Reconquista
José Teodoro Prata
Camões
Maior que a terra onde nasceste
Camões de vistas largas
Choraste lágrimas amargas
Incompreendido enquanto viveste
Os invejosos não descansaram
Enquanto não te desterraram
Foste um lutador incompreendido
Andaste por muitos locais, lados
Teus lusíadas ainda foram publicados
Contigo vivo, ainda foste reconhecido
Nasceste em Portugal
Onde? Não sei
Como já afirmei
Não sabemos o local
Tem sido feita de imaginação
A tua obra tem sido revestida
De encontros, desencontros, é a vida
Viveste a vida com muita paixão
Foste um homem extraordinário
Tua fama só depois da morte chegou
Foste um poeta que muito amou
Mas tiveste um mau fadário
Nunca foste rico, nobre
Eras um homem letrado
Apesar de não seres formado,
Foste sempre um cidadão pobre
Vê lá tu como são os poderosos
Sempre a vida te tramaram
Mas depois teus escritos usaram
Para se tornarem famosos
Foste um pobre soldado
Pela tua Pátria lutaste
Pela África e Ásia andaste
Sempre, sempre endividado
Foste um grande conquistador
De corações das damas nobres
Apesar de teres poucos cobres
Eras invejado, seu galanteador
Por isso foste desterrado
Primeiro para a vila de Belver
Depois Ceuta onde foste combater
Já eras então um homem marcado
Foste um poeta experimentado
Não foste um poeta qualquer
Dinamene era uma bela mulher
No teu tempo foste um poeta odiado
Alma minha que me deixaste
No meio do mar naufragada
Meu amor, minha amada
Porque me abandonaste
A obra que te deu a imortalidade
Conseguiste mesmo molhada salvar
Ao rei a pudeste declamar
É sempre nova, não tem idade
Príncipe dos poetas degredado
Morreste na mais vil e triste pobreza
Deixaste-nos os lusíadas, uma beleza
Numa vala comum foste enterrado
Ao longo dos séculos tens influenciado
Com a tua prosa, teu estilo prosador
Muitos poetas, grande senhor
És o nosso poeta mais amado
Pelos Lusíadas Camões, OBRIGADO
São uma mensagem de esperança
Ao povo Luso transmitem confiança
Por todos os povos lusófonos és exaltado
Zé da Villa