sexta-feira, 15 de abril de 2016

Rivalidades antigas

 Já houve um tempo em que os do Sobral não podiam ver os de S. Vicente, e os de S. Vicente, a mesma coisa quanto aos do Sobral. Ai daqueles que se aventurassem nas festas uns dos outros, e nos bailes nem os mais valentes se atreviam a tirar uma rapariga para dançar. Eram logo encorridos à pedrada ou à paulada. E tudo por causa da Santa Bárbara que antigamente tinha a capela na estrema entre os dois povos e os de lá achavam que era deles; os de cá, diziam que era nossa.
Um dia os nossos puseram-se a caminho e roubaram a Santa. Depois pegaram num carro de bois e foram buscar as pedras para a capela. Pediram um bocado de terra à Dona Celestina e fizeram-na aqui, no Casal da Fraga.


Enquanto duraram as obras, a Santa andou fugida de casa em casa, escondida no forro ou na loja para não ser achada, que os do Sobral não se conformavam com a perda da Santa.
É pequenina, a capela, mas motivo de grande orgulho e devoção. Tem a data de 23 – 03 - 23 e a partir daí todos os anos lhe fazem cá a festa, na terceira semana a seguir à Páscoa. É este fim de semana.


O programa promete, assim a Santa ajude com a melhoria do tempo. Diz que para contentar os dois povos, no ano em que chove na festa da Senhora da Saúde faz sol na de Santa Bárbara. Este ano choveu no Sobral, oxalá se cumpra a tradição e faça sol por cá…
Mas não é só entre o Sobral e S. Vicente que aconteceram estas rivalidades na disputa de santos e santas. Diz que entre a Póvoa e Tinalhas houve guerras ainda piores por causa da Senhora da Encarnação cuja capela também foi construída nos limites entre as duas localidades. Todos os anos, por alturas da romaria, tinham que pedir o reforço da guarda, e mesmo assim havia sempre muitas cabeças partidas. Só quando os de Tinalhas resolveram fazer uma capela à Rainha Santa Isabel, no outro extremo da terra, os ânimos acalmaram. Mesmo assim, na veneração à Santa ainda lembram rivalidades antigas:

Rainha Santa Isabel,
Tendes uma capela nova,
Foi o povo de Tinalhas
P’ra fazer ver aos da Póva.


M. L. Ferreira

terça-feira, 12 de abril de 2016

Obras em São Vicente

Como membro da Assembleia de Freguesia de São Vicente da Beira, sinto o dever cívico (embora não sei se devesse) de informar e esclarecer alguns pontos sobre as obras em São Vicente, que têm causado tanta polémica, principalmente para quem está longe, pois os que estão perto continuam a não comparecer nas reuniões de Assembleia, para assim ficarem mais esclarecidos, preferindo comentar na rua, cafés ou redes sociais.
Ontem, dia 8 de abril, teve lugar uma Assembleia de Freguesia, na qual foi explicado o projeto da demolição da casa do Coronel, que também está afixado na vitrine da Junta. Além dos elementos da Assembleia, estavam presentes 5 pessoas no público, uma das quais da Partida.
No lugar das casas a demolir, vai ser construída uma praça, onde a Misericórdia vai ter bastante visibilidade, de um lado, dois bancos, do outro, um banco comprido, duas árvores e um arco formado com as pedras das portadas da casa. A varanda também vai ser aproveitada.
Ora, acontece que têm chegado à Câmara Municipal várias cartas de vicentinos a manifestarem-se contra a demolição das casas, muitas das quais sem conhecimento da Junta, que já foi questionada pela Câmara se as obras são mesmo para avançar, por haver tanta gente contra, apesar da Assembleia ser toda a favor.
A Junta não tem verbas nem funcionários para fazer obras, (neste momento tem apenas um, que acumula as funções de motorista, coveiro, limpeza, entre outras), não se pode contratar mais ninguém e quem está no desemprego não quer arrancar ervas ou varrer ruas. As obras têm de ser feitas pela Câmara, mediante projetos da mesma ou apresentados por associações, que é o que tem acontecido nalgumas anexas.
Com este movimento de contestação, corre-se o risco de não se fazer obra e qualquer dia a casa começar a cair (está abaulada, com fendas e telhas a cair), pondo em risco a vida das pessoas que por ali passam. Também está prevista a demolição do barracão do Quintalinho e o reboco e pintura da casa paroquial. Já temos muitas casas a cair em São Vicente e é preciso evoluir!
Quanto ao abate de árvores na estrada, também tive muita pena e fiquei chocada quando vi cortarem-nas. Acontece que a maioria estava deteriorada por dentro, uma já tinha caído em cima de um carro, noutra cabia lá uma pessoa dentro. Em dias de tempestade, eram assustadoras e só por acaso não se magoou ninguém. A Câmara contactou uma empresa para cortá-las, o que ficou bastante dispendioso, e optaram por cortar as que estavam em risco agora e nos próximos anos, pois não voltariam cá tão depressa. As árvores foram substituídas por outras iguais e daqui a alguns anos já estarão grandes outra vez.
Há muita falta de união e de diálogo em São Vicente e, falo por mim, antes de falarmos, devemos tentar saber o porquê, falando com o Presidente da Junta ou indo às reuniões da Assembleia e não ganhamos nada em estarmos de costas voltadas uns para os outros.

Maria da Luz Teodoro

domingo, 10 de abril de 2016

Lugares aonde se torna - 8

Santo Ofício – os avós denunciantes

Em São Vicente, quem primeiro compareceu a denunciar foi Silvestre Rodrigues, de 23 anos, tratante; no mesmo dia, 7 de Junho de 1579, vieram também Sebastião Fernandes, lavrador, de 38 anos, e Pedro Fernandes, proprietário, de 34. Os três, aqui moradores, e cristãos-velhos.
A receber as denúncias, o inquisidor Marcos Teixeira, acompanhado no acto por «notário apostólico e do Santo Ofício».
Esta sua «visitação» em terras do Continente começara no princípio do ano, em Portalegre, seguindo depois para outras terras de além-Tejo – Arronches, Marvão, Montalvão, e Nisa – passando depois à Beira; antes de chegar a São Vicente, a missão de que estava incumbido levara o senhor inquisidor a Abrantes, Sarzedas, Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Monsanto e Penamacor. A derradeira etapa, depois de São Vicente, começou em Alpedrinha, seguindo-se Fundão e a vila da Covilhã e seu termo, onde concluiu, em 11 de Julho de 1579.
Seis dias durou a função em São Vicente. Invariavelmente, os denunciantes apresentavam-se no local onde pousavam o inquisidor e o notário, muito possivelmente a igreja, declarando pretender denunciar alguém. Ordenava-lhes, então, o inquisidor que jurassem dizer a verdade, com a mão sobre os Evangelhos. Do que diziam, era elaborado um registo, que devia ser assinado pelo inquisidor e pelo declarante; não sabendo este escrever, o notário assinava por ele.
Do que ali tinham ido dizer, eram mandados guardar segredo. Era prática da Inquisição que as denúncias se mantivessem anónimas, que as vítimas não soubessem quem as denunciara.
Oitenta pessoas em São Vicente apresentaram-se para denunciar – mais exactamente, 76, homens (31) e mulheres (45), de idades e condição social diversas; 23 têm menos de 25 anos de idade, sendo de 17 anos as duas denunciantes mais novas: Catarina, criada de Manuel Francisco, cristão-novo, e Maria Vaz, já casada. Da relação dos denunciantes, somente 5 têm 50 anos ou mais, identificando-se com 70 anos os dois mais velhos no exercício da delação: a sogra de Sebastião Fernandes, Ana, viúva, e Jorge Gonçalves, lavrador, ambos da vila.
Dos 76, são 28 os que sabem assinar e o fazem; todos homens, muitos deles exercendo profissão manual, aqueles que as Ordenações referiam como trabalhando «per afã de seu corpo».
Na sua grande maioria, são pessoas casadas; todavia, referenciam-se 13 mulheres viúvas, mas não há viúvos. São pessoas morando na vila, quase todas, ou terras do “termo” (Sobral, Freixial, Ninho do Açor); de fora, denunciantes em São Vicente, só o alfaiate Pedro Gonçalves, residente em Alcaide, e um Sebastião «preto, de Manicongo», que veio de Alcains denunciar aquela de quem era escravo («cativo»), Ana Lopes, cristã-nova e mais uns tantos membros da família desta, de Alcains, Castelo Branco e São Vicente.
Os registos das declarações incluem também a condição religiosa de cada um – cristão-velho/cristã velha, é a regra; significa isso, pessoas nascidas em famílias cristãs, sem ascendentes de outra fé e observantes da mesma religião; o acto de denúncia constituía, aliás, uma obrigação do “bom crente”. Nos registos que servem de base à presente notícia identificam-se excepções: o cinquentenário ferreiro, Gil Antunes, e o já referenciado alfaiate do Alcaide, Pedro Gonçalves, ambos «com raça de cristão-novo» – foi assim que se apresentaram ao inquisidor –, e Sebastião «preto», também já referido, sem nenhuma menção de estado em matéria de religião – a condição de escravo, equiparado a besta, retirava-lhe capacidade para tais atributos, mas não a de denunciante, estabelecido que foi, reza a o registo, ter ele «juízo e entendimento», jurando por isso, como os outros, «os santos evangelhos».
As vítimas das denúncias são, quase sempre, cristãos-novos. Os denunciantes referem práticas judaizantes, alguns com soma de detalhes – a isso eram incentivados por quem os ouvia –, com identificação clara de quem e quando os actos haviam sido praticados e se outras pessoas os tinham presenciado. Esses factos haviam de servir, a posteriori, para acusar os seus autores. Em geral, a mesma pessoa denunciava várias pessoas; com frequência, os denunciantes haviam tido convivência, em alguns casos, de portas adentro (criados e serviçais…) com aqueles que vêm acusar.
A denúncia ao Santo Ofício é referenciada pelas autoridades eclesiásticas como uma obrigação do bom cristão, como se de um acto piedoso, uma boa acção que acarretaria benefícios a quem delatasse. Isso mesmo era transmitido aos fiéis, antes da inquisição: na missa de domingo, acompanhada pelo inquisidor itinerante, anunciava-se aos paroquianos o início dos actos, invocando-se o Édito da Fé, em conformidade com o qual o cristão tinha o dever de denunciar actos de que tivesse conhecimento, directa ou indirectamente, contra a sua religião, os seus dogmas e rituais, a prática do judaísmo ou da feitiçaria, mas também certas condutas em matéria de casamento e sexualidade, como a bigamia ou a homossexualidade. O denunciante, além dos actos, deveria identificar o seu ou seus autores.
A legislação canónica, as bulas papais, o Santo Ofício e seus agentes, “garantiam”, a quem denunciasse, graças várias, mas principalmente o perdão dos pecados e por essa via o acesso mais fácil à salvação eterna. Apesar do peso da Igreja, do poder da Inquisição e da discricionariedade da sua acção, com o apoio da máquina do Estado, também existe em São Vicente (noutros sítios seria o mesmo) quem discorde do que vê: no Livro 1º das Denúncias da Visitação do Santo Ofício nas Ilhas dos Açores, Alentejo e Beira encontramos António Vaz, por alcunha Cabeças, dirigindo-se, da porta de sua casa, atrás da igreja, a duas mulheres que vão denunciar, dizendo-lhes: «Vão muito depressa, pensando que ganham perdões, mas vão é ganhar o Inferno». Por isso, o Cabeças é também denunciado.
Não são apenas gente comum, os denunciantes. Fazem-no também pessoas que exercem localmente cargos políticos e administrativos, como o procurador do número, Manuel Carrilho, o escrivão da Câmara, Manuel de Brito, e Sebastião Nunes, juiz ordinário na vila, o último declarante nesta “visitação”, em 13 de Junho; curiosamente, apresenta-se em nome de sua mulher que, por estar doente, não pôde vir depor. Finalmente os “padres-denunciantes”: três, “deveriam” ser, pelo menos, três – Jorge Machado, «clérigo de missa», o «cura» Fernão Valente e o «cura» Sebastião Carvalho; mas são somente dois, Jorge Machado e Fernão Valente, que coincidem nas denúncias – as práticas diferentes dos cristãos-novos da terra no enterro dos seus mortos, e o padre Sebastião Carvalho, por comportamento herético, ao recusar uma segunda extrema-unção a uma moribunda, a quem ministrara, pouco tempo antes, o mesmo sacramento.
No dia 14 Junho de 1579, o inquisidor Marcos Teixeira iniciava a recepção de denúncias em Alpedrinha.
José Miguel Teodoro

sábado, 9 de abril de 2016

Mais Natureza


Para além dos azuis, roxos e violetas dos chupa-meis e viuvinhas (é assim que aqui chamamos às flores das fotografias que o José Teodoro publicou há dias), a Serra está já toda pintada do branco das estevas, do cor de rosa das urzes e do amarelo da carqueja. São uma bênção para a alma e algumas delas, também para o corpo.


O chá da flor de carqueja faz bem às digestões, à dor de barriga, à diabetes e à circulação. E para as constipações, tosse e dor de garganta? Diz a Ti Zefa que é tão bom como a graça de Deus!

M. L. Ferreira

terça-feira, 5 de abril de 2016

Lugares aonde se torna - 7

Papéis do Convento de São Francisco e Santa Clara à vista
Na última arrumação lá em casa, apareceram uns papéis do Convento de São Francisco de São Vicente da Beira, anteriores à implantação do Liberalismo. Para quem possam interessar, aqui se dá o seu registo (ANTT-Devassas Gerais de Freiráticos, 1810-1824 – São Vicente da Beira, 1816-1818, maço 1629).
No fim do século XVIII, o Convento (fundado para nele viverem 33 freiras) dava sinais de alguma decadência: o efectivo estava reduzido a 15 religiosas professas, «todas velhas e decrépitas» (de que se dava como razão a persistência da proibição de novas admissões nos conventos); por carta régia, é autorizada a entrada de 15 noviças (Licença do Príncipe Nosso Senhor…, 27-01-1793, op. cit., ms. 1).
Por esta documentação sabe-se que, em 1813, a situação do Convento é bem pior, com apenas 7 religiosas (Mapa geral do estado actual do Mosteiro…, 19-08-1813, id., ms. 9), apesar do ingresso de duas mulheres no noviciado: D. Ana Mariana, do Casal da Serra, e Maria Rosa Arminda Machado, natural de Peroviseu, dando elas ao Convento, em vida, respectivamente, 30 e 60 mil réis por ano (Cartas do Ministro Provincial dos Menores Observantes da Província de Portugal, 26-01-1807 e 06-04-1807, id., mss. 6 e 7; idem, 13-09-1807, id., ms. 8).
Além das freiras professas, o Convento acolhia outras mulheres, sem votos, como se indica: em 1794, ali se recolhe, «para escapar ao mundo», D. Joana Inês de Brito Mouzinho Homem, de São Vicente, «órfã de pais e sem parente algum próximo», onde se sustentará, mais a criada, com «a pequena produção da sua sorte» (Licença do Príncipe Nosso Senhor…, 17-01-1794, id., ms. 2); em 1796, Brites Catarina Machado, viúva, irmã da madre prioresa do Convento, com sua criada, aí se juntando a (sua filha?) Maria Rosa Pires Machado, órfã, que aí se criou, «para que, assim recolhidas, se livrassem dos riscos e contingências do mundo» (Licença do Príncipe Nosso Senhor…, 25-08-1796, id., ms. 3). Em 1800, é admitida, também com criada, Maria Cândida, referindo a documentação que com o consentimento de toda a comunidade conventual (Carta…, 06-06-1800, id., ms. 5), sendo por isso de presumir que era o procedimento usual nas admissões de seculares. Em 1815, referencia-se o recolhimento, como secular, de D. Mariana Xavier Taborda Pinhately (sic) de Sá Souto Maior Soares de Albergaria, também acompanhada de uma criada, com meios com que se sustente e expressa obrigação de «usar da modéstia e moderação nos vestidos [como praticam] as educandas nos claustros religiosos» (Licença do Ministro Providencial…, 13-03-1815, id., mss.10 e 11).
Uma referência às finanças da instituição: em 1799, tem de receita 592,5 mil réis (de pensões, foros e rendas, e de padrões, estando já deduzida a dízima, destes últimos, para o erário real, pagando ainda 8,2 mil réis de dízima eclesiástica (Receitas do Convento de S. Francisco de S. Vicente da Beira, 25-04-1799, id., ms. 4); em 1813, as receitas ascendem a 593,613 mil réis, pagando 28,78 mil réis (Mapa geral…, cit., ms. 9), registando o mesmo documento que o edifício em que está o Convento é muito antigo, a precisar de obras, para as quais são necessários, para trabalhos de carpintaria e de pedreiro, respectivamente, 2.400 mil réis e 341,6 mil réis.
Na janela temporal aberta por estes documentos, identificam-se duas prioresas do Convento de São Francisco: Soror Maria Marcelina Josefa de Santa Ana (1796 e 1800) e Soror Maria Joaquina da Encarnação (1813), havendo ainda registo dos nomes de outras freiras professas: as Irmãs Maria Inácia Agostinha de Santa Ana, Clara Teresa de São Jerónimo (em 1799), Joana Batista Xavier da Visitação e Luísa Ana de S. Diogo (em 1799 e 1813).
Do lado de cá, continua em aberto a curiosidade sobre esta instituição, a par de outra, também em São Vicente, o convento de Santa Clara, que acolheu, pelos anos 80 do séc. XVII, as “boas irmãs” Polónia da Conceição e Juliana do Nascimento. A ver vamos.

José Miguel Teodoro

domingo, 3 de abril de 2016

Ribeira de São Vicente

Na serra Guardiã tem a nascente
A Orada por companhia
Rio beira da nossa alegria
Banhas a vila de São Vicente

São fecundos teus nateiros
Terras ricas, criadoras
Onde se fazem as lavouras
Boa erva nos lameiros

És o nosso rio amado
Rio beira maravilhosa
De inverno, vais caudalosa
No verão, sequiosa
Teu leito é apertado

Eram tantos os lagares
Que tinhas nas tuas margens
Hoje não passam de miragens
Restam apenas os lugares

Moinhos, açudes, onde nadavam
Os jovens de São Vicente
As mulheres a roupa lavavam
Saudades! Certamente

Tuas águas saltitando
De pedrinha em pedrinha
Outro rio vão encontrar
Nele vais desaguar
Maior caudal, outra vidinha
O Tejo já se avizinha

Sempre, sempre a caminhar
Chegas à grande cidade
Mas continuas a ter saudade
Da vila que deixaste ficar

Eis que chegaste finalmente
Ao grande oceano, ao mar
Grandes paquetes a navegar
Carregadinhos de gente

Navegam para longes terras
Mar salgado, mar português…
Tenho saudades de vocês
Saudades das nossas serras


Zé da Villa

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Natureza

Os madeireiros que cortaram o pinhal do senhor Gomes montaram acampamento na extrema comigo e deixaram-me este lixo todo.
Como andaram vários meses pelo Cabeço de Pisco e outras zonas de São Vicente, dá para imaginar o lixo que abandonaram em cada poiso!

É um crime sujar a Natureza, tão bonita!


José Teodoro Prata