Dois poemas da escritora Maria de Lurdes Hortas, nascida em São Vicente da Beira, mas radicada no Brasil desde menina.
Lembrança dos que estão longe, divididos entre dois mundos, aquele em que vivem e o que tiveram de deixaram.
DUPLA
Presente aqui.
Ausente além.
E vice-versa, sempre.
Assim, tão dupla
é que sou inteira.
ECO DE GONÇALVES DIAS
Minha terra tem coqueiros
onde pousam rouxinóis.
Minha terra tem pinheiros
onde canta o sabiá.
As aves da minhas terras
cantam cá e cantam lá
sempre ao inverso de onde
as deveria escutar.
Poemas publicados no suplemento IDEIAS, n.º 3, do Jornal do Fundão (04-05-1990)
Um comentário:
Excelentes Poemas.
Para mais quando estamos bem longe.
Deixo aqui um Grande Abrazo desde o México, e um excelente e prospero ano de 2012 para ti e Todos os vicentinos.
Francisco
Postar um comentário