Mais um ano, mais uma maratona de publicações e
comentários. Sobretudo mais um ano em que ajudámos os vicentinos a reforçar os
laços afetivos com as suas origens.
Somos meia dúzia de
colaboradores, com 59 seguidores mais ou menos fiéis e outros tantos
leitores mais ou menos regulares.
Ao longo do ano, os gigantes asiáticos ganharam relevo,
sobretudo a Rússia (euroasiática) que durante muitos meses liderou a lista de
países de origem dos visitantes do blogue de fora de Portugal. Há pouco tempo,
também a China entrou na corrida, mas o primeiro lugar passou para os Estados
Unidos. Além destes, persistem os países onde sabemos residir a diáspora
vicentina: França, Alemanha, Inglaterra, Canadá, Brasil, Angola e Austrália.
Este foi o ano da maturação, pois consolidou-se o grupo
de colaboradores, embora ainda com duas brechas: a publicação dos artigos tem de
passar por mim e continuam a faltar notícias “jornalísticas” do que vai
acontecendo em São Vicente.
Um exemplo: soube que, no dia 27/12, a Junta de Freguesia
recebeu os vicentinos que quiseram apresentar sugestões de melhoramentos a realizar.
Mas não sei em que moldes se fez esta reunião, nem quais os assuntos tratados,
pois ninguém a reportou.
Uma terceira lacuna, eu chamar-lhe-ia antes uma área a
desenvolver, é a ligação com as anexas. Tem havido alguma coisa, sobretudo
pelas histórias da Libânia e nos meus artigos históricos. Paralelamente,
mantenho contacto estreito com o Hugo Martins, autor do site do Mourelo.
Mas o balanço é francamente positivo. Quando, em outubro
de 2009, expliquei este projeto ao José Miguel Teodoro e ele me incentivou a
avançar, pois a ideia tinha pernas para andar, nunca pensei chegar tão longe,
no tempo e em termos de qualidade. E, já agora, desconhecia a carga de trabalhos
em que me estava a meter.
Como já escrevi algures no passado, encaro esta tarefa
como um trabalho cívico, é a minha contribuição para a nossa vida comunitária. (E
tenho a noção de quão reduzido é este meu contributo, muitos dão-nos, felizmente,
muito mais.) Em consequência, não considero este blogue apenas meu, mas de
todos os colaboradores e leitores. E se isto não é verdade em termos formais,
pois continuo sozinho a publicar os artigos e os comentários, é totalmente
verdade em termos éticos. Tanto assim que encaro com naturalidade a passagem da
gestão do blogue de individual para o grupo de colaboradores, num futuro
próximo, se/quando houver condições para isso.
As comunidades do interior estão em vias de extinção.
Nos últimos anos, confluíram várias variáveis que tornarão as nossas terras
aldeias fantasmas, daqui a vinte anos: a baixíssima natalidade, a concentração
da população na faixa litoral, a emigração anual de mais de 100 mil pessoas, as
portagens…
Alguém afirmou que Portugal está à beira de um suicídio
coletivo. Que este blogue seja uma forma de conservarmos a nossa identidade,
onde quer que estejamos.
Um bom ano de 2014!
José
Teodoro Prata
2 comentários:
Parabéns, José Teodoro, pelo sucesso destes cinco anos de trabalho (maratona, como lhe chamas, e imagino que seja…), em prol da divulgação da história e das gentes da nossa terra.
Para muitos vicentinos este blogue tem sido um lugar de encontros e de afectos, por isso o Francisco Barroso, com tanta propriedade, lhe chamou a nossa Praça. Com um número já tão grande de seguidores, ainda por cima de origens tão diversas, um dia destes vai tornar-se num enorme Rossio…
Sou uma leitora fiel e assídua, tanto das publicações novas como das mais antigas e, em muitas delas, revejo-me como se lá tivesse estado. É que as vidas da maior parte das crianças e jovens, numa aldeia como a nossa, parecem quase espelhos umas das outras.
Ao longo do último ano participei também com algumas histórias e notícias. Foi muito bom! Reconheço as lacunas que apontas, nomeadamente a falta de notícias frescas sobre o que por cá vai acontecendo. Pela minha parte acho que é muita pringueirice, mas às vezes as notícias também têm dificuldade em chegar à charneca… Vou estar mais atenta.
E que venham mais cinco!!!
M. L. Ferreira
Só tenho que agradecer, eu e todos os seguidores, estes anos de trabalho que tens dedicado a contar-nos estórias que nos fazem viajar no tempo, recordar quem já partiu e que nos é tanto! Rio, choro, tenho saudades...
Obrigada por estes doces momentos!
Beijinhos,
Elsa Santos
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