domingo, 9 de dezembro de 2018

Apresentação na Partida



Ontem à noite fomos à Partida, ao Pequeno Lugar, apresentar o livro dos combatentes sanvicentinos na Grande Guerra.
Repetiu-se o círculo de amigos (em oval) que já havíamos vivido com as histórias dos Enxidros.
O avô de uma das presentes ganhou o apelido de Mil Homens, porque ao regressar da guerra repetia constantemente que eram muitos na guerra: no navio, em cada trincheira... havia mais de mil homens.
Em pequena, a senhora envergonhava-se de lhe chamarem Mil Homens, mas agora ostenta o apelido do avô com orgulho.
Todos quiseram levar o livro dos seus antepassados, alguns vários exemplares para oferecer aos familiares.
Mais uma vez o António Andrade está de parabéns, extensivos a toda a comunidade da Partida.

José Teodoro Prata

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Gente nossa


Joaquim Martins era uma pessoa muito prestigiada na cidade. Era um grande homem, até fisicamente.
Apresentou o meu livro sobre as Invasões Francesas, pois conhecia-lhe as origens vicentinas.
Descendia de uma criança exposta, o avô. As suas origens são do Vale de Figueira (era primo de um meu vizinho e de um aluno meu, ambos Inês e ambos com as raízes no Vale de Figueira; e ainda do Pedro Martins, fotógrafo da National Geographic, cujos pais são também do Vale de Figueira).
Um dia pedi-lhe a opinião sobre fazer e publicar um estudo sobre os bebés expostos da nossa freguesia. Tive a sua bênção, mas nunca concretizei este projeto, que foi o primeiro em que trabalhei.
Honra ao Joaquim Martins!

José Teodoro Prata

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Gente nossa

Isabel Maria de Andrade Rebelo Vaz Raposo, conhecida como Bió, nasceu em Lisboa, a 31 de Dezembro de 1929, filha de Valentina de Andrade Pequito Rebelo Vaz Raposo e de José Hipólito Raposo, que foi escritor.
Cedo, tal como os seus irmãos, o ambiente em casa a levou à escrita e ao desenho.
Estudou no Colégio do Sagrado Coração de Jesus e no Colégio Irlandês do Bom Sucesso, em Lisboa. Estudou ainda na Cruz Vermelha Portuguesa.
Teve Lições de Pintura com o pintor Domingos Rebelo.
Ilustrou para: Sofia Mello Breyner Andresen: A Fada Oriana, em 1958; Maria do Carmo D’Allen: Os dois Meninos; e Maria Isabel de Mendonça Soares: O Marujinho que perdeu o norte.
Escreveu, Ilustrou e publicou na Verbo a coleção Cavalinho Preto, na década de 60 do século passado, e com várias edições: A Menina Feia, O Avô Astronauta, A Formiga, O Menino Gordo e O Sábio e a Borboleta.
Com estes livros, recebeu o prémio Maria Amália Vaz de Carvalho. Participou no jornal de crianças Alvorada.




Jaime da Gama

domingo, 2 de dezembro de 2018

No Vale de Alfaia

Quem vem de Tinalhas para São Vicente passa o segundo cruzamento para o Ninho e no final da reta, antes das curvas do Sobral, vira à direita, entra numa estrada de terra batida e, após cerca de 400 metros, chega à Quinta do Veríssimos, o Vale de Alfaia.
Vendem-se lá produtos locais e regionais, como enchidos, feijão seco, azeite e sobretudo os derivados do leite das ovelhas do produtor: requeijão, queijo fresco e queijo amanteigado.
Na sexta-feira fui lá pelo requeijão, mas já se acabara e acabei por trazer dois queijos frescos e ainda a novidade do dia:
Há meses, apareceu por ali uma cadela selvagem que começou a conviver com o cão de guarda, aproveitando a tolerância do dono. Veio a época do cio e a amizade entre os dois era cada vez mais forte. Mas uma noite passaram-na no vandalismo, pois de manhã havia 11 ovelhas feridas ou mortas.
O produtor passou a enxotar a cadela e a impedir o cão de guarda de andar com ela. A cadela ausentou-se.
Nas últimos dias, a ração desaparecia toda da gamela do cão e os donos começaram a ouvir de noite uns latidos e uns uivos desacostumados. Foram tirar a coisa a limpo e encontraram 4 cachorros já desmamados, escondidos entre a lenha.
A cadela teve as crias, criou-as e depois foi deixá-las ao pai, que tem uma vida bem mais fácil do que ela.
E esta, hein!!!

José Teodoro Prata

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Pe. João Diogo

Notícia do seu falecimento, já aqui publicada em janeiro de 2014.


Genealogia do Pe. João Diogo:


Lado Paterno:
Francisco Diogo, São Vicente da Beira, 5-07-1894
Avós: 
João Diogo, 23 de mai de 1862 - 27 de abr de 1905 - Annacleta da Conceição - 6 de jul de 1860, ambos de São Vicente da Beira
Bisavós: 
Francisco Diogo Gomes, 23 de jun de 1833 - 7 de jan de 1911 - Maria do Carmo Barata,  1833 - 26 de abr de 1903  
Francisco Joaquim Fernandes  e Antónia Margarida, ele de São Vicente e ela de Senhorim, Nelas
Trisavós:
Diogo Rodrigues Gomes, 6 de set de 1792 - Anna Ritta, 1794 - 6 de set de 1870, ambos de São Vicente da Beira
Joaquim Vicente, 1806 - 16 de out de 1882 - Joanna Ritta da Conceição Baratta, 18 de abr de 1810 - 29 de nov de 1893, ambos de São Vicente da Beira
Joze Joaquim Fernandes, 22 de out de 1803 - 9 de jun de 1867 - Anna Jacinta Marques, ambos de São Vicente da Beira
Francisco Monteiro - Antónia Marques, ambos de Sátão, Viseu  
Lado Materno:  
Maria Madalena Saraiva, São Vicente da Beira, no ano 1890
Avós:  
Manuel João Andrade. 2 de out de 1857 - Maria Benedicta Saraiva, 1 de set de 1855, ele dos Pereiros e ela de São Vicente da Beira
Bisavós:   
Joze João - Antónia Andrade, ambos dos Pereiros
António Dias, 12 de out de 1823 - 29 de nov de 1907 - Anna D'Oliveira Saraiva, ele de São Vicente da Beira e ela de Alcongosta
Trisavós: 
Manoel João - Maria Martins,  ele da Enxabarda, Castelejo e ela dos Pereiros
Joze Martins - Maria Josepha de Andrade, 12 de ago de 1800, ambos dos Pereiros
Joaquim Mesquita Dias, dez de 1780 - Rosa Maria da Conceição, ambos de São Vicente da Beira
João Saraiva - Antónia de Oliveira, ele de Sortelha e ela de Alcongosta
A mãe do Padre João Digo era Prima direita do sr. António Dias (Racha), esposa sr.ª Maria de Deus (a parteira) que era pai da sr.ª Maria de Jesus (Pinura), Ti Celeste Dias e Jaime Dias que teve uma taberna na rua de São Francisco.
A avó materna Maria Benedicta Saraiva era irmã de António Dias Saraiva pai do sr. João Dias (Potra)



Jaime da Gama

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

108.º Aniversário. Parabéns!

A Banda Filarmónica Vicentina, comemorou, no dia 18 de Novembro, o seu centésimo oitavo aniversário. A Filarmónica de São Vicente da Beira foi fundada pelo padre João Fernandes Santiago em 1910; Valério de Paiva Boléo, foi o seu primeiro regente. Brevemente será aberto ao público o bar da banda que se chamará “taberna do T`i Valério
Os executantes desse tempo eram maioritariamente artesãos: alfaiates, sapateiros, barbeiros, latoeiros, pedreiros…
Tempos épicos, não havia as facilidades de transporte que há hoje, deslocavam-se a pé ou em carroças, palmilhavam montes e vales merenda às costas para abrilhantarem festas e romarias.
Dormiam em palheiros, comiam do mesmo alguidar, quantas histórias e peripécias vividas!
São tantas a localidades onde atuou a banda vicentina: Beiras, Alentejo e até Espanha. 
Recordo o mestre Joaquim dos Santos Ribeiro, natural desta vila, que durante muitos anos regeu a Banda de São Vicente da Beira.
A direção presidida pelo senhor João Barroso convidou a banda União de Santa Cruz da Aldeia Nova do Cabo. Pelas onze horas, o padre José Manuel, pároco de S. Vicente da Beira, iniciou a eucaristia solene. Alguns elementos da banda com seus instrumentos, o coro paroquial juntamente com o coro da Aldeia Nova do Cabo participaram cantando.
Finda a eucaristia, bandas, entidades e demais convidados dirigiram-se à sede da Sociedade Filarmónica onde conviveram e esperaram que chegasse o senhor Vice-Presidente da Câmara, coronel José Augusto.
Festivamente as bandas desfilaram por algumas artérias da localidade em direção ao salão da Casa do Povo. Chegou a hora de retemperar forças, um opíparo almoço com saborosas vitualhas… antes procedeu-se à cerimónia da colocação de uma fita comemorativa que o presidente da banda vicentina pôs nas bandeiras das duas filarmónicas; não esqueceram uma jovem executante, depois de um ano de aprendizagem passa a fazer parte dos executantes da banda.
João Barroso, presidente da filarmónica vicentina, agradeceu a presença da banda de Aldeia Nova, entidades presentes e convidados; a certa altura frisou que existem cinco bandas no concelho, sem a ajuda da Câmara certamente muitas não sobreviveriam, é um bom sistema, apoiar as bandas; muitos passaram pelo conservatório, os mestres regra geral são licenciados. Centenárias estas duas bandas; a Filarmónica da Aldeia Nova do Cabo tem a proveta idade de duzentos e dezasseis anos, a banda Filarmónica Vicentina, cento e oito anos, frisou o presidente João Barroso.
Senhor Luís, mestre da Banda União de Santa Cruz, começou por felicitar a banda aniversariante que regeu durante dois anos; onde fui bem recebido, o povo sempre me acarinhou, desejando as maiores venturas, entregou uma lembrança.
O presidente da Junta, senhor Victor Louro, e diretor da Filarmónica, agradeceu a presença do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, da banda União de Santa Cruz e demais convidados. Tenho acompanhado a banda de São Vicente, recentemente estivemos na cidade de Pinhel onde participámos num encontro de bandas, a “nossa” era aquela que tinha menos elementos.” São poucos, mas são bons”; diziam as pessoas. Da parte da Junta de Freguesia continuaremos a dar todo o apoio possível, o meu agradecimento à banda convidada, saiam de São Vicente com a noção de que foram bem recebidos.
O senhor Vice- Presidente da Câmara, em nome do senhor presidente, agradeceu o convite; em oito dias, vim aqui duas vezes, temos acarinhado as terras do concelho, já vim muitas vezes a São Vicente da Beira, o presidente da Junta andou a estudar comigo, outras pessoas fizeram parte da minha formação.
É com afetos que se fazem as coisas, há oito dias estivemos na apresentação de um livro sobre a primeira guerra mundial, fico sempre sensibilizado com a presença das pessoas, é muito gratificante lembrar a nossa história coletiva. Cumprimento o senhor presidente da Junta por todo o apoio dado às associações da freguesia. As instituições das freguesias podem sempre contar com a Câmara Municipal de Castelo Branco.
Duzentos e dezasseis anos, o dobro da banda de São Vicente da Beira é obra. Castelo Branco também se orgulha quando a banda se desloca a tantos lugares como aconteceu com a deslocação à cidade de Pinhel.
Castelo Branco pode orgulhar-se da sua escola. A ESART é uma referência a nível nacional e internacional; com os seus dezanove anos é um marco extraordinário na aprendizagem e divulgação da música, seja pela sua capacidade ou pelo desempenho dos alunos que a frequentam.
Para o ano cá estaremos para comemorarmos os cento e nove anos, cada vez mais fortes e mais unidos. Em nome do senhor presidente, os meus agradecimentos, continuação de um bom trabalho, sinal de que as instituições são perenes.

José Manuel dos Santos