Homenagem a quem partiu
É bela a memória que sobrevive
A alguns escombros do passado
Quando ela ressuscita quem vive
Do injusto esquecimento libertado.
São tantas as memórias de outrora
Que resistiram à erosão da idade
Que quero recordar hoje e agora
Os que me moldaram de saudade.
Acordaram-me a lembrança dos amigos
Que construíram a minha liberdade
Em tempos idos e já antigos.
Que este tempo novo que vivemos
Quase ignora a luta e a fraternidade
De quem já partiu e que perdemos.
(Roque Lino, Retrato Intemporal)
Nota: Faço minhas as palavras do José Barroso, em comentário da anterior publicação: São Vicente acaba de perder um amigo, um dos seus filhos que não resistiu ao chamamento da mãe-gardunha e escolheu passar connosco parte dos dias dos seus últimos anos.
José Teodoro Prata