Participei, neste domingo, num passeio à judiaria de Castelo Branco e numa conferência sobre "Judeus, Cripto-Judeus e Cristãos-Novos: a casa doméstica na Beira Interior quinhentista", ambos dinamizados pelo Arquitecto José Afonso.
Falou-se frequentemente de S. Vicente da Beira, uma das muitas povoações da Beira onde existiu uma comunidade judaica desde finais da Idade Média.
Tenciono apresentar informações sobre esta comunidade, na I Feira de Artesanato e Gastronomia, a realizar nos dias 18, 19 e 20 de Junho (e não nos dias 11, 12 e 13, como inicialmente estava previsto e cheguei a noticiar neste blogue).
Será no dia 20, domingo, entre as 9 e as 12 horas, numa visita guiada pela Vila.
Segundo estudos realizados, a tradição beirã de deixar pedras salientes dos lados da janela, onde se colocam vasos de flores, tem a sua origem na tradição judaica de ali colocar o candelabro aceso, nas noites de festa religiosa.
Casa da Rua Manuel Lopes.
Candelabro judaico (Menorah), um dos símbolos religiosos do judaísmo.
Um comentário:
Penso que seria onde os Judeus punham o candelabro da Festa das Luzes, ou Hanuká, que comemora a vitória dos Macabeus (um grupo de resistentes judeus) sobre os invasores e ocupantes Sírio-Gregos, e a reconsagração do Templo Sagrado de Jerusalém, mais tarde destruído pelos Romanos (em 70 E.C..
Gosto muito de estudar a tradição Judaica (e outras) e descobri hoje este blog tão interessante. Somos um país com uma forte componente judaica, na nossa cultura e na nossa gente. Muitos de nós somos descendentes de judeus e não sabemos... Graças a Deus somos um oásis de convivência pacífica entre religiões. Em Portugal, cristãos, judeus, hindus, budistas, muçulmanos, sikhs, convivem em paz, com a afabilidade que nos caracteriza. Que continuemos assim.
F. Mota
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