A
Banda Filarmónica Vicentina, comemorou, no dia 18 de Novembro, o seu centésimo
oitavo aniversário. A Filarmónica de São Vicente da Beira foi fundada pelo
padre João Fernandes Santiago em 1910; Valério de Paiva Boléo, foi o seu
primeiro regente. Brevemente será aberto ao público o bar da banda que se
chamará “taberna do T`i Valério”
Os
executantes desse tempo eram maioritariamente artesãos: alfaiates, sapateiros,
barbeiros, latoeiros, pedreiros…
Tempos
épicos, não havia as facilidades de transporte que há hoje, deslocavam-se a pé
ou em carroças, palmilhavam montes e vales merenda às costas para abrilhantarem
festas e romarias.
Dormiam
em palheiros, comiam do mesmo alguidar, quantas histórias e peripécias vividas!
São
tantas a localidades onde atuou a banda vicentina: Beiras, Alentejo e até
Espanha.
Recordo o mestre Joaquim dos Santos Ribeiro, natural desta vila, que
durante muitos anos regeu a Banda de São Vicente da Beira.
A
direção presidida pelo senhor João Barroso convidou a banda União de Santa Cruz
da Aldeia Nova do Cabo. Pelas onze horas, o padre José Manuel, pároco de S.
Vicente da Beira, iniciou a eucaristia solene. Alguns elementos da banda com
seus instrumentos, o coro paroquial juntamente com o coro da Aldeia Nova do
Cabo participaram cantando.
Finda
a eucaristia, bandas, entidades e demais convidados dirigiram-se à sede da
Sociedade Filarmónica onde conviveram e esperaram que chegasse o senhor
Vice-Presidente da Câmara, coronel José Augusto.
Festivamente
as bandas desfilaram por algumas artérias da localidade em direção ao salão da
Casa do Povo. Chegou a hora de retemperar forças, um opíparo almoço com
saborosas vitualhas… antes procedeu-se à cerimónia da colocação de uma fita
comemorativa que o presidente da banda vicentina pôs nas bandeiras das duas
filarmónicas; não esqueceram uma jovem executante, depois de um ano de
aprendizagem passa a fazer parte dos executantes da banda.
João
Barroso, presidente da filarmónica vicentina, agradeceu a presença da banda de
Aldeia Nova, entidades presentes e convidados; a certa altura frisou que
existem cinco bandas no concelho, sem a ajuda da Câmara certamente muitas não
sobreviveriam, é um bom sistema, apoiar as bandas; muitos passaram pelo
conservatório, os mestres regra geral são licenciados. Centenárias estas duas
bandas; a Filarmónica da Aldeia Nova do Cabo tem a proveta idade de duzentos e
dezasseis anos, a banda Filarmónica Vicentina, cento e oito anos, frisou o
presidente João Barroso.
Senhor
Luís, mestre da Banda União de Santa Cruz, começou por felicitar a banda
aniversariante que regeu durante dois anos; onde
fui bem recebido, o povo sempre me acarinhou,
desejando as maiores venturas, entregou uma lembrança.
O
presidente da Junta, senhor Victor Louro, e diretor da Filarmónica, agradeceu a
presença do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, da banda
União de Santa Cruz e demais convidados. Tenho
acompanhado a banda de São Vicente, recentemente estivemos na cidade de Pinhel
onde participámos num encontro de bandas, a “nossa” era aquela que tinha menos
elementos.” São poucos, mas são bons”; diziam as pessoas. Da parte da Junta de Freguesia continuaremos
a dar todo o apoio possível, o meu agradecimento à banda convidada, saiam de
São Vicente com a noção de que foram bem recebidos.
O
senhor Vice- Presidente da Câmara, em nome do senhor presidente, agradeceu o convite;
em oito dias, vim aqui duas vezes, temos
acarinhado as terras do concelho, já vim muitas vezes a São Vicente da Beira, o
presidente da Junta andou a estudar comigo, outras pessoas fizeram parte da
minha formação.
É com afetos que se fazem as coisas, há
oito dias estivemos na apresentação de um livro sobre a primeira guerra
mundial, fico sempre sensibilizado com a presença das pessoas, é muito
gratificante lembrar a nossa história coletiva. Cumprimento o senhor presidente
da Junta por todo o apoio dado às associações da freguesia. As instituições das
freguesias podem sempre contar com a Câmara Municipal de Castelo Branco.
Duzentos e dezasseis anos, o dobro da
banda de São Vicente da Beira é obra. Castelo Branco também se orgulha quando a
banda se desloca a tantos lugares como aconteceu com a deslocação à cidade de
Pinhel.
Castelo Branco pode orgulhar-se da sua
escola. A ESART é uma referência a nível nacional e internacional; com os seus
dezanove anos é um marco extraordinário na aprendizagem e divulgação da música,
seja pela sua capacidade ou pelo desempenho dos alunos que a frequentam.
Para o ano cá estaremos para comemorarmos
os cento e nove anos, cada vez mais fortes e mais unidos. Em nome do senhor
presidente, os meus agradecimentos, continuação de um bom trabalho, sinal de
que as instituições são perenes.
José
Manuel dos Santos
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