Deste lado, voltou ao que era a imagem do Lima, o autor de A reveladora ascensão de Nicolau, a tal história (de Um homem de barbas) que o Martinho, o dos livros, me garante como provável ter-se passado em São Vicente. Pode ser, meu amigo, pode ser.

José Miguel Teodoro

quinta-feira, 12 de março de 2015

Património



Dizem-me que esta imagem tem os dias contados. O último piso da casa à esquerda ameaça ruir e a Câmara vai demoli-la (a casa do Coronel) e as que estão encostadas a ela, a norte (onde moraram os Jerónimos, pais e irmãos da Menina Ilda) e a oeste (na Rua da Misericórdia), todas propriedade da Igreja.
No seu lugar, toda a lateral da Igreja da Misericórdia e toda a frente do adro da Igreja Matriz, vai nascer um parque de estacionamento. Esta tem sido uma prática corrente da Câmara, em Castelo Branco, e com ótimos resultados (adquire-se uma zona degradada, faz-se a demolição e usa-se o espaço para estacionamento).
Agora pretende-se aplicar o modelo à zona histórica da Vila. Fiquei de boca aberta. Não sou um fundamentalista do património, nem me arvoro em seu defensor oficial, mas:
- Vamos alterar definitivamente o coração de uma povoação que desde a fundação da nacionalidade tem a configuração atual. Há até um estudo que aponta para uma origem romana de São Vicente da Beira, pois a nossa praça, como centro geográfico, político, religioso, comercial e de convívio, e todo o traçado das ruas refletem o modelo romano de construção de cidades.
- Por outro lado, a recente requalificação da Praça e do espaço envolvente respeitou esse património urbanístico; tem-se tentado preservar esse património por toda a povoação; e a Rua da Misericórdia, que agora se quer alterar, é a artéria mais medieval da nossa terra (quase ninguém por lá passa, experimentem).
Cerca de 1970, um grupo de notáveis repensou a nossa praça e decidiu pela demolição do coreto, em mau espaço e a tirar espaço livre à praça, e a fonte de São João de Brito (cujo tanque vazava por todo o lado), construída menos de 30 anos antes, mas que se tornara o centro dos festejos do São João e ganhara grande simbolismo na nossa cultura local. Foi um deus nos acuda, com toda a gente a protestar e a atirar as culpas para o Pe. Branco, talvez por ser o que, na altura, tinha as costas mais largas. Ainda hoje há lamentos e discordâncias. Queremos criar mais um caso, para termos do que falar nas próximas décadas?
Tenho grande estima, pessoal e como cidadão, por todos os envolvidos neste processo: presidente da Câmara e vereadores, membros da Junta de Freguesia e toda a Comissão Paroquial. E tenho a certeza de que todos estão com as melhores intenções. Mas penso que se devia repensar a questão, nem que seja para depois concluir que a esmagadora maioria das pessoas quer um parque de estacionamento no centro da Vila, em vez de um património arquitetónico e histórico que “não serve para nada”. Embora tenha dúvidas sobre o direito de uma geração alterar o que dezenas e dezenas de gerações anteriores nos legaram, ao longo de tantos séculos.
Sei que falta estacionamento no centro da nossa terra, mas a tendência atual é a de tirar os carros dos centros urbanos e não metê-los lá. Lisboa é a nossa tragédia que confirma o que aqui defendo. Altos níveis de poluição e um trânsito que não flui, porque não há capacidade, nem discernimento, para parar os veículos que vêm de fora em grandes parques exteriores à cidade, levando depois as pessoas em transportes públicos. Isto já se faz em muitas cidades europeias.
Por outro lado, penso que São Vicente tem falta de espaços construídos, nomeadamente:
- Um centro paroquial que centralize a catequese, encontros religiosos e outras atividades da Igreja.
 - Um museu de arte sacra que centralize toda a arte religiosa das várias instituições, num espaço seguro, com condições adequadas de luz e humidade e com pessoal habilitado para o preservar e o explicar aos visitantes. Temos de assumir que o museu da Misericórdia falhou e que temos de atuar noutros moldes.
Qualquer destas hipóteses é válida, embora me incline para a segunda, pois sempre disse que a arte sacra é a nossa galinha dos ovos de ouro e porque a estamos a deixar degradar.
Claro que nem a Igreja, nem a Junta têm posses para tal. E sei que é mais fácil falar (neste caso, escrever) do que arranjar soluções, sem ter dinheiro. Mas vale a pena repensar tudo, nem que seja para depois concluir que queremos mesmo um parque de estacionamento. Mas então teremos de assumir a opção e deixar de encher a boca com o valor e a defesa do nosso património.

José Teodoro Prata

segunda-feira, 9 de março de 2015

Com o coração a rebentar de dor

Comentário à publicação anterior (Óbitos, 1812):
Que grande razia, principalmente entre os menores, provavelmente muito por causa da fome causada pela guerra! Mais um ano de grande sofrimento para muitas mães e pais.
A propósito de algumas dúvidas sobre a expressão do amor maternal e paternal levantadas por estes registos, deixo uma pequena história que me foi contada há tempos.
Bem sei que se passou numa época mais recente, mas ainda assim, num tempo em que a mortalidade infantil era ainda grande.
Esta história pode dar-nos também alguma informação sobre as incipientes manifestações de afeto por parte dos pais, naquela época: Não querendo significar necessariamente que não existisse amor, haveria alguma vergonha em expressá-lo. Parece que nesse papel, eram substituídos pelos avós, como no caso do Zezinho:

O meu primeiro filho era a coisa mais linda deste mundo, mas morreu logo ao nascer, coitadinho. Passado pouco mais de um ano nasceu-me o segundo. Também era muito desenxovalhado, e esperto que nem um alho. E para cantar? Parecia um lírio! O meu pai gostava tanto de o ouvir que às vezes o punha de pé em cima da mesa e dizia-lhe assim:
- Ó Zezinho, canta lá aquela do Zé aperta o laço, que te dou um naco grande de chicha.
E ele punha-se a cantar:

Ó Gé, apet’ó lacho,
Ó Gé, apet’ó bem,
O lacho bem apetado
Ai, ó Jogé, fica-te bem!

Até parece que ainda o estou a ver: muito rosadinho, aqueles olhos sempre contentes, não havia mal que lhe chegasse.
Mas um dia, já andava pelos seis aninhos, o cachopinho começa a andar esmorecido, com uma tosse de cão e um fastio de morte. Nessa altura calhou lá a ir o doutor para assistir a uma mulher que estava muito mal por causa dum filho que estava atravessado,  e eu fui lá a mostrar-lhe o meu menino. Mal olhou para ele disse-me assim:
- Vai mas é para casa com o cachopo e dá-lhe de comer, que o mal dele é fome.
O que é que havia de fazer? Voltei para casa, mas quando foi à noite o meu menino começou a piorar. Eram umas duas da manhã, ardia em febre. Chamei o meu homem e disse-lhe que se vestisse depressa para irmos à Vila ao doutor.
Saímos de casa pouco passava das três. Uma noite de breu e um frio de rachar, mas a aflição era tanta que nada nos metia medo. Corremos por aquelas veredas com o menino nos braços, como se fugíssemos do diabo.
Quando chegámos à Vila, ainda era noite. Batemos à porta do doutor, mas lá de dentro disseram-nos que ainda não eram horas de consulta. Que fossemos para o hospital e, se estivesse fechado, que batêssemos que alguém havia de nos abrir a porta.
Ficámos lá mais que tempos à espera dele. Quando chegou, mal olhou para o menino disse logo que tinha uma pneumonia e já pouco se podia fazer. Mesmo assim escreveu uma receita e deu-a ao meu homem. Que fosse ao Louriçal buscar uma injeção; era a última esperança.
Mesmo com a injeção, não se viam melhoras nenhumas e quando foi à noite disseram-me que não podia ficar ao pé dele. Eu disse logo que nem que me matassem, não saía dali e deixava lá o meu filho. Agarrei nele e abalei porta fora. Fui bater à porta duma prima minha que estava cá casada e morava no cimo de vila.
Passei a noite sentada num banco, à beira do borralho, com o meu menino ao colo, mas ainda não era dia quando o senti a morrer-me nos braços. Nesse momento não consegui deitar uma lágrima. Chamei a minha prima e foi ela que me ajudou a levá-lo de volta a casa. Só quando lá cheguei, com o meu menino nos braços e o coração a rebentar de dor, é que dei um grito tão grande que acudiu o povo todo a ver o que era.
Eu nem sei como é que Deus Nosso Senhor dá forças a uma mãe para aguentar tanta dor!

M. L. Ferreira

domingo, 8 de março de 2015

Óbitos, 1812

ÓBITOS, 1812
Paróquia de Nossa Senhora da Assunção
São Vicente da Beira

- O ano ia tão bem até meados, mas depois descambou. Faleceram apenas 16 pessoas até final de junho, mas na segunda metade do ano ocorreram 50 óbitos. Saldo fisiológico:69 batismos - 66 óbitos = +3 (na realidade foi de +7, pois 4 bebés faleceram à nascença e não se fizeram os registos de batismo).
- Neste ano, o Vigário abreviou exageradamente os registos, não dando informações suficientes em alguns.
- Com o aumento da mortalidade, a partir de 1809 (58 óbitos - desde 1800 que a mortalidade oscilava entre os 29 de 1804 e os 47 de 1803), atingindo um máximo de 106 óbitos, em 1810, a Igreja Matriz tornou-se manifestamente insuficiente para sepultar todas as pessoas falecidas na freguesia.  A maioria foi sepultada no adro da Igreja.
- A 3.ª Invasão Francesa terminou em abril de 1811, com a retirada dos franceses para Cidade Rodrigo. O exército anglo-português fixou o Quartel General em Abrantes e avançou para as entradas de Espanha. Os nossos ganhões foram então obrigados a um esforço suplementar, com o triplo objetivo de transportar mantimentos e munições para Elvas, a fim de conquistar Badajoz, e para a cercanias de Cidade Rodrigo, e prestar apoio ao centro logístico de Abrantes, nomeadamente acarretando lenha para os fornos que forneciam pão aos exércitos. Nestes anos de 1811 e 1812, muitos ganhões andaram fora por largas semanas, sem qualquer pagamento, e alguns voltaram sem os seus carros de bois. Isso teve repercussão na produção agrícola e consequentemente na alimentação das gentes e na sua resistência às doenças.
- No dia 12 de dezembro, faleceu uma mãe e dez dias depois o seu filho (registos 62 e 63). Ana da Costa terá falecido por complicações no parto.
- Faleceu no Hospital da Vila (n.º 65)? Certamente o hospital/albergaria da Misericórdia, situado na Rua da Misericórdia, junto à igreja desta irmandade.

1
Nome: Domingos
Família: menor, filho de Izabel Duarte, de São Vicente da Beira
Data: 01/01/1812
Observações: foi sepultado no adro da Igreja

2
Nome: Manoel Rodrigues
Família: solteiro, do Vale de Figueiras, São Vicente da Beira
Data: 06/01/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja

3
Nome: Izabel Salgueira
Família: solteira, de São Vicente da Beira
Data: 13/01/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

4
Nome: Maria Martins
Família: solteira, do Violeiro, São Vicente da Beira
Data: 27/01/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

5
Nome: Manoel
Família: solteiro, filho de Antonio de Matos, do Casal da Serra, São Vicente da Beira
Data: 05/02/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja

6
Nome: Sebastiam
Família: menor, filho de Francisco Pires Rolaõ e Maria Duarte, do Casal da Serra, São Vicente da Beira
Data: 11/02/1812

7
Nome: Vicencia Maria
Família: casada com Manoel de Barros, de São Vicente da Beira
Data: 15/02/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

8
Nome: Anna
Família: menor, filha de Antonio Alves e Maria Tereza, de São Vicente da Beira
Data: 29/02/1812

9
Nome: Joaquim
Família: menor, exposto, dado a criar a Maria Leitoa, da Paradanta, São Vicente da Beira
Data: 13/03/1812

10
Nome: Joaquim
Família: menor, filho de Joze Fernandes Tomé e Maria Fernandes, do Violeiro, São Vicente da Beira
Data: 02/04/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja

11
Nome: Jozefa da Silva
Família: pobre, solteira, de Pedrógão, Penamacor
Data: 30/04/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

12
Nome: Domingos e Caetano
Família: menores, Caetano Duarte e Maria da Ressurreiçaõ, de São Vicente da Beira
Data: 15/05/1812
Observações: nasceram, foram batizados em necessidade e logo faleceram

13
Nome: Manoel Afonço
Família: viúvo, do Tripeiro, São Vicente da Beira
Data: 07/06/1812

14
Nome: Joaõ
Família: filho de Manoel Antunes e Maria Martins, da Partida, São Vicente da Beira
Data: 13/06/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja

15
Nome: Joana
Família: menor, filha de Francisco Rodrigues Castanheira e Roza Gonçalves, de São Vicente da Beira
Data: 25/06/1812
Observações: nasceu, foi batizada e morreu

16
Nome: Maria Pires
Família: mulher de Joze Fernandes, do Violeiro, São Vicente da Beira
Data: 26/06/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

17
Nome: Francisca Maria
Família: viúva de Manoel Duarte, de São Vicente da Beira
Data: 01/07/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

18
Nome: Joaquim
Família: menor, filho de Joze Fernandes e Maria Pires, do Violeiro, São Vicente da Beira
Data: 03/07/1812

19
Nome: Manoel
Família: menor, filho de Manoel Martins e Ana Leitoa, da Partida, São Vicente da Beira
Data: 04/07/1812

20
Nome: Joana Freire
Família: casada com Joze Bras, de São Vicente da Beira
Data: 21/07/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

21
Nome: Manoel
Família: menor, filho de Manoel Pires e Izabel Pereira, do Violeiro, São Vicente da Beira
Data: 25/07/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja

22
Nome: Caterina Maria
Família: casada com Francisco Mendes, de Almaceda
Data: 29/07/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

23
Nome: Maria
Família: menor, exposta, dada a criar a Inocencia Gama, da Partida, São Vicente da Beira
Data: 05/08/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

24
Nome: Joze Alvez
Família: viúvo do Mourelo, São Vicente da Beira
Data: 12/08/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja

25
Nome: Bernardino
Família: menor, exposto
Data: 15/08/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja


26
Nome: Joze
Família: filho de Mathias Marcos e Maria Faustina, de São Vicente da Beira
Data: 15/08/1812
Observações: demente, recebeu os sacramentos de que era capaz; sepultado no adro da Igreja

27
Nome: Anna
Família: menor, filha de Manoel Jacinto e Maria Martins, da Partida, São Vicente da Beira
Data: 22/08/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

28
Nome: Maria
Família: menor, filha de Joaõ Barata e Maria Gonçalves, do Violeiro, São Vicente da Beira
Data: 25/08/1812

29
Nome: Rita
Família: menor, filha de Niculao Franco e Ana Maria, de São Vicente da Beira
Data: 30/08/1812

30
Nome: Joana
Família: menor, filha de Joze Pedro e Joana Maria, de São Vicente da Beira
Data: 04/09/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

31
Nome: João
Família: menor, filho de Joaõ Lopes e Maria Antunes, do Violeiro, São Vicente da Beira
Data: 05/09/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja

32
Nome: Maria Martins
Família: viúva de Manoel Antunes do Balcaõ, Partida, São Vicente da Beira
Data: 07/09/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

33
Nome: Manoel Francisco
Família: viúvo, do Casal da Serra, São Vicente da Beira
Data: 23/09/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja

34
Nome: Joze Rodrigues
Família: casado com Maria Fernandes, do Violeiro, São Vicente da Beira
Data: 23/09/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja

35
Nome: Joaõ
Família: menor, filho de Joze Martins e Maria Roza, da Partida, São Vicente da Beira
Data: 04/10/1812

36
Nome: Manoel Rodrigues Paradanta
Família: da Partida, São Vicente da Beira
Data: 04/10/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja

37
Nome: Joaquim
Família: menor, filho de Manoel Ramos e Maria Martins, do Tripeiro, São Vicente da Beira
Data: 06/10/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja

38
Nome: Jozefa
Família: solteira, filha de Izabel Freire, da Partida, São Vicente da Beira
Data: 06/10/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja


39
Nome: Pedro Pires
Família: do Violeiro, São Vicente da Beira
Data: 10/10/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja

40
Nome: Jeronima
Família: menor, exposta na Paradanta (é assim que está escrito, mas não se percebe se foi exposta na Paradanta ou dada a criar para lá)
Data: 12/10/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

41
Nome: Francisco
Família: menor, filho de Manoel Rodrigues Castanheira e Gestrudes Maria, de São Vicente da Beira
Data: 12/10/1812

42
Nome: Maria Antunes
Família: solteira, do Violeiro, São Vicente da Beira
Data: 18/10/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja; faleceu sem sacramentos


43
Nome: Bartolomeu Antonio
Família: do Tripeiro, São Vicente da Beira
Data: 19/10/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja

44
Nome: Joaõ
Família: menor, filho de Joze Pedro e Joana do Couto, de São Vicente da Beira
Data: 19/10/1812

45
Nome: Maria
Família: menor, filha de Manoel Alves e Jozefa Leitoa, do Mourelo, São Vicente da Beira
Data: 23/10/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

46
Nome: Joaõ
Família: menor, filho de Joze Francisco e Maria Figueira, do Mourelo, São Vicente da Beira
Data: 23/10/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja

47
Nome: Maria
Família: menor, filha de Antonio Alves, do Violeiro, São Vicente da Beira
Data: 24/10/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

48
Nome: Luis
Família: solteiro, filho de Joaõ Tavares e Barbara Senana, do Sobral do Campo
Data: 25/10/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja

49
Nome: Francisco
Família: menor, filho de Joze Antonio e Jozefa Faustina, de São Vicente da Beira
Data: 29/10/1812

50
Nome: Maria Figueira
Família: casada com Joze Francisco, do Mourelo, São Vicente da Beira
Data: 30/10/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

51
Nome: Caterina Pires
Família: viúva
Data: 05/11/1812

52
Nome: Maria dos Santos
Família: casada com Antonio Rodrigues, do Mourelo, São Vicente da Beira
Data: 14/11/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

53
Nome: Genevefa
Família: menor, exposta, dada a criar à ama Joaquina Antonia, do Mourelo, São Vicente da Beira
Data: 19/11/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

54
Nome: Francisco Gonçalves
Família: solteiro, do Engarnal, Almaceda
Data: 21/11/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja

55
Nome: Joaquim Leitaõ
Família: do Ninho do Açor
Data: 21/11/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja

56
Nome: Joaquina
Família: menor, filha de Joaõ Francisco Diabinho e Maria Leitoa, do Mourelo, São Vicente da Beira
Data: 22/11/1812

57
Nome: Anna
Família: menor, filha de Joaõ Joze, da Partida, São Vicente da Beira
Data: 24/11/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

58
Nome: Rufina
Família: menor, exposta
Data: 25/11/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

59
Nome: Joaõ
Família: menor, filho de Teodoro Antunes, do Tripeiro, São Vicente da Beira
Data: 06/12/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja

60
Nome: Joaquim
Família: menor, filho de Manoel Alves e Jozefa Leitoa, do Mourelo, São Vicente da Beira
Data: 10/12/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja

61
Nome: Antonio
Família: menor, filho de Francisco Pires Rolaõ e Maria Ribeira, do Casal da Serra, São Vicente da Beira
Data: 11/12/1812
Observações: nasceu, foi logo batizado e faleceu

62
Nome: Ana da Costa
Família: casada com Joaquim Leitaõ, de São Vicente da Beira
Data: 12/12/1812
Observações: sepultada no adro da Igreja


63
Nome: Francisco
Família: menor, filho de Joaquim Leitaõ e Ana da Costa, de São Vicente da Beira
Data: 22/12/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja

64
Nome: Joze Bras
Família: viúvo de Joana Freire, de São Vicente da Beira
Data: 23/12/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja; faleceu de repente e por isso não recebeu os sacramentos

65
Nome: Izabel Lopes
Família: viúva de Mauricio Lopes, «do lugar da Mouta»
Data: 25/12/1812
Observações: sepultado no adro da Igreja; faleceu com todos os sacramentos no Hospital da Vila

66
Nome: Joze de Oliveira
Família: de São Vicente da Beira
Data: 28/12/1812

José Teodoro Prata