Nos séculos XVII e XVIII havia uma lei que estabelecida a obrigatoriedade dos proprietários com terras confinantes com ribeiros e ribeiras de os limparem todos os anos.
Esta lei já não está em vigor (agora pagamos muitos impostos e o Estado trata de tudo, embora não chegue para tudo), mas eu limpo na mesma a minha testada do ribeiro do Ribeiro de Dom Bento.
Um comentário:
Uma boa prática, cada um limpar as suas testadas, dos terrenos e das casas…
Agora é uma tristeza o estado em que estão os nossas rios e ribeiras, não apenas pela falta de água, mas também pela vegetação que cresce nas margens e ao longo do leito. E não é só por aqui: viajar de comboio, ao longo do Tejo, é uma desolação, quase seco. E há tempos passei para Espanha por Segura. Por baixo da ponte de Alcântara a água já estava parada e verde de tantas algas. Não me lembro de alguma vez o ter visto assim, mas é inevitável, também pelas culturas de regadio que não param de crescer. Até nas planícies da raia estão a plantar olivais.
E a propósito da utilização dos nossos impostos, há dias passei na zona do Marzelo e junto dos caixotes do lixo alguém tinha depositado uma carrada de “monos” tão grande que ocupava boa parte do caminho. A situação é habitual e já várias vezes telefonei para os serviços municipalizados da Câmara a pedir que resolvam a situação. Foi o que fiz também desta vez, e a conversa não foi fácil porque a pessoa que me atendeu achava que a culpa era apenas das pessoas que ali depositavam o lixo, pois a recolha era feita com alguma regularidade, gratuitamente e há um número para onde se pode telefonar a pedir que os serviços façam a recolha. E não aceitava a dita pessoa que “alguma regularidade” não chega: tem de haver um dia certo para se fazer a recolha, como existe em Castelo Branco e noutras localidades. E “gratuitamente”? Então e os impostos que pagamos, acrescidos das taxas que agravam as faturas da água? Quanto ao número para contactar os serviços, é tão difícil chegar à fala com alguém que saiba do assunto e depois as respostas parecem gozo. Mas não vou desistir.
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