terça-feira, 9 de abril de 2019

Benemérita


Pelourinho
Jaime da Gama

sábado, 6 de abril de 2019

IRS, 2018

Ajudemos a nossa Misericórdia!

José Teodoro Prata

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Festival, 2019

A Câmara Municipal publicitou recentemente o calendário das festividades que organiza nas freguesias, em colaboração com as Juntas.
A nossa data mantém-se: 22 e 23 de junho; e o tema também: Festival Água Mole em Pedra Dura.
Agendem, pois é imperdível!
Imagens do ano passado:



José Teodoro Prata

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Poemas d`O pequeno Lugar - Apresentação





«Gosto muito destes lugares. Do “Pequeno Lugar” e da “Ribeirinha”. Um podia existir sem o outro. Mas, os dois acrescentam-se e acrescentam. São mais do que dois mundos que falam um com o outro. Um, na encosta onde a aldeia se aconchegou; o outro, um filão de água a escorrer entre escarpas. Ambos existem, como escreveu AS, “onde a raiz do sangue a circular” alcança “a cor do xisto e do granito”.

Manuel Costa Alves (prefácio do livro “Poemas d’O Pequeno Lugar”)

Também gosto muito destes lugares; principalmente da “Ribeirinha”, porque sempre aberta, sempre nova e renovada.
No “Pequeno Lugar”, o António Fernandes, e toda a família, têm-nos proporcionado momentos que raramente acontecem em localidades como a Partida, e nos fazem ainda acreditar no futuro das nossas terras.
O livro é muito bonito; pelas fotografias, desenhos e poemas. Deixo um que, penso, fala de esperança:


Para a estória de O Pequeno Lugar

Que o lugar se transforme em longo tempo,
que o longo tempo alargue esse lugar
e assim jogando num devir imenso
a um porvir d’espaço hão – de chegar.

D’ínfimas pedras se constrói uma torre,
um débil ramo num arbusto cria,
e o que existiu em trivial arroio
é hoje um são ribeiro quase um rio.

E as árvores crescentes entre xistos
com folhagens vernais de multicores
sombreiam também elas os granitos
e humanas vozes entre mais verdor.

E a vida a palpitar feita saudade
não d’o que foi mas sim d’o que será:
perenidade fértil de um lugar
que acasalou sereno um tempo ilimitado.


M. L. Ferreira

sexta-feira, 29 de março de 2019

O canto do rouxinol


Contam que um dia o rouxinol, vindo lá das terras do sul, chegou ao destino já ao cair da noite. Vinha tão cansado que, mal poisou, adormeceu profundamente, aconchegado entre os galhos de uma videira. De manhã, quando acordou, quis levantar voo, mas não foi capaz pois estava todo enleado por uma enorme gavinha. Assustado, sem poder mexer-se, pôs-se a piar, aflito. Valeu-lhe Nossa Senhora, que passava por ali no seu passeio matinal e, ouvindo aquele pio tão desesperado, foi em seu auxílio.
Quando viu o passarinho assim preso, pegou nele e libertou-o meigamente. Mas antes de o deixar voar, recomendou-lhe que tivesse cuidado e, dali para diante, enquanto as gavinhas crescessem, nunca mais se deixasse adormecer durante a noite.
Contente e agradecido, voou à procura de sítio para fazer o ninho e, a partir dali, nunca mais o rouxinol adormeceu durante a noite, sempre a cantar:

Nossa Senhora disse, disse, disse…
Que enquanto o gavião crescesse,
O rouxinol não dormisse.
Não dormisse, não dormisse, não dormisse…

Deve ser por isso que, mal começa a primavera, acordo muitas vezes de madrugada e, tão linda é a melodia, que, por momentos, fico na dúvida se estarei na minha casa ou na Casa da Música…

M.ª Libânia Ferreira