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quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Para cada criança, todos os direitos*

 Na segunda-feira, 20 de novembro, comemorou-se a adoção da Declaração dos Direitos da Criança (1959) pela Assembleia das Nações Unidas, e a Convenção sobre os Direitos da Criança (1989). Que me tivesse apercebido, não houve nas notícias grande desenvolvimento sobre o tema, mas ficámos a saber que Portugal perdeu cerca de um milhão de crianças nos últimos cinquenta anos.

Este número já não nos surpreende, mas preocupa-nos, principalmente porque a queda dos números da população mais jovem acontece sobretudo nas zonas rurais, onde os velhos são cada vez a fatia maior.

Segundo a Wikipédia, de acordo com o censos de 2021, a evolução dos números na nossa freguesia, nos últimos vinte anos, foi esta:

 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR GRUPOS ETÁRIOS 

 ANO

 0-14 Anos

 15-24 Anos

 25- 64 Anos

 > 65 Anos

 2001

 174

 175

 716

 532

 2011

 110

 101

 561

 487

 2021

 67

 77

 417

 400

Os números totais têm vindo a diminuir muito de década para década, mas é na população infantil e jovem que a queda é pior.  

Curiosamente, parece que em São Vicente e nas freguesias cujas crianças frequentam a nossa escola, a situação melhorou um pouco: este ano o Jardim de Infância tem duas salas.

M. L. Ferreira

*O título do texto é o tema proposto para as comemorações deste ano de 2023 da adoção dos Direitos da Criança.