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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Na escola de São Vicente


As professoras Rosa Caetano e Idalina Oliveira, respetivamente diretora do agrupamento e professora responsável pela ilustração do livro, 
em equipa com a professora Luísa Nave, ao seu lado na mesa.

No passado dia 20 o livro “Dos Enxidros aos Casais Histórias e Gentes de São Vicente da Beira” foi apresentado na escola de São Vicente.
A sala da biblioteca encontrava-se cheia de alunos; o livro também é deles, os alunos do segundo ciclo do agrupamento José Sanches de Alcains e São Vicente, com a ajuda das professoras, ilustraram muito bem com desenhos algumas das histórias.
À medida que ouviam as histórias que cada autor contava, parecia que queriam mastigar as palavras, tal a atenção, nomeadamente os mais novinhos.
A certa altura, um aluno perguntou se o livro trazia alguma história que falasse do Louriçal do Campo; o José Teodoro respondeu que sim, ficou contente.
Coube-me ler a lenda da Pedra da Sobreposta; finda a leitura, alunos do Louriçal fizeram perguntas.
Tão perto se encontra da vila e quase ninguém a conhece, vale a pena ir ao local, é enorme…
O envolvimento entre autores, professores e alunos foi notório; incentivaram-se os alunos a escreverem histórias que ouçam contar aos avós, pais...
A hora passou depressa, a campainha chamava-os para outra aula, os alunos partiram mais enriquecidos e nós também.
À directora do agrupamento, aos professores e funcionários que tão bem nos acolheram, bem hajam.

José Manuel dos Santos


Entrei neste projeto com muito entusiasmo e cheia de confiança, principalmente porque sabia que tinha a proteger-me, a mim e aos mais inexperientes, alguém com algum traquejo nesta andanças. Era um caminho que tinha tudo para dar certo.
Mas como em qualquer projeto, sabemos de onde partimos e não sabemos onde vamos parar. É assim quase como que um tiro no escuro; neste caso, penso que foi mais como um papagaio que lançámos e voou mais alto do que supúnhamos.
Há dias, à saída do Lar onde tínhamos ido retribuir aos nossos “Crescidos” algumas das histórias que eles nos tinham contado, o José Teodoro desabafava: «Só por este bocadinho já valeu a pena todo o trabalho que tive com o livro». Estou completamente de acordo com ele, e a prová-lo também está o comentário da Luzita Candeias sobre o assunto.
E a experiência repetiu-se nas escolas de Alcains e São Vicente. Foi muito gratificante ver o interesse com que os alunos nos receberam, a atenção com que ouviram as histórias que levámos para eles e a participação curiosa no final, com perguntas sobre o que tinham ouvido.
A nós (escritores, como eles já nos chamavam) faltou-nos tempo para falar de tudo o que tínhamos para dizer e ouvi-los com mais atenção. Mas esperamos que, para além do prazer que tivemos em estar todos juntos, lhes tenhamos deixado uma sementinha e dentro de algum tempo sejam eles a convidarem-nos para a leitura das histórias que eles mesmo tenham escrito.


M.ª Libânia Ferreira


Já se escreveu acima quase tudo o que eu poderia escrever. De entre os autores, nós os três tivemos a sorte de viver os melhores momentos no contacto com o público.
Este projeto ultrapassou todas as minhas melhores expetativas, quer em número de livros vendidos neste primeiros três meses, quer em contactos com o público, seja ele infantil, idoso ou diversificado.
Por outro lado, este êxito junto do público é também a prova de que juntos valemos muito mais cada um em separado. Só o trabalho em equipa permitiu o sucesso das apresentações, tal como já se provara na feitura do livro, quer pela equipa de autores, quer pela colaboração dos alunos do agrupamento de escolas de Alcains e São Vicente.
E por último, a valorização do nosso património. Temos sido muito bem recebidos, porque falamos às pessoas nas coisas que são suas, que fazem parte da sua cultura.
Proximamente, voltaremos a Alcains, para contar as nossas histórias aos alunos do 1.º ciclo. E no dia 5 de novembro, estaremos na Partida.


José Teodoro Prata

Os desenhos dos alunos do 1.º ciclo, após a nossa apresentação.




José Teodoro Prata
Colaboração da professora Maria da Luz Teodoro e da funcionária Célia Francisco