No livro “Portugal na Espanha Árabe”, de António Borges Coelho, na “II Parte – História do Andaluz, no subcapítulo “Partilha da terra entre os conquistadores” informa Ibne Mozaine de Silves:
«Conquistada Espanha, Muça […] dividiu o território da
península entre os militares que vieram à conquista, da mesma maneira que distribuíra
entre os mesmos os cativos e demais bens móveis colhidos como presa. Então deduziu
o quinto das terras e dos campos cultivados […]. Dos cativos escolheu cem mil
dos melhores e mais jovens e mandou-os ao emir dos crentes […], mas deixou os
outros cativos que estavam no quinto, especialmente camponeses e meninos
adscritos às terras do quinto, a fim de que o cultivassem e dessem o terço dos
seus produtos ao Tesouro Público. Eram estes a gente das planícies e
chamou-se-lhes quinteiros e a seus filhos, os filhos dos quinteiros.»
José Teodoro Prata
3 comentários:
Interessante saber a razão das coisas e como, naquele tempo, as pessoas eram equiparadas a qualquer bem móvel.
Um pouco a propósito, foi interessante a última temporada do "Visita Guiada" sobre o Brasil.
ML Ferreira
E já tinham sorte! A alternativa era cortarem-lhes cabeças. Agora ainda é assim, em certos sítios, como Gaza.
Não quis ir tão longe; e o pior é que não é só Gaza: o que diremos de tanta gente, principalmente imigrantes asiáticos e africanos, a trabalhar em Portugal?
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