quarta-feira, 29 de novembro de 2023

A primavera enganou-se

 


José Teodoro Prata

Fotos do Francisco Barroso

sábado, 25 de novembro de 2023

Campanha da azeitona, 2023

 Quando no ano passado o meu cunhado Quim, que comprara uma máquina de varetas, me disse que se colhia com ela muito mais depressa a azeitona, soube que estava lixado. O meu método era (é) arcaico, e consequentemente demorado, e por isso eu não poderia responder aos níveis de exigência cada vez maiores dos lagares, em termos de qualidade da azeitona ali entregue.

Para equacionar mais facilmente a questão, vou-a explanar em dois tópicos:

- Este ano entreguei azeitona em dois lagares (quantidades ridículas) e em ambos estive cerca de 5 horas, com filas de dezenas de veículos a aguardar a sua vez. Primeira conclusão: os lagares não dão resposta ao ritmo de colha das pessoas.

- No lagar de Vila Velha de Ródão é proibido entregar azeitona em sacas, norma que eu desconhecia por não ir lá há 3 anos. Uma camioneta carregada de sacas foi mandada embora e eu fiquei, porque levava pouca, mas toda a azeitona foi inspecionada e 6 sacas foram recusadas. No Ninho do Açor aceitam azeitona em sacas, mas com críticas a quem as leva, pois, com o calor que esteve, a azeitona degrada-se nas sacas em poucas horas. Uma pessoa que levava azeitona já podre (em sacas) sofreu a pena de a sua produção ser feita à parte (em ambos os lagares, a azeitona vai para um monte comum e a cada produtor é entregue o azeite correspondente ao peso de azeitona e ao nível de gordura revelado na análise realizada no momento da entrega). Segunda conclusão: as sacas de plástico transparente, tão defendidas há alguns anos, são cada vez menos aceites e de facto contribuem para a degradação rápida da azeitona, em tempo quente com o que tivemos este ano, na segunda e terceira semana do mês.

Como perceberam, a falta de resposta dos lagares dificulta a entrega da azeitona com a melhor qualidade possível. Há lagares que a aceitam podre, mas eu no ano passado fiquei com azeite de má qualidade porque, num lagar onde fui, o cliente imediatamente anterior a mim entregou azeitona podre e a dele e a minha foram feitas juntas, pois eram em pequena quantidade.

O aquecimento global (este ano, os meses de outubro e novembro bateram recordes) vem agravar este problema, pois na árvore a azeitona vai sofrer mais com a gafa e, após a colha, a azeitona tenderá a degradar-se depressa.

Para terminar, deixo um apontamento ecológico, sugerindo um contributo de cada um de nós para mitigar o aumento das temperaturas. Tem a ver com o que fazer com as ramagens da colheita ou da poda. Portugal vai estar a arder até lá para março, devido às tradicionais queimas da rama das oliveiras. As ramagens são carbono. Se ficarem no solo, esse carbono transformar-se-á em novas ramagens. Se forem queimadas, sobem para a atmosfera na forma de dióxido de carbono e vão contribuir para o aquecimento global. É verdade que Portugal é campeão no tráfego aéreo de aviões a jato, é campeão no estacionamento de navios-cruzeiro (ambos altamente poluentes e restringidos ou proibidos em alguns países) e está na cauda da Europa em termos de reciclagem (apenas 12% do lixo), mas cada um de nós deve fazer o que está nas suas mãos, para que o planeta continue a ser habitável para os humanos. Sugestão: amontoar as ramagens em local onde não estorvem.

José Teodoro Prata

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Para cada criança, todos os direitos*

 Na segunda-feira, 20 de novembro, comemorou-se a adoção da Declaração dos Direitos da Criança (1959) pela Assembleia das Nações Unidas, e a Convenção sobre os Direitos da Criança (1989). Que me tivesse apercebido, não houve nas notícias grande desenvolvimento sobre o tema, mas ficámos a saber que Portugal perdeu cerca de um milhão de crianças nos últimos cinquenta anos.

Este número já não nos surpreende, mas preocupa-nos, principalmente porque a queda dos números da população mais jovem acontece sobretudo nas zonas rurais, onde os velhos são cada vez a fatia maior.

Segundo a Wikipédia, de acordo com o censos de 2021, a evolução dos números na nossa freguesia, nos últimos vinte anos, foi esta:

 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR GRUPOS ETÁRIOS 

 ANO

 0-14 Anos

 15-24 Anos

 25- 64 Anos

 > 65 Anos

 2001

 174

 175

 716

 532

 2011

 110

 101

 561

 487

 2021

 67

 77

 417

 400

Os números totais têm vindo a diminuir muito de década para década, mas é na população infantil e jovem que a queda é pior.  

Curiosamente, parece que em São Vicente e nas freguesias cujas crianças frequentam a nossa escola, a situação melhorou um pouco: este ano o Jardim de Infância tem duas salas.

M. L. Ferreira

*O título do texto é o tema proposto para as comemorações deste ano de 2023 da adoção dos Direitos da Criança.

sábado, 18 de novembro de 2023

A corça da Orada

Visitei, no passado sábado, a capela de São Pedro de Vir-a-Corça, no Carroqueiro, Monsanto. Contaram-me a lenda da capela, referida no texto abaixo, e surpreendi-me de ali ser uma corça a amamentar um bebé, tal como a donzela da nossa Orada foi amamentada por uma corça.

Contou-me o ti´ Joaquim Teodoro, em 1990: «Um pai encontrou a filha grávida e, para não a matar, levou-a para o sítio onde está a cruz. Havia lá uma cova e o pai deixou-a lá. Por Deus apareceu uma corça e ela mamava a corça, mas vinha beber água à fonte, atrás da capela

A corça era venerada pelos lusitanos, como a seguir se refere, o que localiza a Senhora da Orada numa época remota, anterior ao Cristianismo e mesmo à conquista romana da Hispânia.

Encontrei o texto que se segue na net, cuja riqueza torna desnecessário alongar mais.

«Simbologia da Corça

A corça está intimamente ligada à feminilidade. Por alguma razão, conhece-se melhor a espécie pelo seu nome feminino – a corça, em detrimento do corço. Com efeito, são várias as lendas europeias onde ela chega como salvadora pelo leite que dá como alimento, até a humanos. Assim é com Genoveva de Bravante, uma lenda de fundo germânico ou nórdico que discorre acerca de uma foragida, falsamente acusada de infidelidade, que se exila num ermo nas Ardenas com o seu filho, alimentado este pelo leite de uma corça que lá apareceu. Em Portugal, é também o leite de uma corça que salva um bebé adotado por um homem em Vir-a-Corça, junto a Monsanto. Ambas as lendas aludem ao papel materno do mamífero, a fêmea que amamenta, a fonte da vida. Há teorias que defendem a divinização da corça pelos lusitanos, assumindo até que Sertório, para cair nas boas graças lusas, inventou que estes animais falavam com ele. Seria o eremitismo tão conhecido nos corços que provocava um fascínio tal na mente humana ao ponto de os ter como um reflexo divino? Não devemos esquecer, da mesma forma, a corça na mitologia grega, com os seus chifres de ouro e pés de bronze – é consagrada a Artémis (mais uma vez, uma mulher) e, segundo um episódio mítico, foi nela que Taigete se transformou para escapar a Zeus, sendo procurada depois por Héracles (ou Hércules, na versão romana) num dos seus doze trabalhos de penitência. Houve igualmente, como com a maior parte dos animais antes venerados por cá, uma tentativa de diabolização, sobretudo com a chegada da mensagem cristã que pretendeu redirecionar os atos celestes para as Senhoras e os Santos. A lenda da Nossa Senhora da Nazaré, por exemplo, põe D. Fuas Roupinho atrás de uma corça (ou de um veado, depende da versão) com o seu cavalo, para mais tarde se aperceber que esta era afinal uma reencarnação do demónio.»

RICARDO BRAZ FRADE

https://www.portugalnummapa.com/corca/

José Teodoro Prata

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Afinal, os Gravatinhas são outros!

Foi um equívoco de séculos. Bem, quer dizer, de anos, muitos anos, eu convencido que por aí se dizia que, aos de São Vicente, os povos das redondezas chamavam Gravatinhas.

Na semana passada, na Biblioteca Nacional, estive com Jaime Lopes Dias, que deixou escrito que essa era alcunha dos de Alpedrinha, a que também chamavam Manilhas; idem Gravatinhas, os de Penamacor. Um homem pode andar anos enganado, afinal!

Achei que poderia interessar a Vossas Excelências o escrito integral em que o estudioso trata do assunto; mas, como é longo, 5 páginas impressas, deixo somente o registo do que a São Vicente e algumas terras mais próximas diz respeito. Aqui vai, e que lhes faça bom proveito.

Com amizade,

Sebastião Baldaque

ALCUNHAS

por Jaime Lopes Dias

(extracto)

Sardanascas, os das aldeias dos arredores de Castelo Branco.

Cucos, os de Aldeia de João Pires e do Louriçal do Campo.

Unhas Negras, os de Alcains. Diz-se também: Alcains, terra de cães. Ao que os naturais respondem "Terra por onde eles passim" (passam).

Manilhas e Gravatinhas, os de Alpedrinha.

Alfacinhas, os de Castelo Novo.

Mafras, os da Soalheira.

Batatas, os do Casal.

Chamiceiros, os de São Vicente.

Mata-Lobos, os do Sobral.

Gatunos, os do Ninho.

Semagreiros, os de Tinalhas.

Carreiros, os da Póvoa.

Fura-Balsas, os de Escalos.

Pelados, os da Lousa.

Bogalhões, os da Lardosa.

Cabreiros, os de Souto da Casa.

Cravinas, os de Aldeia Nova do Cabo.

Borrados, os de Aldeia de Joanes.

Cabeças de Burro, os do Fundão.


P. S. Quem tiver interesse, poderá ler o escrito integral na Etnografia da Beira, vol. III, edição, creio, de 1926, na rubrica "Alcunhas". Mais à mão, tenho imagens dessas páginas, que coloquei no seguinte endereço:

 https://youtu.be/OFO5-44QWb4

domingo, 12 de novembro de 2023

Os Sanvincentinos na Grande Guerra

 José Simão

José Simão nasceu no Casal da Fraga, a 17 de maio de 1893. Era filho de Joaquim Simão, jornaleiro, natural da freguesia de S. Vicente da Beira, e de Felícia Maria, doméstica, natural de Rochas de Cima.

Assentou praça no dia 9 de julho de 1913, como recrutado, e foi incorporado no 2.º Batalhão do Regimento de Infantaria 21 em 13 de janeiro de 1914, como atirador de 1.ª classe.

Pronto da instrução da recruta em 30 de abril, foi licenciado em 1 de maio, regressando a São Vicente da Beira.

Apresentou-se novamente em 5 de maio de 1916 e, fazendo parte do CEP, embarcou para França em 21 de janeiro de 1917, integrando a 6.ª Companhia do 2.º batalhão do 2º Regimento de Infantaria 21, no posto de soldado com o n.º 92 e a chapa de identidade n.º 44924.

Da sua folha de matrícula e boletim individual do CEP consta o seguinte:

a)   Punido em maio de 1916, pelo Comandante da Companhia, com 2 faxinas, por estar sentado na cama durante o dia e não se ter levantado prontamente à voz de sentido dada quando o comandante entrou na caserna;

b)   Punido em 20/08/1917, pelo Comandante da Companhia, porque, quando se fez a distribuição do vinho à Companhia, disse para alguns dos seus camaradas que os rancheiros não lhes davam a ração que era dado e eram todos uns ladrões;

c)    Punido em 16/03/1918, pelo Comandante da Companhia, com 10 dias de detenção, por faltar aos trabalhos de S. Naast, no dia 13;

d)   Punido em 02/05/1918, pelo Comandante da Companhia, com 4 dias de detenção, por ter faltado aos trabalhos, em 28 de abril;

e)   Punido em 17 /9/1918, com 12 dias de detençã,o por ter feito uso dum passe regulamentar fora da data, que lhe tinha sido concedido em vez de o ter entregado, saindo da sua área de estacionamento sem autorização;

f)     Aumentado ao efetivo do Depósito Disciplinar 1, em 26 de setembro de1918, onde ficou com o n.º 718, porque, de acordo com a folha de matrícula "encontrando-se com prevenção de marcha para um novo acampamento mais avançado em relação à frente do inimigo, insubordinou-se, recusando a desarmar as barracas e a entrar na formatura, ameaçando matar com granadas de mão e a tiros de metralhadora todo aquele que tal fizesse, como também se recusando a entrar em ordem às intimações que lhe foram feitas pelos seus superiores";

g)   Marchou em diligência do Depósito Disciplinar 1 para o Tribunal de Guerra, a fim de ali ficar à disposição daquele tribunal, em 22/02/1919;

h)   Em 16 de março de 1919, foi condenado pelo Supremo Tribunal de Guerra, na pena de 7 anos de presídio militar e mais na pena acessória de igual tempo de deportação militar ou, em alternativa, na pena de dez anos de deportação militar;

i)     Repatriado para Portugal, no dia 05/06/1919, com o Serviço de Adidos, na condição de condenado;

j)     Passou ao presídio militar de Santarém, em 28 de junho, a fim de cumprir a pena a que tinha sido condenado;

k)    Amnistiado pela Lei n.º 1198 de 2 de setembro de 1921, foi solto por ordem da Secretaria da Guerra e passou ao Regimento de Infantaria 21, em 26 de Setembro de 1921. Foi licenciado em janeiro de 1922 e domiciliou-se em São Vicente da Beira.

Passou ao Regimento de Infantaria de Reserva 21, em 31 de dezembro de 1923, e ao Regimento de Infantaria 11, em 17 de julho de 1931, por ter transferido a residência para a freguesia de Bocage, em Setúbal.

Passou à reserva ativa em abril de 1928 e à reserva territorial em Dezembro de1934. Em 31 de dezembro de 1934, foi-lhe dada baixa por ter cumprido toda a obrigação de serviço militar.    

Família:

José Simão casou com Gertrudes Rosa, na Conservatória do Registo Civil de Setúbal, no dia 21de outubro de 1925. Sabe-se que tiveram filhos e netos, mas não mantiveram um relacionamento de grande proximidade com os familiares em São Vicente da Beira. Não existem, por isso, muitas memórias deste ramo da família.

O casal terá vivido sempre na cidade de Setúbal e foi ali que José Simão faleceu, na freguesia de Nossa Senhora da Anunciada, no dia 19 de Fevereiro de 1975. Tinha 81 anos de idade.

Maria Libânia Ferreira

Do livro: Os Combatentes de São Vicente da Beira na Grande Guerra

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Conversas de autocarro

 Os passageiros eram, quase todos, homens e mulheres a quem o trabalho duro de uma vida inteira fazia aparentar uma idade que não tinham.

Saíram das suas terras, ainda jovens; alguns seguiram o rasto dos pais, que, antes deles, procuraram lá fora a vida que em Portugal nem podiam sonhar.

Eram do Alentejo, das Beiras, de Trás-os-Montes, do Minho… mas as memórias que partilhavam eram o testemunho do atraso e da pobreza comuns, quase hereditários, que se vivia em todo o país.

Falavam do frio e das molhas, ainda crianças, atrás de um rebanho de cabras ou à frente de uma junta de bois; do calor escaldante dos dias da ceifa ou do alcatrão a ferver que espalhavam nas estradas que cresciam por todo o lado; dos molhos de mato e das sacas às costas, cada vez mais pesados, na pressa de se fazerem homens e mulheres e terem um salário melhor; alguns ainda foram à guerra, outros livraram-se por pouco, e quase todos lá tiveram um irmão mais velho ou parente chegado.

Mas ainda não esqueceram os jogos e as cantigas de outros tempos; as festas e romarias com procissões e bailaricos; a mesa farta desses dias com a família toda à roda. As mulheres, essas, trocavam receitas de bolos, mesinhas e orações para todos os males, e mostravam, orgulhosas, as fotografias dos netos e das flores do jardim à frente da casa com que sempre sonharam.

Foram difíceis, os primeiros tempos em França. Durante anos não houve domingos nem dias santos; mesmo as férias eram passadas a levantar mais um bocado da casa ou a tratar das terras que, a pouco e pouco, iam juntando aos bocados que herdaram dos pais ou já tinham comprado; não se sabia o que era ir a um restaurante e muito menos a uma praia. Também quiseram dar aos filhos outras ferramentas para a vida: a maior parte não tinha passado da quarta classe, quando muito do segundo ano, quando foram obrigados. É que os pais deles, sobre a importância das letras, o que sabiam era dizer aos professores que lhes chegassem sempre que fosse preciso.

Agora, quarenta e muitos anos depois, e já todos reformados, voltam à terra duas ou três vezes por ano, por altura das festas e para a apanha da azeitona ou da castanha, mas demoram-se por cá pouco. E já não pensam regressar de vez, que é lá que têm os filhos e os netos, e esses cada vez menos querem vir a Portugal.

Não admira que as terras estejam a ficar cada vez mais vazias de gente. Algumas já nem têm escola, nem padre, nem crianças pelas ruas. Por este caminho, qualquer dia, só velhos e os mortos no cemitério, que é também o que os vai trazendo até cá por estes dias.

M.L.Ferreira

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

O jornal Reconquista e S. Vicente da Beira

O título acima é demasiado pomposo para dois simples apontamentos sobre a edição de 2 de novembro do referido jornal.

Logo na página 3 noticia-se o Dia dos Sinos dia 4, sábado. Nada se informa sobre os artistas (os tocadores), que parece terem passado a operários e por isso sem direito a referência. Por isso não sei se o nosso Pedro Inácio veio cá tocar. Em qualquer dos casos, continua a dever-nos um toque dos sinos na nossa igreja, por ter cá vindo no ano passado. Ficamos a aguardar.

A página 10 traz referência, em quase toda a página, à tese de mestrado da Ana Rute Inácio (penso que a filha do Pedro Inácio) apresentada na Vila a 21 de outubro. A tese foi orientada pela Maria João Guardado Moreira, neta do sr. Manuel da Silva, e por outro professor. Penso que a mestre Ana Rute se formou em Assistência Social, na ESE de Castrelo Branco.

A tese propõe a criação de uma rede de apoio social para a população mais fragilizada da nossa freguesia, sobretudo os idosos, envolvendo todas as instituições da freguesia e sem atropelar os serviços já prestados pela Santa Casa da Misericórdia. E a Ana Rute defende que a sua proposta pode ser aplicada a qualquer freguesia. Parabéns à nova mestre!

José Teodoro Prata

domingo, 5 de novembro de 2023

Ribeira vai cheia...

 

Novamente ausente por terras de sua majestade, soube logo pela minha irmã São e pelo Cassiano que o ribeiro do Ribeiro Dom Bento já corria com força e nos últimos dias o Francisco Barroso mandou-me esta foto da ribeira junto à Fonte Ferreira, no local onde uma dia o Pe. Jerónimo me disse que seria bom ter um espelho de água permanente, preso por um pequeno paredão mais abaixo. O paredão nunca se fez, mas as chuvas intensas deram ao local um toque paradisíaco.

José Teodoro Prata