segunda-feira, 6 de abril de 2015

Cerejeiras em flor

A borboleta e a flor






Nota: Este ano há muita flor. Como, infelizmente, a chuva desta semana será só basófias, está garantida uma boa produção (se entretanto não vier chuva aquando da maturação).

José Teodoro Prata

6 comentários:

Anônimo disse...

-Primavera; primeiro verão
-Nossos avós tinham um medo da primavera que se pelavam; (diziam que era a estação da fome, só havia flores)
-Nesta estação tão bonita a natureza renova-se, os campos acordam da longa hibernação invernal. Por todo o lado a vida explode, floresce.
-Preparam-se as terras para as sementeiras;(para colhermos,temos que semear)
-Tempo de cerejas, primícias tão do nosso agrado,os campos são uma beleza, os passarinhos alegram-nos com seus trinados, os dias são mais claros. Tempo da galula, das pútegas, sempre davam para enganar a fome.
J.M.S

José Teodoro Prata disse...

Tens razão, Zé Manel: no inverno acabavam-se os parcos frutos do verão (sobretudo os cereais para o pão) e do outono (castanha) e às gentes estava reservada uma longa espera até à colheita seguinte. Entretanto, fome e diarreias, devido às "porcarias" que se comiam.

Anônimo disse...

É verdade que pode não se r fácil escrever ou comentar aqui, mas o mais difícil é começar. Confesso que tive imensas dificuldades.
Depois, tudo depende da generosidade, da humildade e da vontade de partilhar o muito que cada um de nós tem para dar. E nada disto tem a ver com exercícios literários ou intelectuais; cada um dá o melhor que tem e que sabe.
Por onde é que andam as pútegas que nunca mais as vi? E a galula, o que é?
Podia não ser farta, mas que a primavera é linda, lá isso é, com as mimosas e as cerejeiras em flor!

M. L. Ferreira

Anônimo disse...

Já as raposas diziam (no tempo em que os animais falavam, claro está)
Da cereja ao castanho bem me avenho,
Mas do castanho ao cerejo mal me havejo.
FB

Anônimo disse...

Libania; galula é a flor do marmeleiro
Certa manhã primaveril, um sol lindo de morrer eu, o meu irmão João, e outros, fomos às pinhas para o Casal Pisco(perto do paredão onde se encontra hoje a barragem) andámos por lá todo o dia, o calor apertava a ribeira uma tentação. Era velha a tarde quando cheios de fome resolvemos regressar. Apanharam-se algumas pinhas, ao chegarmos às Poldras havia uns marmeleiros, (esse ano não deram marmelos com certeza) comemos a galula toda.
Quando chegámos a casa a correia traballhou; foi a paga.
(...)Enquanto a padre Tomaz fazia o sermão da Santa Bárbara nós os putos andávamos no meio das muitas carquejas que existiam em redor da capela, era só colher. Uma vez apareceu o teu avô, com medo fugimos, fez que não nos viu e continuamos a nossa tarefa.
J.M.S

Anônimo disse...

Obrigada, J.M.S. pela informação. Ainda ontem reparei que os marmeleiros que há à roda da estrada estão todos floridos. Lindos!
E já que estamos em maré de sabedoria popular, aqui vai mais um dito que hoje ouvi a propósito da tarde chuvosa que se pôs (felizmente para as hortas): Fome de maio e chuva de abril, sempre veio e há de vir.

M. L. Ferreira