Volta ao mundo sem sair de casa
Hoje veio-me
à memória uma coisa engraçada
Para o que
me havia de dar nesta caminhada
Vou explanar
o tema, a ideia é o pensamento
Tão simples
quanto isto, não é barulhento
Mas num
instante me coloco noutra estrada
Julgo que
esta ideia não é nada errada
Da minha
janela vejo um céu plúmbeo, frio
Astro
triste, ao longe troa o trovão oco e vazio
Assim
divagando, sonhando e com inspiração
Irei fazer a
viagem sem carro, barco ou avião
Percorrerei
o mundo de fio a pavio
Contemplarei
o monte, o vale, a planície, o prado e o rio
Escolho o
que mais agrada ao meu coração
Dou asas às
minhas fantasias como verão
Não há
perigo de acidentes, filas ou colisões
Gastos com
combustíveis, ou outras preocupações
Limpa que é
esta viagem, não tem poluição
E não é necessário andar com o
volante na mão
Começo a
minha viagem no lugar onde nasci
Naquela
Praça tão bela onde brinquei e corri
Com sua
"Domus Municipalis," Pelourinho e Igreja
A
Misericórdia como vizinha para que toda a gente a veja.
Eis-me no
Parque da cidade, outro assim ainda não vi
Podem crer, venham também saborear e
ver isto aqui
Senhora da
Conceição, Senhora bela e formosa
Padroeira
nossa, tem seu solar na linda Vila Viçosa
Vila do
Terreiro do Paço e do Palácio Ducal
Monumentos
como estes ainda não vi em Portugal
Terra de
Florbela Espanca, poetisa famosa
São Bartolomeu, Agostinhos e gente
bondosa
Brrom...estou
no Rossio, no alto o castelo roqueiro
Foi da
mourama, conquistado por Afonso o primeiro
Num morro
mais perto, outras ruínas, o que serão!
Pertenceram
a um convento, lá viveu um bom beirão
Foi
Condestável de Portugal, grande santo e guerreiro
Libertador, distribuíste
e deste todo o teu dinheiro.
"Continua"
Zé da Villa
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