quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

A ocidente

PORTUGAL

Ó Portugal, Portugal
Meu berço, meu Lar Natal
Ó Portugal, Portugal
Terra dos meus progenitores
Ó Portugal, Portugal
Terra de sol, mar e sal
Minha Terra, meu berço
Onde se reza o terço
Terra de Santa Maria
Com ermidas caiadas de branco
No alto de morros penhascosos
Tão verdejantes e formosos
Terra de romarias
Bombos, pífaros e pandeiros
É Portugal nosso Lar
Estevas, pedras, giestais
Morros, charnecas, sei lá que mais
És meu solar, Portugal
Ai de quem te faça mal
Meu Portugal, meu berço
Terra da Senhora do terço.
Esteja onde estiver
No mar, no ar ou noutro local
Minha Pátria é Portugal
Terra monumental.
Foste Lusitana e romana
Árabe e castelhana
Mas tinhas que ser Portugal
Não és rica! Não faz mal
Tua riqueza está nas nossas mãos
No teu Povo forte e valente
Ai de quem se mete com a gente
Leva com a pá…
E mete-se no fogo ardente
És Portugal modesto, mas rijo
Unido, és vencedor
Unido, és criador
Unido, és valente
Rijo como o granito
Moreno e trigueiro
Sulcaste o mar navegando
Novas terras conquistando
Com outros povos te foste relacionando
Com eles te mesclando
Tua língua ensinando
Por lá ficaste morando
À sombra de Portugal
Novas terras desbravando
Outros frutos e sementes cultivando
Com outras religiões te foste misturando,
Novas culturas, adquirindo
Mas no fundo do teu coração
Portugal sempre foi por ti lembrado.
De vez em quando uma lágrima furtiva
Escorre cara abaixo, é a recordação
Das filhoses, das festas e folguedos
Da tua Terra Natal
Do teu Lar, do teu Portugal
Uma lágrima furtiva, salgada…
São saudades
Da água fresquinha da fonte
Do sino a tocar as trindades
Das ovelhas que passam
Balindo e chocalhando
Dos velhinhos na praça descansando
Das mães na igreja orando
Pelos seus que partiram
Para longes terras tratar da vida,
São tantas as saudades
Dos que deixaram a casinha.
Hoje cai uma telha, amanhã outra
No dia seguinte é a porta que se abre
Depois, um caibro apodrece
Outro, e outro…
A água entra na sonave
A madeira amolece
O que foi um lindo lar
Transforma-se em ruinas
Os donos partiram…
À noite nas esquinas
Vejo fantasmas a passear
As casas cheias de vida outrora,
Poderão ser um dia, ou não
Locais de peregrinação
Ou então
Algum cidadão
Resolve deitar a mão
Fazendo uma nova reconstrução
E os que partiram
Resta-lhes a recordação
Mas as saudades da sua TERRA NATAL
SERÁ SEMPRE PORTUGAL

Zé da Villa

Um comentário:

Anônimo disse...

Terra de Santa Maria; Senhora da Conceição de Vila Viçosa, Solar da Padroeira de Portugal, primeiro santuário da Península Ibérica dedicado à Imaculada Conceição.
Mandado construir pelo condestável D. Nuno Alvares Pereira. São Nuno Alvares Pereira foi um grande devoto de Nossa Senhora, para além deste santuário construiu muitas outras igrejas, capelas e ermidas a que dava o nome de Oradas; lugares de oração.
D. João IV proclamou-A padroeira de Portugal. A partir desse momento, nunca mais nenhum rei de Portugal voltou a colocar a coroa real na cabeça
No dia 8 de Dezembro, festa da Imaculada Conceição, realiza-se em Vila Viçosa uma grande peregrinação. Na véspera à noite, a contraria do santuário organiza uma grande procissão, os crentes, com velas acesas, lâmpadas das ruas desligadas, muralhas repletas de luminárias, percorrem as ruas da vila ducal, orando e cantando

Numa prece d`esperança ditosa
Portugal ajoelha a rezar
Junto à vila de Vila Viçosa
Novas cortes de amor vem jurar

Da gente lusa o pregão
Ressoa na terra inteira
Senhora da Conceição
Sede a nossa padroeira

Com ternura cantemos Maria
Nesta hora tão grata ao Senhor
Em que vimos render-lhe à porfia
Nossos preitos de fé e de amor

(...)

Este santuário que se encontra dentro das muralhas, recebe peregrinos de Portugal inteiro
Vila Viçosa, Fátima, Orada, Sameiro... Portugal, terra de Santa Maria
J.M.S