REGIMENTO DE INFANTARIA 21
Este regimento dividia-se em 3 companhias, na Covilhã, a sede,
em Castelo Branco e em Penamacor, cada companhia com 4 batalhões.
O regimento de Infantaria 21 participou ativamente na Grande
Guerra, quer na frente europeia, no nordeste de França, próximo da cidade de
Lille, quer nas nossas colónias africanas de Angola e Moçambique.
O ano de 1916, o da preparação para a guerra, foi bastante
conturbado para o Regimento de Infantaria 21. A 22 de maio, a companhia da
Covilhã recusou-se a embarcar para Tancos, onde se faria a preparação militar.
Como castigo, a sede do regimento transitou para Castelo Branco. A 13 de
dezembro, parte dos oficiais da companhia de Castelo Branco aderiram ao golpe
militar falhado de Machado dos Santos. Estes dois incidentes visavam impedir o
envio de tropas portuguesas para a frente europeia.
Nas colónias, os beirões participaram nas várias expedições a
Angola e Moçambique, logo a partir do outono de 1914. Fizeram-no como praças do
Regimento de Infantaria 21 ou como membros do 7.º grupo de metralhadoras. Outros
incorporaram os regimentos de artilharia de montanha de Évora e Portalegre.
Na Flandres, os beirões cobriram-se de glória no raide
vitorioso de 9 de março de 1918 e, em 4 e 5 de abril, neutralizaram uma revolta dos
regimentos 7, 23 e 24. Não participaram na batalha de La Lys, porque pertenciam
à 1.ª Divisão que retirara da frente para a retaguarda dias antes.
O Regimento de Infantaria 21 esteve representado no desfile
da vitória, em Paris, a 14 de julho de 1919, pelo Major António Ribeiro de
Carvalho, que comandara o raide de 9 de março.
Nota: Ler comentário importante em Vagamundo.
José Teodoro Prata
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