Não sei se é assim que se chama, encontrei este nome na internet (entre outros que designavam vespas que fazem o ninho no chão).
Já tive um ninho enorme no Ribeiro Dom Bento, que depois de o matar deixou um buraco de meio metro de diâmetro e outro de profundidade. Há dois anos voltei a ter um, mas um amigo texugo encarregou-se de as comer e não precisei de o destruir. Os texugos comem-nos por causa da proteína das larvas que se desenvolvem no outono e inverno e emergem na primavera.
Este é nos Cebolais. A minha sorte é que a tempestade de há dias deve tê-lo alagado e por isso elas construíram aquela espécie de chapéu, que lhe fica tão bem. Fui lá dois dias depois da chuva e só então o vi, com a carapuça feita de terra molhada. Foi a minha sorte, pois ele já ali existiria, mas um pequeno buraco no chão era quase impercetível.
O do Ribeiro Dom Bento matei-o com uma fogueira de ramos secos que lhe fui colocando em cima ao longo de semanas. Mas o fogo tem de ser feito de noite, para elas serem apanhadas de surpresa, não saírem e não nos atacarem.
Estas vespas são particularmente perigosas, pois vivem em colónias e se pisamos o ninho elas saem ao ataque. Há anos, o pai de uma colega minha morreu de tanta picada que recebeu delas, por ter pisado o ninho sem querer. Aqui bem perto: Rochas de Cima.
José Teodoro Prata
3 comentários:
Eu e o Augusto, fomos atacados por um enxame que tinha o ninho no chão. O Augusto atirou um pau ao chão, e elas atacaram-nos. Se o Cassiano não estivesse connosco, e por acaso, com umas luvas calçadas para as matar, não sei o que teria sido de nós. Foi uma experiência horrível!
Estive a ver uns vídeos no You Tub, e a construção destes abrigos de vespas são obras admiráveis, apesar de, pelos vistos, muito perigosos. Fez-me lembrar a técnica dos trabalhos de cerâmica feitos pelas crianças para oferecer aos pais e às mães, que muitos ainda guardamos.
Como na Natureza tudo tem a sua lógica, é possível que estes ninhos no solo tenham alguma função. No meu quintal tenho muitas formigas. Em determinadas alturas, se levanto uma pedra, saem aos milhares, algumas daquelas grandes, com asas. Há uns anos não hesitava: matava quantas pudesse; agora não me importo muito, deixo-as lá na vida delas que para alguma coisa devem servir.
Essas ainda assim são autóctones, e embora perigosas, só serão mortíferas se uma pessoa tiver uma reacção alérgica. Agora a vespa asiática, essa sim é perigosa. E como falaram também de formigas, até destas há que antes não haviam. As formigas argentinas andam a tomar conta dos terrenos, e a expulsar as nossas (mais simpáticas e tranquilas) formigas. E até protegem pulgões e outras pestes, pois interessa-lhes o melaço que essa bicharada larga pelos ramos das árvores. As "nossas" formigas não faziam isso...
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