Tic, tac…tic, tac, diz o relógio baixinho
tic, tac… cadencialmente
tic, tac… tic, tac, o relógio não mente
apesar de andar devagarinho
Marca o tempo com regularidade
é um instrumento fundamental
no campo, no mar, no ar ou na cidade
sem ti, o mundo andava mal
De sol, mecânico, na torre a badalar
simples ou complicado
relógio, tu és usado
pelo rico, pelo pobre, em qualquer lugar
Altaneiro, na torre sineira
dá horas a quem passa
tic, tac… tem muita graça
O relógio de S. Vicente da Beira
Também dá horas a barriga
quando temos o estômago vazio
se estivermos sem comer horas a fio
olhem; não é que já ia uma miga!
Pode ser de bolso ou pendular
de pulso, de torre, frontão
de mesa, pesos ou repetição
corda ou pilhas, estão prontos a trabalhar
Pareces um relógio de repetição
repetes o mesmo a toda a hora
deita esse palavreado fora
muda de estilo, de narração
É uma máquina infernal
capaz de registar
capaz de controlar
é um relógio afinal
Gosto do teu relojoar
tic, tac… tic, tac
até ao dia do meu baque
quero-te ouvir badalar
Todas as horas ferem
a última mata
não sabemos a hora exata
depois, façam o que quiserem
Zé da Villa
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