Quase todos nos lembramos ainda das eiras que
havia à roda da nossa terra. No verão enchiam-se de cereais, e o som cadenciado
do mangual, substituído mais tarde pelas malhadeiras, ouvia-se ao longe durante
vários dias. A seguir ao trigo e ao centeio, vinha o milho, o feijão e os
figos.
A pouco e pouco estas imagens foram rareando, e
atualmente já mal se vêem. Aqui no Casal da Fraga resta-nos ainda a que foi do
senhor Joaquim Guilherme e agora é da filha Emília e do genro António (o
Marinheiro), que todos os anos, por esta altura, é um regalo, só de olhar para
ela.
Trabalham de sol a sol, ou muito para além
disso, mas, quais formiguinhas, têm a certeza dum inverno farto de tudo.
M. L. Ferreira