As matações juntam novos e velhos, alguns de convívio diário, mas outros que só se vêem de ralo em ralo. Por isso, contam-se sempre muitas histórias antigas.
Numa em que participei, já lá vão uns anos, o matador era o Insa, que nos contou a história da alcunha da sua família.
No início do século (1918) grassava a pneumónica e poucos foram os que ela não amarrou à cama. Um deles fora o seu avô, Francisco Marques, morador no Casal da Fraga, que passou largo tempo no Hospital da Misericórdia de São Vicente da Beira.
Quando o iam visitar, mandava toda a gente embora, «...porque senão insa tudo daqui até ao Casal!»
E ficou o Insa, talvez porque já poucos soubessem o significado da palavra que ele usara.
Regressado a Castelo Branco, fui consultar o Dicionário Morais, à Biblioteca Municipal. Lá estava, insar significa infetar.
Tinha razão o Francisco Marques e não era caso para lhe porem tal alcunha!
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