sexta-feira, 29 de maio de 2015

O meu hortejo



Fui à horta
Semeei pepinos
Comi cerejas
Para que vejas

Reguei a hortaliça
Plantei alfaces
Depois; fui à missa

As ervas daninhas
Vou arrancar
para as sementeiras
Poderem vingar

O melro no silvado
Canta, sem parar
Lindo é seu trinado
Não se cansa de cantar

Arroios cantarolando
De pedrinha em pedrinha
De manhã à tardinha
Os mimos vão regando

Na horta o hortelão
Cria hortaliças
Repolhos, nabos, nabiças
Couves, alfaces e feijão

Tem que ser cavada
A terra a cultivar
Depois de preparada
Está pronta a semear

A minha horta é pequenina
Não passa de um hortejo
Mesmo assim gosto do que vejo
Olha, uma abóbora menina

Que rico laranjal
Macieiras e figueiras
Pessegueiros e parreiras
Como é belo o olival

Gosto de hortar
A minha pequena hortita
É uma horta bonita
Gosto de lá andar

Zé da Villa

2 comentários:

Anônimo disse...

Horta pequenina, mas tem um bocadinho de tudo, pelos vistos.
A minha é bem mais modesta, mas mesmo assim dá-me uma trabalheira. Lá diz a Ti Felicidade que «Que quem tem horta, não se assenta à porta».
Mas é verdade que é um gozo ver as coisas a crescer e comê-las acabadinhas de apanhar!

M. L. Ferreira

José Teodoro Prata disse...

O ribeiro do meu hortejo este ano secou um mês antes, por causa da chuva que não cai desde dezembro.
A do tempo da floração das cerejeiras impediu o fruto em 3 árvores, mas fez cá muito bem, embora tenha ficado pela superfície, sem influência nas nascentes.
Mas a vida em torno da terra é sempre uma festa de sons, cores e sabores.