Enxidros era a antiga designação do espaço baldio da encosta da Gardunha acima da vila de São Vicente da Beira.
A viver aqui ou lá longe, todos continuamos presos a este chão pelo cordão umbilical.
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quarta-feira, 18 de setembro de 2024
Os passadiços ardem
É pelo menos a segunda vez que os famosos passadiços do Paiva ardem. Os que querem tornar o interior de Portugal numa Disneylândia têm dificuldades em perceber algumas coisas. É a fartura de dinheiro, dos nossos impostos.
José Teodoro Prata
2 comentários:
Anônimo
disse...
Ontem ouvi no telejornal que já era a terceira vez que aqueles passadiços ardiam (ou seriam outros...) Penso que é um pouco excessiva a apreciação do José Teodoro sobre a construção destas estruturas, mas também concordo que é excessiva a quantidade de quilómetros que se construíram por todo o lado, com uns municípios a tentar imitar os outros. Se em alguns locais se justificavam, noutros, talvez a maior parte, bastava uma vereda em terra que permitisse chegar a locais de maior interesse. As experiências sensoriais seriam completamente diferentes e o investimento muito menor. ML Ferreira
Eu próprio me questiono sobre a justeza desta minha opinião, até porque reconheço que dá alguns resultados. Só que não concordo com o adulterar paisagístico deste nosso interior, em nome de ganhos económicos que frequentemente nem pagarão as despesas. Não falando destes passadiços que custaram centenas de milhares de euros e ardem ciclicamente, por exemplo o miradouro metálico perto do Estreito (Oleiros): ali já existia um miradouro natural, para quê vir o Siza Vieira construir uma estrutura metálica que apenas acrescenta uns metros ao miradouro já existente? Gastaram-se umas centenas de milhares de euros num concelho pobre e despovoado. Os turistas que virão pelo novo miradouro compensarão os gastos? Porque não investir no setor produtivo? Como disse atrás, reconheço que "é disto que o meu povo gosta", sobretudo o português. Mas é-me vísceral, acho que não é este o caminho, pois até tira autenticidade ao que se quer promover: a Natureza.
2 comentários:
Ontem ouvi no telejornal que já era a terceira vez que aqueles passadiços ardiam (ou seriam outros...)
Penso que é um pouco excessiva a apreciação do José Teodoro sobre a construção destas estruturas, mas também concordo que é excessiva a quantidade de quilómetros que se construíram por todo o lado, com uns municípios a tentar imitar os outros. Se em alguns locais se justificavam, noutros, talvez a maior parte, bastava uma vereda em terra que permitisse chegar a locais de maior interesse. As experiências sensoriais seriam completamente diferentes e o investimento muito menor.
ML Ferreira
Eu próprio me questiono sobre a justeza desta minha opinião, até porque reconheço que dá alguns resultados.
Só que não concordo com o adulterar paisagístico deste nosso interior, em nome de ganhos económicos que frequentemente nem pagarão as despesas. Não falando destes passadiços que custaram centenas de milhares de euros e ardem ciclicamente, por exemplo o miradouro metálico perto do Estreito (Oleiros): ali já existia um miradouro natural, para quê vir o Siza Vieira construir uma estrutura metálica que apenas acrescenta uns metros ao miradouro já existente? Gastaram-se umas centenas de milhares de euros num concelho pobre e despovoado. Os turistas que virão pelo novo miradouro compensarão os gastos? Porque não investir no setor produtivo?
Como disse atrás, reconheço que "é disto que o meu povo gosta", sobretudo o português.
Mas é-me vísceral, acho que não é este o caminho, pois até tira autenticidade ao que se quer promover: a Natureza.
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