domingo, 7 de setembro de 2014

As voltas da vida...



Esta nossa igreja é muito linda! Olhe só tantos santinhos tão lindos que ela cá tem! Foi aqui que eu me casei. Eu e mais o meu homem que Deus haja. Há quantos anos foi? Eu até já lhe perdi o conto, mas foi há uma tormenta deles! Quem nos casou foi o Senhor Vigário. Ai alembra-se dele? Era muito boa pessoa, mas um bocado agarrado; não dava uma esmola a um pobre nem perdoava uma missa a ninguém, mas, tirando isso, era bom homem. Também era um bocadinho metediço, sempre a querer saber tudo da vida alheia: o que tínhamos e o que não tínhamos; o que fazíamos e o que deixávamos de fazer… E quando uma pessoa se ia a confessar? Perguntava tudo; até o qu’é que a gente fazia com os nossos homens!... Ora se a gente tinha tanta vergonha daquilo que fazíamos, íamos agora a dizê-lo ao padre? Ora essa!... Eu cá não dizia nada! Era o que faltava! Mas afora isso, era muito bonzinho, aquele senhor vigário! Que Deus o lá tenha em descanso. E há de ter, que Deus aos padres perdoa tudo; até quando são uns gulosos e comem e bebem do bom e do melhor, mesmo nos dias de jejum; ou quando desgraçam as criadas ou andam com as mulheres dos outros. Mas o que é que se há de fazer? Eles também são homens como os demais, é ou não é verdade? Bem, que deste nunca se constou que tivesse andado para aí a fazer filhos; mas sabe-se lá!... Eles faziam-nos e ao depois chamavam-lhes afilhados ou mandavam-nos abandonar às portas. Por isso é que antigamente havia tantos enjeitadinhos que não conheciam pai nem mãe…
Eu tive muita sorte com o meu homem. Era uma jóia de pessoa, e muito bem apessoado!… E não era homem de vícios. Bebia o seu copito aos domingos e não largava a pirisca, sempre ao canto da boca, isso é verdade; mas também o que é que ele havia de fazer?… Mas foi sempre muito bom p’ra mim e estimava-me muito. E era um grande trabalhador; não perdia uma hora, se lha dessem a ganhar. Olhe que nunca deixou faltar nada em casa!
Logo no primeiro ano em que nos casámos foi ao quinto e ganhou por lá bom dinheirinho, mas gastou-o logo aquase todo. Veja lá que quando chegou a casa, ao cabo de mais dum mês, entra-me a porta a correr, que até parecia um cachopo pequeno. Eu a cuidar que vinha com saudades minhas, qual quê? … Pega-me no braço e diz-me ele assim:
- Ó Maria, chega cá aqui à rua a ver uma coisa tão linda que t’eu trouxe.
           - Atão o que é que é, homem de Deus?
- Anda cá a ver...
Assomei à porta e nem queria acreditar no que os meus olhos estavam a ver: uma burra presa por uma corda à parede da casa. Olhe, nem sabia se havia de rir ou de chorar. O meu maior desejo sempre tinha sido ter uma burrinha, mas estávamos no princípio de vida e tínhamos tantas precisões d’outras coisas que me voltei para ele e só lhe disse assim:
- Ai homem, és mesmo um endoidedo! Vê lá tu se é uma burra que nos vai dar pão e pagar as contas na loja!
Mas ele só me deu estas palavras:
- Deixa lá, mulher… Comprei a burra p’ra mor de tu andares a cavalo nela quando vais a algum lado, e é pa levares o estrume pà horta e ires à lenha, que não te quero ver com carregos à cabeça.
Era mesmo um santo, aquele meu homem! É por esta e por outras que nunca o posso esquecer e rezo todos os dias por ele.
Olhe, nunca passámos fome. Logo de manhã fazia uma panela de sopa que dava pa todo o dia e às vezes um tachinho d’ arroz ou umas batatinhas com qualquer coisa, e ficávamos todos de barriga aconchegada e consolados. Mas eu também o ajudava muito. Olhe que mesmo depois de casada, ainda fui alguns anos à resina e à apanha da azeitona, e tratava da horta como um homem. Enchia a casa com renovo de toda a qualidade. Ele era milho, ele era feijões, batatas, cebolas… De tudo! E todos os anos criava o meu bacorinho e tinha o poleiro cheio de criação. Tínhamos uma casa farta, graças a Deus!
Mas como lhe estava a dizer, o meu homem era muito bom. Olhe que nunca me tocou com um dedo. E não era nenhum borrachão, como havia alguns que se embebedavam e  adepois era pancada de meia noite nas mulheres e nos filhos. Não senhora, o meu nunca teve essa balda. Bebia o seu copito aos domingos, bebia sim senhora, que havia muitas tabernas nesse tempo, mas quando chegava a casa, se começava a arrazoar, eu já sabia como é que o havia de levar; que isto dos homens, é preciso saber levá-los com muito jeito. As mulheres d’agora não sabem levar os homens, e é por isso que muitas se casam e dembanão já estão apartadas… Uma pouca-vergonha!
E olhe, também nunca foi putanheiro nenhum. Diziam-se coisas, que as bocas do mundo têm uma língua muito comprida, mas eu nunca acreditei nas patranhas que me vinham a contar. O meu homem andar com esta e aquela?! Não senhor! Ele só tinha olhos p’ra mim, qu’eu bem o sei…
Tivemos uns poucos de filhos. Foram quatro, ao todo. Mesmo assim não foram muitos, que eu não alcançava com muita facilidade. A primeira era uma menina, mas morreu com pouco tempo. Nasceu muito enfezadinha e nem porte para mamar a cachopinha tinha. Morreu de fome. O outro já era grande. Já ia às sortes nesse ano. Mas esse foi uma bruxa que lhe rogou uma praga, que nesse tempo, lá na minha terra, havia muita bruxa. Veja lá que ia o cachopo, ainda o sol vinha longe, a regar o milho e levava a enxada ao ombro e uma pedra na mão. Nisto, viu um vulto preto agachado atrás duma moita. Pensando que era algum bicho, atirou com a pedra e não é que acertou mesmo em cheio na cornadura daquela velhaca? Alevantou-se de lá ela, ainda a abanar as saias, chegou-se ao pé do meu filho e só lhe deu estas palavras: «Deixa estar, meu filho dum cabrão, que hás de morrer com tanta dor nos cornos como as que me fizeste!» Desculpe lá estas palavras, mas foi mesmo assim que ela falou… Atão e não é que ao fim de pouco tempo o cachopinho me adoece? Corri tudo com ele: doutores, curiosos, bruxas, mas nem os remédios nem as rezas, nada lhe valeu. Ao cabo dum mês estava desenganado de todos… Que Deus o lá tenha!
Olhe, ficaram só dois. Ah! Mas sabe lá, foram sempre muito bons filhos; muito meus amigos e do pai deles; e muito trabalhadores. Um está na França. Só cá vem de ralo em ralo, mas quando cá está vem-me cá sempre a ver. E às vezes até me telefona. Veja lá, de tão longe, o dinheirão qu’ele não gasta. Pergunta-me com’é que eu ando, se me tratam bem e eu digo que sim, que ando boa e sou muito bem tratada. Ele fica todo contente e diz-me sempre assim:
- Ai, minha mãe, a maior alegria qu’eu tenho é saber que está bem entregue e que não lhe falta nada. Quando for a Portugal, vou aí a vê-la.
É um santo, aquele meu filho! O outro está em Lisboa, podia cá vir mais d’amiúdo, mas não vem porque também já tem dois filhos e as viagens estão muito caras. Mas, por modos, os filhos já são doutores, daqueles grandes que até mandam nos outros. Também dizem que qualquer dia me vêm cá a ver. São todos muito bonzinhos p’ra mim… Olhe, chegue-se aqui, as mulheres deles é que não são lá de muitos agrados, mas o que é que a gente há de fazer? Enchi-as de tudo quanto era bom! Até lençóis de linho e toalhas de renda, feitas por estas mãos, lhes dei. E um cordão d’ouro pa cada uma. Agora é a paga que levo… Olhe, o mal que lhes desejo me caia em cima, mas Deus não dorme… Já os antigos diziam “Cá se fazem, cá se pagam”; que elas também têm filhos… Olhe, sabe aquela história do filho que levou o pai para morrer na serra? Então eu vou-lha dizer; escute bem: Diz que há muito tempo havia um homem que já estava muito acabado. O filho, um velhaco, não tem mais nada, agarra nele e leva-o p’ró cimo duma serra p’ra mor do homem morrer por lá sozinho e não dar trabalhos a ninguém. Passados uns tempos, quando ele também já estava velho, o filho faz-lhe o mesmo: leva-o p’ró mesmo sítio onde ele tinha deixado o pai. Quando chegaram lá ao cimo, o pai, que já sabia o que o filho ia a fazer, despe a capa que trazia vestida, parte-a ao meio e diz assim: «Toma lá este bocado de capa, meu filho, que é p’ra quando fores velho e te trouxerem também para aqui, teres ao menos com que t’agasalhar». O homem arrependeu-se do que ia a fazer, pegou no pai e levou-o de volta pr‘a casa.
Quando Deus levou o meu homem, já lá vão uns poucos de anos, foi como se a nossa casa se tivesse esbarrondado. Antes Deus me tivesse levado também, porque não fiquei cá a fazer nada. Passava os dias ‘specheda na cama, numa paixão tão grande que ia dando em doida. Já nem de comer fazia, nem nada. Foi por isso que me meteram aqui. Ao princípio, custou-me muito a deixar a minha casinha. Olhe que tinha lá de tudo quanto era bom e que tanto me custou a ganhar; a mim e ao meu santo homem. Muita roupinha de cama e de mesa; louça que dava para fazer um casamento; uma televisão muito boa, onde via as novelas e as missas aos domingos, e uma telefonia pa ouvir o terço, todas as tardes. Tenho muitas saudades da minha casinha, mas o que é que se há de fazer? Agora já me avezei e gosto muito de cá estar. Tratam-me muito bem, graças a Deus. Não tenho nada a dizer. E o comer é muito bom e muito farto; e de um asseio!... Muitos nem são capazes de o comer todo porque nestas idades a gente já tem muito fastio. É uma estragação. Até é pecado! Havia de ser noutros tempos, havia... Não se aventava nada e o que a gente não comia ia pós porcos e pás pitas. Mas olhe, é bom, mas não é nada como nas nossas casas… A sopa é só batata com um meguelho de couve branca ou ‘mas vagens a nadar por cima. Na minha casa era uma braçada de couves negras, ali traçadinhas com’é dado. Até a gente se arregalava! Outra coisa que também não gosto muito é do queijo que nos cá dão. A gente estava acostumada àquele queijo de cabra, feito pelas nossas mãos. Havia lá coisa melhor? Aqui dão-nos um queijo às fatias que não mete cobiça nenhuma e nem sabe a nada, à vista do nosso. O que vale é que nos dão a escolher se queremos pão com manteiga, ou com doce, ou umas bolachinhas. São muito boas, estas raparigas! Tratam-nos muito bem! Algumas têm dias que até parece que andam amuadas, mas é do trabalho que têm, coitadas, que a gente nestas idades dá muito trabalho. Tomaram elas tempo para se coçarem quanto mais para andarem com agrados p’à gente! Mas ainda bem que fizeram estas casas, porque se não o qu’é que havia de ser de nós?...
Mas os dias é que são compridos que nem estradas, e custam muito a passar! Está uma pessoa pr’áqui todo o santo dia assentada, sem fazer nada; só a cismar. Quando estava na minha casa, havia sempre que fazer e quando não havia assentava-se a gente às portas e passava agora esta, depois aquela, e ficávamos a dar ao badalo umas com as outras. Aqui, é só olhar p’á televisão. E esta televisão de cá nem vale um corno. Não dá nada que preste. Estão pr’ali a ladrar, sempre aos berros, e a gente nem percebe o que eles dizem! E quando lá aparecem aquelas mulheres a dançar com tudo à mostra?! É uma pouca vergonha! Cá a mim nunca ninguém me viu o corpo, nem o meu homem que Deus tem. Das coisas que mais me custaram, quando me meteram aqui, foi terem que me lavar toda encarapata. A gente nestas idades já não mete vista nenhuma, mas mesmo assim não gostamos que nos vejam em pelota. As vergonhas que eu passei! Só Deus e eu é que sabemos… Mas sabe uma coisa? Agora também já não me ralo, que em a gente vindo para estas casas, perde tudo, até à vergonha… Que seja tudo p’los meus pecados!
Olhe, para passar o tempo, vingo-me a rezar. Rezo uns poucos de terços por dia. Um p’lo meu homem, outro p’los meus filhos e os meus netos, outro p’los meus pais e p’los meus irmãos que já lá estão todos. E às vezes ainda rezo por estas cachopinhas que são muito boas e também merecem. Quer que também reze por si? Vou rezar por si, p’ lo seu homem e p’los seus filhinhos. Já está casada e também já tem filhos, não é verdade? Quantos são eles? Ah!... Então rezo por vossemecês todos. Não tem que agradecer. É com muito gosto!
E também rezo as minhas orações quando me deito e quando m’alevanto. Sei orações muito lindas. Ai também quer aprender? Olhe, quando me deito rezo esta assim:

Padre-Nosso, conforto,
Fostes vivo, fostes morto,
Perdoastes a vossa morte
Sendo ela cruel tão forte.
Perdoai Senhor os meus pecados
Que são tantos e tão largos,
Que não os acolho confessados,
Nem a padre, nem a clero,
Nem ao pé de sete altares.
Confesso-os a Vós, Senhor,
Que bem sabeis o que eles são.
Dai-me penitência deles
E à minha alma perdão.
Dai-me nesta vida graça
E na outra salvação.
Amén!

É bonita, pois é? Foi o meu homem que ma ensinou. Ele sabia muitas que aprendeu com a mãe dele. Era muito temente a Deus, o meu rico homem! Não faltava a uma missa e desobrigava-se e comungava pelo menos uma vez por ano, na Quaresma. Olhe que até foi ele que ensinou a doutrina aos filhos. Eram outros tempos! Havia muito respeito e temor a Deus… Nunca os meus filhos foram p’à cama sem rezarem ao Anjinho da Guarda deles e pedirem a bênção ao pai.
Outra coisa que também me custa muito a passar são as noites. Sempre cheia de dores pelo corpo todo. Eu dantes tomava dois comprimidos p’às dores; eram grandes, mas já nem sei de que cor eram. Agora só me dão um branquito, muito pequenino, que aquilo nem me faz nada; é o mesmo que se me dessem uma meguelha de pão. Olhe que ainda a noite passada não preguei olho. Rezei três terços e adepois fiquei tão enfadada, que rezar também enfada muito, que me pus a cantar. Cantei a Avé Maria, a Salva Rainha e as orações que a gente antigamente cantava nas missas. E ao depois ainda cantei o fado. Se canto bem? Ai não que não canto! Dantes, na minha terra, era eu que cantava as ladainhas, as janeiras, os martírios e até a encomendação das almas. Sabia tudo na ponta da língua. E dançar? Corria os bailaricos todos ali das redondezas. Quando chegava a casa levava cada sova do meu pai! Mas não tinha emenda… E teatros? Entrava em tudo quanto eram comédias que se faziam na minha terra. Tinha cá uma cabecinha para aprender as falas!
E quando era na festa do São Tiago? Aquilo é que eram festas rijas! Naquele tempo não havia por lá outra igual. Faziam-se muitos bolos e matava-se muita carne. Eram os fornos todos a cozer sem parar durante uma semana inteira. E no dia da festa a gente advertia-se muito. Íamos em rancho até ao cimo do cabeço, os rapazes a tocar concertinas e pífaros, outros a tocar bombos e caixas, e as cachopas atrás, a cantar:

Ó Filipe San’ Tiago,
Que lá estais no cabecinho,
Chegai-vos cá para baixo
P’ra serdes nosso vizinho.

Ó Filipe San’ Tiago,
Quem vos varreu a capela?
Foram as moças solteiras
Com raminhos de marcela.

Agora já não m’ alembro de nada; estou muito esquecida e dói-me sempre muito a cabeça e os ossos todos. Se calhar até é bruxedo, que isto o que mais há é quem nos queira mal. Eu bem trago esta medalhinha e mais esta figa pendurada na combinação, olhe aqui, está a ver? Mas parece que não me vale de nada, porque o mal não me larga.
Ir à doutora? P’ra quê? Olhe, ainda no outro dia lá fui a queixar-me, mas às vezes parece que ela nem faz caso da gente. O que é que lá vamos a fazer, pois se ela mal olha p’ra uma pessoa? E medir a atenção e escutar a gente, é só quando ela lá bem entende… Mas já no hospital é a mesma coisa! Ainda aqui atrasado me lá levaram, que andava cheia de tonturas, até parece que andava bêbada. Esteve uma pessoa uma tormenta d’horas à espera para ser vista e a depois mandaram-me entrar lá para uma sala. Olhe, estava lá uma doutora assentada atrás da mesa que mal alevantou os olhos do contador que tinha à frente dela. Perguntou-me do que é que m’eu queixava, e mais isto e mais aquilo, mas olhe que nem olhou p’ra mim como é dado; só a olhar pr’aquilo e a escrever... Ao fim passou-me ali uns comprimidos pa tomar e ao depois mandou-me embora. Olhe que nem as boas melhoras me disse! Umas pessoas com tantos estudos e são umas malcriadas!… Não sei o qu’é que andaram a fazer na escola! Mas esta daqui é a mesma coisa! O mais das vezes dá-me uns pós p’ra mor de pôr na água, que aquilo nem me faz nada… Mas a algumas figuronas sabe ela dar uma tormenta de comprimidos de todas as cores e feitios, que eu bem as vejo a tomá-los logo p’ la manhã. Também não sei o que é que eu sou menos que as outras… Mas ela lá sabe! Eu calo-me, que o calado diz tudo, e a gente aqui não manda nada, nem já somos ninguém. O que a gente era, e no que a gente se torna! …
Olhe, são as voltas da vida!...

M. L. Ferreira

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Óbitos, 1805

ÓBITOS, 1805
Paróquia de Nossa Senhora da Assunção
São Vicente da Beira

- Balanço do ano: 44 batismos – 36 óbitos = +8 pessoas. Na realidade, o saldo foi de +10, pois os bebés dos registos 4 e 19 não foram batizados e por isso não foram contados como tendo nascido. Estes bebés foram batizados em casa, mas não os levaram à Igreja (o batismo não ficou completo), nem se fez registo deles.
- O ano parecia mais promissor, mas acabou por morrer muita gente, ao longo de todo o ano. A morte não escolheu idades (novamente muitos bebés, mas também adultos), nem condição social (não poupou as famílias com títulos).

1
Nome: Maria (menor)
Família: filho de Francisco da Costa e sua mulher Leonor Tomazia, da Póvoa de Rio de Moinhos
Data: 11/01/1805

2
Nome: Domingos (menor)
Família: filho de Maonel Joze e Jozefa Custodia, do Mourelo
Data: 19/01/1805

3
Nome: Joze (menor)
Família: enjeitado, dado a criar à mulher de Joaõ Mendes, da Paradanta
Data: 19/01/1805

4
Nome: uma menina
Família: filha de Joaquim Rodrigues Diabinho e sua mulher Brites Leitoa, do Mourelo
Data: 20/01/1805
Observações: foi batizada, por nascer em perigo de vida, por Antonio Fernandes Baranda, do Mourelo

5
Nome: Joze Antonio Oliveira
Família: casado com Maria Roza, de São Vicente da Beira
Data: 25/01/1805

6
Nome: Gregorio Mendes
Família: viúvo
Data: 27/01/1805
Observações: pobre; de S. Vicente da Beira

7
Nome: Luis Machado
Família: casado com Maria Roza, de São Vicente da Beira
Data: 16/02/1805

 8
Nome: Maria da Conceiçaõ (solteira)
Família: filha de Jacinto Rodrigues Castanheira e Maria Leitoa, de São Vicente da Beira
Data: 12/03/1805

9
Nome: Francisco (menor)
Família: filho de Joaõ de Oliveira e Anna de Oliveira, de São Vicente da Beira
Data: 18/03/1805

10
Nome: Izabel (menor)
Família: Joze de Mesquita e Roza Maria, de São Vicente da Beira
Data: 02/04/1805

11
Nome: Anna (menor)
Família: filha de Antonio Joze de Oliveira e Roza Maria, de São Vicente da Beira
Data: 07/04/1805

12
Nome: Joze Leitaõ (solteiro)
Família: não indicada
Data: 14/05/1805

13
Nome: Francisca (menor)
Família: Manoel Tavares e Maria Leitoa, de São Vicente da Beira
Data: 20/05/1805

14
Nome: Jozefa (menor)
Família: enjeitada, dada a criar na Partida
Data: 29/05/1805

16
Nome: Joze Lourenço
Família: do Tripeiro
Data: 02/06/1805

17
Nome: Euzebia (menor)
Família: filha de Maria, solteira, e de Manoel Pereira, ambos do Violeiro
Data: 08/06/1805

18
Nome: Antonia Maria
Família: casada com Antonio da Costa, de São Vicente da Beira
Data: 29/07/1805

19
Nome: um menino
Família: filho de Manoel do Rego de Albuquerque e Dona Anna Jacinta Caldeira, de São Vicente da Beira
Data: 01/08/1805
Observações: nasceu, foi batizado em necessidade e logo faleceu

20
Nome: Joaquim Rodrigues
Família: casado com Rita Maria, de São Vicente da Beira
Data: 06/08/1805

21
Nome: Antonio (menor)
Família: filho de Joze Antunes e Maria Mendes, da Partida
Data: 19/08/1805


22
Nome: Maria Martins
Família: casada com Joze Alves, do Mourelo
Data: 25/08/1805

23
Nome: Joaõ (menor)
Família: filho de Joze Duarte e Ignes Leitoa, de São Vicente da Beira
Data: 12/09/1805

24
Nome: Maria (menor)
Família: filha de Manoel Rodrigues Diabinho e Maria Martins, do Tripeiro
Data: 13/10/1805

25
Nome: Izabel Palmeira (solteira)
Família: de São Vicente da Beira
Data: 14/10/1805

26
Nome: Tereza de Jessus
Família: casada com Domingos Alves, de São Vicente da Beira
Data: 25/10/1805

27
Nome: Maria (menor)
Família: filha de Francisco Joze e Maria Sebastiana, do Tripeiro
Data: 03/11/1805

28
Nome: Joze Freire
Família: casado com Joana Leitoa, da Partida
Data: 18/11/1805

29
Nome: Maria (solteira)
Família: filha de Joaõ Joze Dias de Oliveira e Maria Joana, de São Vicente da Beira
Data: 25/11/1805

30
Nome: Francisco Duarte
Família: casado, de São Vicente da Beira
Data: 26711/1805

31
Nome: Tereza de Jesus
Família: viúva, de São Vicente da Beira
Data: 07/12/1805

32
Nome: Maria de Jesus
Família: de São Vicente da Beira
Data: 08/12/1805

33
Nome: Felicia Angelica de Azevedo (solteira)
Família: de São Vicente da Beira
Data: 12712/1805

34
Nome: Tereza (menor)
Família: enjeitada, dada a criar a Ignes Leitoa, mulher de Joze Duarte, de São Vicente da Beira
Data: 19/12/1805

35
Nome: Joze Antonio de Moura (Doutor)
Família: casado com Dona Maria Joana, de São Vicente da Beira
Data: 19/12/1805

36
Nome: Manoel Francisco
Família: natural de Aldeia do Cravo (Nogueira do Cravo, Oliveira do Hospital?), bispado de Coimbra, e casado com Helena
Data: 21/12/1805

José Teodoro Prata

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Casamentos, 1805

CASAMENTOS, 1805
Paróquia de Nossa Senhora da Assunção
São Vicente da Beira

1
Noivos: Joaquim Ferreira, solteiro, filho de Pedro Nunes, já defunto, e Izabel Maria, de S. Vicente da Beira, com Maria dos Reis, solteira, filha de Manoel Antunes e Maria Francisca, de Urraca, freguesia de São Tiago, da vila de Álvaro
Data: 09/01/1805
Testemunhas: Joaquim da Costa e Manoel Barata, de S. Vicente da Beira
Pároco: Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

2
Noivos: Joaõ Barata, solteiro, filho de Antonio Barata e de Maria, naturais de Janeiro de Baixo, com Anna Gonçalves, filha de Joze Alves e Izabel Gonçalves, do Violeiro
Data: 25/02/1805
Testemunhas: Manoel Barata e Joze Rodrigues Marques, de S. Vicente da Beira
Pároco: Cura Domingos Joze Marques Goulaõ Esteves

3
Noivos: Manoel Pires, solteiro, filho de Paulo Pires e Maria Pereira, da Mouta, bispado da Guarda, com Angelica Maria, solteira, filha de Domingos Inofre e Izabel Maria, de S. Vicente da Beira
Data: 07/07/1805
Testemunhas: Francisco Rodrigues Lobo e Pe. Francisco Duarte de Jesus, de S. Vicente da Beira
Pároco: Vigário Francisco Marques Goulaõ

José Teodoro Prata