Mostrando postagens com marcador cavalo sorraia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cavalo sorraia. Mostrar todas as postagens

sábado, 11 de setembro de 2010

Coudelaria de Alter do Chão

Retornei à coudelaria de Alter do Chão e lembrei-me do São Vicente de antigamente.


Vi o primeiro e, durante muitos anos, único bufo-real, já morto, exibido como troféu de caça, à porta do caçador, a meio da barreira do Hospital.
Fora caçado perto do lagar que depois ficou submerso pelas àguas da barragem do Pisco. Segundo o caçador, tinha o ninho num pinheiro alto. Era enorme, maior que este.
Foi em finais dos anos 60 e fiquei, a um tempo, impressionado com a riqueza da natureza e triste, pela sua destruição.
Estes meados do século foram maus para a natureza, como também para o património histórico. A gente nunca fora tanta e não importava destruir, para fazer tudo novo.




O cavalo sorraia, aqui protegido da extinção.
Foi, durante séculos, o cavalo de trabalho dos campos portugueses. E certamente também o cavalo de sela para os lavadores do povo, com posses para andar a cavalo, mas sem riqueza para adquirir um cavalo lusitano.
Na publicação "Cavalos de Lista", de 5 de Agosto, já fiz referências históricas a este cavalo, na nossa freguesia.

Fotos da Filipa Teodoro

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Cavalos de lista


O Cavalo Sorraia
Em 2005, durante o trabalho de investigação sobre as invasões francesas, o qual culminou na publicação, no ano seguinte, do livro “O Concelho de S. Vicente da Beira na Guerra Peninsular”, deparámo-nos com referências a éguas de lista.
Foram seis os equinos que os habitantes deste concelho tiveram de entregar aos franceses, em Dezembro de 1807. A documentação informa-nos sobre três éguas de lista, duas de Tinalhas e uma do Sobral. Dos restantes equinos, não foi especificada a raça, mas é provável que alguns outros também fossem de lista.
Na altura, falei com um veterinário, questionando-o sobre essa espécie de cavalos. Ele disse-me que era uma raça que existira antigamente. Eram cavalos zebrados, por terem listas escuras no corpo.
Fiquei sem saber mais nada, até ao passado dia 10 de Junho de 2010. No site do jornal Público (http://www.publico.pt/), encontrei uma notícia, com vídeo, sobre o cavalo Sorraia, a propósito do Ano Internacional da Biodiversidade.
O vídeo continua disponível e pode ser encontrado no site do jornal, à esquerda, clicando em “Vídeos do Público”. A não perder, para conhecer melhor o nosso património natural e histórico.


Esta pintura e a do alto são de uma gruta em Laucaux, no sudoeste da França, e representam cavalos pintados há cerca de 17 mil anos. Estes cavalos de Lascaux seriam muito semelhantes aos antepassados do cavalo Sorraia. Pelo menos assim me parecem, pela imagem que tenho de alguns cavalos desta raça que vi na Coudelaria de Alter do Chão.
´




Estas duas fotos apresentam cavalos de raça Sorraia. Na primeira, são visíveis as listas negras no pescoço. A segunda mostra bem a lista negra no dorso do animal, da cabeça à cauda.