quinta-feira, 22 de julho de 2010

Hipólito Raposo 2

Era este Hipólito Raposo um homem de muitos costados, como todos nós. Da parte do pai, descendia dos Hipólito de Jesus, pelo avô, e dos Vaz Raposo e dos Candeias, pela avó; dos lados da mãe, vinha dos Martins e dos Gama, de Janeiro de Cima.
Pinharanda Gomes, um beirão de renome, autor da obra "História da Diocese da Guarda", investigou o período em que Hipólito Raposo frequentou o Curso de Teologia, no Seminário Maior da Guarda.
Este estudo encontra-se disponível, na internet, em formato PDF, com o título: “Hipólito Raposo seminarista na Guarda (1902-1904)”,
Quem quiser ler a obra, na íntegra, pode consultá-la em http://www.csarmento.uminho.pt/docs/amap/bth/bth1988_03.pdf
Transcrevemos partes do segundo capítulo (hoje) e do terceiro capítulo (amanhã).
É um testemunho notável, quer da estatura intelectual e do carácter de Hipólito Raposo, quer do ambiente cultural que existia em S. Vicente da Beira e na região, na viragem do século XIX para o século XX, e que permitiu que um jovem ingressasse, com distinção, num curso universitário, sem ter frequentado qualquer escola.


Seminarista na Guarda

A história começa em S. Vicente da Beira, vila, antiga sede de concelho, com seus pergaminhos adormecidos sob a protecção do orago paroquial, Nossa Senhora da Assunção, ali nas faldas da Gardunha, na margem esquerda da Ribeira da Ramalhosa que corre para a Ocresa. Filho de João Hipólito Raposo, agricultor beirão como tantos outros, e de sua mulher, o jovem José Hipólito Raposo chegou ao ano de 1902, estudando. Completara dezassete anos de idade. A educação do jovem fez-se em ambiente clerical. Segundo nos informou D. Teresa Maria Raposo Martins de Carvalho, filha de Hipólito Raposo, este tinha um irmão mais velho do que ele em 12 anos. Era o P. Domingos Raposo, que foi pároco em Orjais e Ninho do Açor, e, mais tarde, ainda que por breve tempo, pároco de S. Vicente da Beira. O P. Domingos estudara com os Jesuítas no Colégio de S. Fiel (Louriçal do Campo). Outro sacerdote, residente naquela vila, conhecido por Pad´Zé, também colaborou na instrução de Hipólito Raposo, que, além disso, tinha um tio, Francisco, professor em Escalos de Baixo, que o preparou para a matrícula no Seminário, ainda que também pudésse entrar em S. Fiel. Em termos de custos foi, porém, mais prudente e acessível que o jovem José Hipólito efectuasse os preparatórios na terra natal. Estava em família, não tinha de pagar pensões, nem de efectuar viagens, e o tio Francisco dispunha de saber e de autoridade para o apresentar a matrícula no Seminário da Guarda. Os preparatórios consideravam-se concluídos na segunda época de 1902, era bispo egitaniense o modesto, ainda que aguerrido, D. Tomaz Gomes de Almeida que em breve, achado por moléstia inatacável, renderia a sua alma, era o dia 3 de Janeiro de 1903 (…).
Claramente vocacionado ou deficientemente esclarecido quanto à vocação, um jovem de S. Vicente da Beira dava entrada neste novo horizonte. Em 13 de Junho de 1902 prestou provas de admissão, tendo sido o mais bem classificado dos candidatos, pelo que foi admitido ao primeiro ano do Curso Teológico.
José Hipólito era um jovem de dezassete anos. Alto, robusto, de bom parecer, feitio aberto e franco, não se inibindo de dizer o que pensava. Na certa ingenuidade de jovem chegado de uma vila do interior, quase aldeã, não teria, sem dúvida, o necessário discernimento para identificar a oportunidade de falar. Tendo feito leituras que outros alunos teólogos não tinham, conhecia alguma literatura moderna, e sabia de cor os nomes de ideólogos, tidos e havidos como revolucionários, ou no mínimo, como modernistas. O seu pendor político já se fazia sentir, e ousava afirmações sobre problemas sociais e questões políticas. (…) E, com efeito, logo se tornaram notados os grupos que, ou no recreio, ou no pátio, ou no claustro, ou, até, junto a uma janela, se formavam, escutando as perorações de José Hipólito, centradas na literatura, na política, na opinião religiosa. Este facto é de reter: o da sua capacidade de formar opinião e de a transmitir a jovens que, ou por gosto o escutavam, ou, por curiosidade, dele se aproximavam. Nestas situações, sejam elas em regime de internato ou de externato, há sempre o tímido, o receoso, o servil que acaba por denunciar.
(…)

sábado, 17 de julho de 2010

Há Festa!

Informa-me o Dário Inês de que as Festas de Verão estão garantidas. O organização é da Sociedade Filarmónica Vicentina. Faz cem anos e a prenda é para todos os vicentinos. Bonito!

30 DE JULHO (Sexta-feira)
17h - Início dos festejos;
Abertura do Bar e animação com a aparelhagem;
22h - Actuação do artista RUI ALVES.

31 DE JULHO (Sábado)
15h - Continuação das festas, com a abertura do bar;
17h30m - Animação infantil, com insuflável;
18h - Aparelhagem do Vale da Torre;
23h - Actuação da banda XCA de Oliveira de Azeméis.

1 DE AGOSTO (Domingo)
08h - Arruada pelas ruas da vila, pela BANDA FILARMÓNICA VICENTINA;
18h - Eucaristia e procissão, em honra do Santíssimo Sacramento, com a actuação da BANDA FILARMÓNICA VICENTINA;
23h - Actuação do grupo musical IMAGEN 5.


O Santo Cristo da Misericórdia

2 DE AGOSTO (Segunda-feira)
05h - Arruada dos BOMBOS VICENTINOS;
08h - Alvorada com a BANDA FILARMÓNICA VICENTINA;
08h30 - Alvorada a cargo da PIROTECNIA OLEIRENSE;
09h - Arruada com a BANDA FILARMÓNICA VICENTINA, pelas ruas da vila;
17h30 - Novena e Eucaristia em honra do Senhor SANTO CRISTO, seguida de procissão, com a actuação da BANDA FILARMÓNICA VICENTINA;
23h - Actuação da BANDA INNEM DE VISEU;
01h - Espectáculo de FOGO DE ARTIFICIO.

3 DE AGOSTO (Terça-feira)
15H - Continuação dos festejos;
18h - Eucaristia em honra de NOSSA SENHORA DO CARMO, seguida de procissão, com a actuação da BANDA FILARMÓNICA VICENTINA;
21H - Concerto pela BANDA FILARMÓNICA VICENTINA.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Hipólito Raposo 1


José Hipólito Vaz Raposo (São Vicente da Beira, 13 de Fevereiro de 1885 — Lisboa, 26 de Agosto de 1953), mais conhecido por Hipólito Raposo, foi um advogado, escritor, historiador e político monárquico, que se notabilizou como um dos mais destacados dirigentes do Integralismo Lusitano.

Nascido na antiga vila de São Vicente da Beira, em plena Serra da Gardunha, filho de João Hipólito Vaz Raposo e de Maria Adelaide Gama, deixou a sua terra natal em 1902 e foi estudar para o Seminário da Guarda, sendo expulso, em 1904. Matriculou-se, então, no Liceu de Castelo Branco, onde concluiu o ensino secundário. Frequentou depois o curso de Direito, na Universidade de Coimbra, que concluiu, no ano de 1911, com a média de 15 valores.

Com interesse na escrita, colaborou com os semanários da província, nos anos em que frequentou o Liceu de Castelo Branco. Quando estudante em Coimbra, contribuiu com crónicas semanais para o Diário de Notícias. Ainda estudante, publicou os volumes Coimbra Doutora (1910) e Boa Gente (1911), colectâneas de contos da Beira Baixa.
Terminado o curso, enveredou pelo ensino, iniciando, em 1912, o seu percurso profissional como professor no Conservatório Nacional de Lisboa e no Liceu Passos Manuel, também de Lisboa, cidade onde se fixou.

Em 1914, foi um dos fundadores do movimento político-cultural auto-intitulado Integralismo Lusitano, em colaboração com António Sardinha, Luís de Almeida Braga, José Pequito Rebelo e Alberto de Monsaraz, um grupo de monárquicos que incluía alguns antigos colegas do curso de Direito da Universidade de Coimbra. No ano seguinte, fundou a revista Nação Portuguesa, órgão do Integralismo Lusitano, um movimento conservador, católico e monárquico que se opôs ao regime da Primeira República e depois à ditadura de Salazar.


Os dirigentes do movimento Integralismo Lusitano. Hipólito Raposo é o segundo a contar da esquerda, em pé.

Dirigiu o periódico A Monarquia, à frente do qual teve um papel relevante na revolta monárquica de Monsanto, ocorrida em 1919. Em consequência, foi preso e demitido de todos os cargos públicos que ocupava e julgado e condenado no Tribunal Militar de Santa Clara, em 1920, a uma pena de prisão no Forte de São Julião da Barra. A demissão valeu-lhe a perda dos cargos de chefe de repartição e de professor da Escola de Arte de Representar de Lisboa que então exercia. Cumprida a pena de prisão, foi exilado para Angola (1922-1923), onde exerceu advocacia.

De regresso a Portugal, continuou a exercer a profissão de advogado e afirmou-se como líder destacado e ideólogo do Integralismo Lusitano, publicando, em 1925, o ensaio Dois nacionalismos.

No ano de 1924, casou, em Lisboa, com Valentina Pequito Rebelo, irmã de José Pequito Rebelo, outro líder do Integralismo Lusitano. Do seu casamento teve: João Hipólito, António Hipólito, Teresa Maria, Isabel Maria, Francisco Hipólito e José Hipólito.
Em 1926, foi reintegrado no cargo de professor do Conservatório Nacional de Lisboa.

Durante os governos da Ditadura Militar (1926-33), destacou-se como um dos principais ideólogos do Integralismo Lusitano, com particular destaque para a conferência que intitulou A Reconquista das Liberdades, pronunciada em Lisboa, no ano de 1930, e editada sob a forma de opúsculo, onde sintetizou o programa político do integralismo, desfazendo a miragem do messianismo salazarista que então emergia.

Coerente com a sua oposição ao salazarismo, em 1930, recusou colaborar com a União Nacional, defendendo que essa devia ser a posição dos monárquicos, e opôs-se à institucionalização do regime do Estado Novo. Em 1940, publicou a obra Amar e Servir, na qual denuncia, de forma virulenta, a Salazarquia, um duro ataque a António de Oliveira Salazar que lhe valeu ser de novo demitido de todos os cargos públicos que ocupava e a imediata deportação para os Açores. Foi novamente reintegrado, em 1951.

Em 1950, foi um dos subscritores do manifesto Portugal restaurado pela Monarquia, uma tentativa de reactualização doutrinária do movimento integralista. No mesmo ano, publicou Oferenda, em que incluiu dois capítulos sobre a sua terra natal: “Um beirão restaurador” e “Lisboa Pequena”.
Hipólito Raposo faleceu, no ano de 1953.

Obras publicadas
Da sua obra temática diversificada, com predominância para os assuntos regionais e para a política, destacam-se as seguintes publicações:
Coimbra Doutora, 1910;
Boa Gente, 1911;
Sentido do Humanismo, 1914;
Caras e Corações, 1921;
Dois nacionalismos, 1925;
A Beira Baixa ao Serviço da Nação, 1935;
Aula Régia, 1936;
Pátria Morena, 1937;
Direito e Doutores na Sucessão Filipina, 1938;
Mulheres na Conquista e Navegação, 1938;
Amar e Servir, 1940;
D. Luísa de Gusmão – Duquesa e Rainha, 1947;
Oferenda, 1950;
Folhas do Meu Cadastro, 1911, 1925, 1926, 1940, 1952, 1986.




Nota: Texto elaborado com base na Wikipédia.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Gafanhotos 2



Segundo consta, os gafanhotos juvenis são tantos, este ano, que se tornaram quase uma praga.
Fui visitar o meu gafanhoto da foto de 1 de Julho. A coisa não correu bem, porque a máquina estava em modo de preto e branco e a tanto não chega o meu engenho...
Mas dá para perceber que continua gordinho e já começam a despontar umas asitas.
Lá para fins de Setembro, estará adulto, a justificar as nossas festas ao Santo Cristo, que já não são em Setembro, nem sei se ainda se farão.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Genealogia dos Hipólito 3

Concluímos, hoje, a apresentação da genealogia dos Hipólito, com o ramo familiar do conhecido Hipólito Raposo.


6B. José Hipólito de Jesus era filho de José Hipólito de Jesus e Ana Joaquina de Oliveira, o casal número 5 do tronco comum, publicado anteontem. Casou, no dia 16 de Novembro de 1840, com Ana Raposa, filha de Francisco Vaz Raposo (filho de João Vaz Raposo e Inês Maria) e de Maria Candeias (filha de Manuel Rodrigues Marques e Ana dos Santos Candeias), todos de S. Vicente da Beira. Esta Ana dos Santos Candeias morava na Rua Manuel Lopes, em 1812, já enviuvara e o seu filho Manuel Marques era soldado do Exército Português.

7B. José Hipólito de Jesus e Ana Raposa tiveram uma filha, Augusta Hipólito de Jesus, que casou, no dia 26 de Outubro de 1864, com Joaquim Cardoso, filho de Francisco Cardoso, natural de Castendo (bispado de Viseu), e de Ana Emília de S. Vicente da Beira.

8B. Tiveram também um filho, Joaquim Hipólito, que, com a profissão de jornaleiro e a idade de 24 anos, casou, a 31 de Janeiro de 1878, com Maria Patrocínio, filha de Agostinho Ricardo e de Maria do Patrocínio, todos de S. Vicente da Beira.

9B. E ainda João Hipólito Vaz Raposo, nascido em 1846. Era jornaleiro, de 26 anos, quando casou, no dia 16 de Outubro de 1872, com Maria Adelaide Gama, filha de João Martins Gama, cultivador, natural de Janeiro de Cima, e de Joana Rita da Conceição, de S. Vicente da Beira.
Este casal número 9B teve um filho, chamado José Hipólito Vaz Raposo (1885-1953), o famoso Hipólito Raposo.

10B. José Hipólito Vaz Raposo casou com Valentina de Andrade Pequito Rebelo. O casal teve 6 filhos, dois com o apelido Hipólito e cinco com Vaz Raposo. (Ver: http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=50126)


José Hipólito Vaz Raposo em fotografia dos tempos de estudante, em Coimbra.


Local da casa, ao fundo da Rua Nicolau Veloso, onde viveram os pais de Hipólito Raposo, antes de construírem o solar junto à Fonte Velha, segundo informação do João Paulino do GEGA. Talvez não seja por acaso que esta casa pertence a uma família Candeias, quase de certeza também descendente dos pais de Ana Raposa (Candeias), a avó de Hipólito Raposo.


Solar da família de Hipólito Raposo, a 1.ª à esquerda de quem sobe a Rua da Costa. Este Hipólito Vaz Raposo era bisneto de João Vaz Raposo, possivelmente descendente dos Vaz Raposo do século XVIII, gente da governança do concelho.


Lápide descerrada nesta casa onde viveu Hipólito Raposo.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Genealogia dos Hipólito 2

Ontem, dia 7 de Julho, publicámos o tronco comum (mais antigo) da genealogia dos Hipólito. Hoje apresentamos um dos ramos, precisamente aquele que continua mais ligado S. Vicente da Beira. O primeiro deste ramo é filho do último casal da tronco comum.


6A. António Hipólito de Jesus, outro filho de José Hipólito de Jesus e Ana Joaquina de Oliveira, casou, no dia 8 de Fevereiro de 1854, com Maria Amália, filha de João Agostinho e de Maria Eufrásia.
O casal teve dois filhos, que se seguem.

7A. Joaquim Hipólito, filho dos anteriores, tinha 26 anos e era moleiro, quando casou, a 15 de Julho de 1885, com Maria Antónia, de 27 anos, moleira, filha de Francisco Nicolau, moleiro, e de Joaquina Augusta, moleira. Todos eram de S. Vicente da Beira.

8A. João Hipólito de Jesus (1871 – 1954), também filho do casal número 6A, era sapateiro de profissão e casou, aos 23 anos, com Iria de Jesus (1874 – 1963), de 22 anos. Este casal teve quatro filhos: Ernesto Hipólito de Jesus, maestro e fundador da Banda Filarmónica de Silvares, José Gregório Hipólito e as filhas que se seguem.

9A. Laurentina de Jesus Hipólito, filha dos anteriores, casou com Miguel Jerónimo. O casal teve os seguintes filhos: Maria de Jesus, Francisco, António, Miguel, José (padre), João, Conceição, Lurdes, Maria José e Iria.

10A. Maria do Carmo Hipólito (1896 – 1981) era a segunda filha do casal número 8A e teve um filho: Ernesto José Hipólito, que se segue.

11A. Ernesto José Hipólito, filho da anterior, casou com Maria de Jesus dos Santos Caio, filha de Joaquim Maria dos Santos Caio e Josefa Carlota e neta materna de António da Cruz e de Maria Carlota. Este Joaquim Maria dos Santos Caio era filho de João Maria dos Santos Caio de Castelo Branco e de Josefa Paulina de São Vicente da Beira, filha de Manuel Paulino e de Maria Joana, também de S. Vicente da Beira.
Ernesto José Hipólito e Maria de Jesus Santos Caio tiveram três filhos: a Judite, a Maria da Luz e o Ernesto (Ernesto Joaquim dos Santos Hipólito, colaborador nesta genealogia).


Ernesto filho e Ernesto pai.
Gente bem parecida, estes Hipólito! E ainda falta o Hipólito Raposo, em foto de galã coimbrão. Fica para amanhã.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Genealogia dos Hipólito 1

Tudo começou há cerca de um ano, quando descobri, na internet, a informação de que um Ernesto de Jesus Hipólito de S. Vicente da Beira fora fundador e maestro da banda de Silvares.
Pedi ajuda ao Ernesto Hipólito e comecei a recolher informações geneológicas, sempre que ia aos arquivos. Assim nasceu uma parceria entre o Enxidros e o Ernesto, cujos frutos já tiveram oportunidade de saborear.
Entretanto, após as publicações de 9 e 13 de Abril e 9 de Junho, encontrámos mais elementos, na genealogia do Hipólito Raposo, publicada no site: http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=50126.
O trabalho que publicamos hoje e nos próximos dias é já um produto acabado, embora nunca definitivo.

1. António Dias de São Vicente da Beira casou com Francisca da Silva de Monforte da Beira. Viveram cerca de 1700. Tiveram um filho, chamado Francisco Duarte Galecho, que se segue.

2. Francisco Duarte Galecho de S. Vicente da Beira casou com Maria Rodrigues, filha de Marcos Duarte de Maria Rodrigues, ambos de S. Vicente da Beira. Tiveram um filho chamado Francisco Duarte Galecho, que se segue.

3. Francisco Duarte Galecho estava casado com Maria Antunes, filha de Domingos Antunes e Maria Marques, ambos de S. Vicente da Beira. Terão casado em meados do século XVIII. Em 1779, Francisco Duarte Galecho era casado, tinha dois filhos e vivia do trabalho, das fazendas e do gado. O casal teve três filhos: Francisco Duarte Galecho, José Duarte Galecho (casado com Pulquéria Maria Leitão) e Hipólito de Jesus, que se segue.

4. Hipólito de Jesus era filho dos anteriores e prestou serviço militar no Regimento de Cavalaria de Almeida. Estava casado com Brísida Maria da Trindade, natural de S. Miguel d´Acha. Em 1779, Hipólito de Jesus já estava casado (por isso não foi contado na casa de seu pai), mas ainda não tinha filhos e era carpinteiro. O casal teve uma filha (Ana), no dia 26 de Janeiro de 1788.

5. José Hipólito de Jesus era filho dos anteriores e casou, no dia 22 de Novembro de 1813, com Ana Joaquina de Oliveira, filha de José Pereira e de Brites Maria do Rosário, ambos de S. Vicente da Beira. Tiveram um filho, chamado José, no dia 17 de Março de 1814. Não sabemos se sobreviveu. Certo é que o casal teve três filhos que chegaram a adultos: Umbelina Hipólito, José Hipólito de Jesus e António Hipólito de Jesus.
A Umbelina Hipólito casou com Manuel Bernardo, de S. Vicente da Beira. O casal teve uma filha chamada Ana do Carmo, que casou com João Candeias, a 12 de Dezembro de 1859. Não temos mais informações sobre os descendentes deste casal.
Os dois filhos rapazes deram origem a famílias de que temos dados bastante completos, os quais apresentaremos nos próximos dias.