Foi no dia 1 de janeiro de 2009 que esta aventura começou, já lá vão 7 anos.
Seja qual for o futuro Dos Enxidros, o que se conseguiu ultrapassou tudo o que se podia ambicionar no projeto inicial.
Este ano foi de altos e baixos, como todos os outros. Já fizemos 930 publicações e temos, mensalmente, cerca de 3 000 visualizações. O número de leitores regulares tem vindo a aumentar, mas creio que não ultrapassará muito a centena em que sempre nos situámos.
Deixo aos colaboradores e leitores deste blogue duas prendas.
A primeira é uma mensagem de otimismo, neste mundo que a comunicação social não se cansa de propagar como mau e violento. Uma mensagem de paz e felicidade para todos.
Quanto aos emigrantes, um dos maiores medos do nosso tempo, deixo-vos uma certeza: descendemos de povos que chegaram a esta ponta da Euroásia em sucessivas migrações, ao longo de milénios (Por isso partimos tão facilmente para "a terra dos outros"). E os refugiados só diminuirão quando os europeus, os americanos e os seus amigos sauditas e emirados acabarem com a guerra civil na Síria, que eles próprios fazem. A solução está, pois, nas nossas mãos, não na deles, que fogem da ruína e da morte.
A propósito dos nossos tão propagados medos, deixo-vos um trecho do livro que estou a acabar de ler. Chama-se Sapiens, De Amimais a Deuses. História Breve da Humanidade. O seu autor é Yyval Noah Harari, um académico da Universidade Hebraica de Jerusalém. É uma análise atual, de 2013, com edição portuguesa de 1015.
A segunda prenda é o melhor de nós, da nossa terra e das nossas gentes.
BOM 2016!
Paz no Nosso Tempo
A maior parte das pessoas não se apercebe de quão
pacífico é o período em que vivemos. Nenhum de nós estava vivo há mil anos, por
isso esquecemo-nos facilmente de como o mundo costumava ser mais violento. Além
disso, à medida que as guerras se tornam mais raras atraem mais atenção. Muitas
pessoas pensam sobre as guerras travadas no Afeganistão e no Iraque e
esquecem-se da paz que em vive a maior parte dos brasileiros e dos indianos.
Ainda mais importante: sentimos mais facilmente o
sofrimento dos indivíduos do que o de populações inteiras. No entanto, para
examinar os processos macro-históricos precisamos de examinar estatísticas
maciças e não histórias individuais. Em 2000, as guerras provocaram a morte de
310 000 indivíduos e o crime violento matou outras 520 000 pessoas. Cada vítima
é um mundo destruído, uma família arruinada, familiares e amigos marcados para
a vida. No entanto, de uma perspetiva mais alargada, estas 830 000 vítimas
representam apenas 1,5 por cento dos 56 milhões de pessoas que morreram em
2000. Nesse ano, 1 260 000 pessoas morreram em acidentes de carro (2,5 porcento
da mortalidade total) e 815 000 suicidaram-se (1,45 por cento).
(...) Hoje, a humanidade quebrou a lei da selva. Existe, por fim, uma verdadeira paz e não apenas uma ausência de guerra.
(...) Hoje, a humanidade quebrou a lei da selva. Existe, por fim, uma verdadeira paz e não apenas uma ausência de guerra.
José Teodoro Prata