sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

O relógio


Tic, tac…tic, tac, diz o relógio baixinho
tic, tac… cadencialmente
tic, tac… tic, tac, o relógio não mente
apesar de andar devagarinho

Marca o tempo com regularidade
é um instrumento fundamental
no campo, no mar, no ar ou na cidade
sem ti, o mundo andava mal

De sol, mecânico, na torre a badalar
simples ou complicado
relógio, tu és usado
pelo rico, pelo pobre, em qualquer lugar

Altaneiro, na torre sineira
dá horas a quem passa
tic, tac… tem muita graça
O relógio de S. Vicente da Beira

Também dá horas a barriga
quando temos o estômago vazio
se estivermos sem comer horas a fio
olhem; não é que já ia uma miga!

Pode ser de bolso ou pendular
de pulso, de torre, frontão
de mesa, pesos ou repetição
corda ou pilhas, estão prontos a trabalhar

Pareces um relógio de repetição
repetes o mesmo a toda a hora
deita esse palavreado fora
muda de estilo, de narração

É uma máquina infernal
capaz de registar
capaz de controlar
é um relógio afinal

Gosto do teu relojoar
tic, tac… tic, tac
até ao dia do meu baque
quero-te ouvir badalar

Todas as horas ferem
a última mata
não sabemos a hora exata
depois, façam o que quiserem

Zé da Villa

Nenhum comentário: