Esta foto é de março de 1917, aquando da requalificação da casa Hipólito Raposo para receber o Museu de Arte Sacra.
Republiquei-a em novembro de 2019, quando julguei que o projeto do museu ia ser retomado. Enganei-me. Não foi retomado porque houve neglicência na obra e ausência total de reparação do que então se fizera mal. Hoje, o edifício terá as madeiras dos tetos e do chão todas apodrecidas. Estamos em 2023, é o fim do projeto?
Entretanto, durante a restauração das peças, as técnicas fizeram descobertas muito interessantes, que aguardava com muita expetativa que fossem comunicadas a toda a nossa comunidade. Como esse saber não é meu, não me cabe a mim dá-lo a conhecer.
Ao menos, não temos direito a essas revelações, numa visita guiada pelas técnicas? Câmara e Junta, vocês só existem para nos servir, por isso entendam-se, só fazem a vossa obrigação!
José Teodoro Prata
8 comentários:
Dava pano para mangas, se estivéssemos aqui a analisar a delapidação de tantos dinheiros públicos dos impostos em obras mal feitas, em derrapagens, em bancos (não falidos porque os bancos não podem falir, mas apenas podem ser reconvertidos: BPN-BIC, BES-Novo Banco); em empresas como a TAP ou a Efacec), etc.
São os políticos que nos saíram. Claro que muita gente tem logo a tendência de vir dizer que, se fosse o partido A em vez partido B, nada disto aconteceria. Nada mais errado! Cavaco era o tal que dizia que o BES estava seguríssimo e estava a esboroar-se; foram os amigos dele que vandalizaram o BPN; Sócrates é o pior da política portuguesa e nem vou comentar porque é um caso de défice de caráter; Passos Coelho, incompetente, a ponto de tentar extorquir o Natal e as Férias, não fosse o TC, etc.
E o Costa tem ido de mal a pior, quando, com uma maioria absoluta, tinha tudo para correr bem.
Mas, como sugere o ZT, temos direito a saber o que é feito dos dinheiros públicos. Era o que faltava! E, para isso, além dos mecanismos políticos, temos a lei civil e, em último caso, a criminal.
Abraços, hã!
JB
E porque não se faz um requerimento, com as assinaturas que se puder recolher, solicitando o ponto de situação do projecto e o plano para sua conclusão, e a divulgação dos resultados da investigação daquele acervo?
JM Teodoro
JMT: uma boa ideia!
Zé Barroso: não diabolizo os políticos, acho que nem tu irás tão longe como as tuas plavras sugerem. Eles são o que nós somos!
No caso da casa Hipólito Raposo, acho que houve laxismo por parte de quem, pelos serviços técnicos da Câmara, acompanhou a obra. Ao presidente de então, Luís Correia, apenas se pode criticar justar a obras e esquecê-las; já não ter tomado deligências quando foi avisado que a casa começava a meter água pelo telhado e por algumas janelas...
Claro que também assino esse requerimento.
Zé Miguel: Quanto à questão dos políticos, não se trata de diabolizá-los a todos; não sou dos que diz na mesa do café: "eles são todos iguais". Há políticos e políticos! E isso também é uma evidência. Por isso, apontei nomes em concreto. Costumo até dizer que em todos os partidos há bom e mau, competente e incompetente, sério e corrupto. A não se que se trate de um partido que defenda ideias que para mim são indefensáveis. Aí, temos outra história!
Mas ser de um partido, salvo as devidas distâncias, é como ser de um clube de futebol. Sabemos que, pelo menos algumas das motivações que nos ligam a eles, são do domínio do irracional; porém, há sempre uns que têm um pouco mais de clarividência e outros menos. Quanto a estes últimos, Cavaco ainda não há muito tempo incitava o PSD a coligar-se ao Chega para conseguir o poder, logo, a qualquer preço...
Mas, no que concerne à incompetência, devemos apontar e sindicar para, assim, poder escolher; já em relação à corrupção, aí, um homem tem sempre a possibilidade de se decidir pelo bem em detrimento do mal. A primeira tem a ver com a capacidade, enfim...; mas a segunda é apenas uma escolha. Era esse juízo - distinguir o bem e o mal - que se presumia que fizéssemos aos 7 anos quando íamos à primeira comunhão! Lembras-te? Por isso, temos que convir que há linhas vermelhas, há homens mais capazes que outros e sempre houve o trigo e o joio.
Abraços, hã!
JB
"Quem não aparece esquece"!
A principal causa do esquecimento do museu por parte da Câmara, tem sido a falta de pressão tanto do anterior como do atual executivo.
Perante a falta de respostas nas assembleias à questão do museu, a Fátima Alves foi falar diretamente com o Dr. Fernando Raposo e passo a citar a sua intervenção na última assembleia de freguesia:
"Perante a falta de respostas a questões como, para quando a
abertura do Museu Hipólito Raposo, no dia quatro de outubro
falamos com o Dr. Fernando Raposo, assessor do Srº. Presidente
da Câmara, o qual nos informou que até à data nunca havia sido
questionado por este executivo sobre a situação do museu e julga
que nem o próprio Srº. Presidente da Câmara que é quem tutela o
pelouro da cultura tenha sido, pois este nada lhe disse.
O mesmo informou-nos que o anterior projeto caducou, o anterior
executivo camarário deixou caducar o projeto, informo-nos ainda
que nessa semana iria ser aberto novo concurso de design gráfico e
que tinha como data de previsão de abertura do museu o terceiro
trimestre do próximo ano.
Como é que este executivo nunca
questionou a câmara?, sendo a abertura deste museu de arte sacra
tão importante para o desenvolvimento desta vila.
Este executivo tem de dialogar mais com a Câmara Municipal, sob
pena de sermos esquecidos."
Entretanto na última reunião pública do executivo da Câmara, um cidadão albicastrense questionou o sr. presidente da Câmara, sobre o que se passava com o Museu de arte Sacra de S.Vicente da Beira, o qual respondeu que "Estamos a preparar os procedimentos legais para terminarmos os trabalhos que faltam".
Vamos ver se é desta! Mas se o executivo não pressionar a câmara dificilmente conseguiremos obras na vila.
Pela negligência revelada pelo Presidente da Câmara, da altura, nos problemas das obras na casa Hipólito Raposo, concordo com o comentário do José Barroso quando sugere que há muita negligência na utilização dos dinheiros públicos e deveria haver mais escrutínio e penalizações dos governantes quando coisas como estas acontecem.
Quanto à proposta do JMT, como duvido que houvesse resposta ao requerimento, iria mais longe: porque não solicitar-se uma audiência aos responsáveis da autarquia pedindo esses esclarecimentos? O problema é que, o mais certo, era também não nos responderem ou empurrarem para outros departamentos, como me aconteceu uma vez quando perguntei diretamente a uma pessoa que, achava eu, era responsável por aquele projeto.
É verdade o que diz o José Teodoro: os políticos são o que nós somos. E nós ficamos calados quando os ouvimos dizer que não sabiam de nada, quando alguma coisa corre mal...
Pelo comentário da Maria da Luz, afinal algo se está a passar. Estranho o Fernando Raposo não ter referido a recuperação das muitas partes estragadas do edifício e a colocação de janelas novas. Penso também ser necessário isolar com tela todos os pátios do "quintal", pois estão a um nível superior ao rés-do-chão do edifício. E também isolar as valetas em volta do edifício, pois as peças de arte não podem ficar à mercê de qualquer humidade que se infiltre nas paredes, rente ao chão. Sem estes isolamentos, o edifício não serve para museu!!!
Penso que a Fátima Alves é uma pessoa competente e interessada, e, agora que enveredou também pela política, capaz de fazer alguma coisa por São Vicente. Já a resposta do Vereador Fernando Raposo, de que a Maria da Luz nos dá conta, penso que revela guerras partidárias ou algum desinteresse. Será que os anteriores responsáveis levaram os dossiers para casa? Ou chegaram à conclusão que o edifício não serve mesmo para museu? Depois de tanto dinheiro gasto, é grave!
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