sexta-feira, 4 de outubro de 2019

O amigo e outras narrativas


Era uma velha casa de granito, no cimo de Vila, mesmo em frente da minha! A cor clara das paredes escureceu com os anos, por ação do carujo das invernias rigorosas e continuadas que havia naquele tempo!
De início, desde que me lembro, morou lá o Zé Rente e a mulher, a Cecília, a quem, nunca soube porquê, todos tratavam por Decília. Não era caso único de troca de nomes ou palavras. A gente comum da Vila e, mesmo, da Beira Baixa, percebiam muito de plantar couves e semear batatas! No seu mester, faziam tudo como é dado! Agora, dizer os nomes e as palavras corretamente, é que não era com eles! Não admirava! Nem eles eram menos inteligentes que os outros! Nada disso! Cada um, sabe daquilo que aprendeu!
Já, o Rente, do nome do marido, era alcunha!
Como noutras ocasiões se tem dado nota, a malta da Vila, lançava barbaramente, sobre qualquer boa criatura, a corrosão da alcunha! Bastava uma pequena lacuna moral ou física do fabiano e a coisa acontecia!
— Para isso têm eles porte! Almas de seiscentos! — diziam alguns dos alcunhados, por despeito…!
E, falando de alcunhas. Costumava vir todos os anos à Vila, pelas festas, o machacaz de um tendeiro da Póvoa, a vender ratoeiras, costis, armelas para pássaros e outras balhanas. De riso insosso e benévolo, alto e largo de ossatura, um tanto taralhouco e pouco desembaraçado, era um pobre diabo a roçar um nadinha a carência de expediente mental! 
Nos primeiros anos que veio mercadejar, foi logo objeto da atenção de certa mocidade da terra, inconsciente e desafiadora, ávida de algum caráter benevolente como o dele, para lhe extirpar o âmago. Puseram-lhe, então, a alcunha de Ratoeiras, tendo em vista o material que vendia para combate aos roedores.  
Porém, vendo bem, a avaliar pelos seus atributos pessoais, este negociante — que mereceria tanta dignidade como qualquer outro! — suscitava outra alcunha que não aquela; e, em conformidade com esse exame mais cirúrgico, passaram a chamar-lhe Alma Grande!
Mas havia quem o apodasse das duas maneiras! Se calhar, o homem, na terra dele, nem tinha qualquer apêndice estranho ao nome próprio! Nesta terra, porém, as regras eram estas!  
Não era apenas nos contos de Torga que havia um Alma Grande. Muitos outros podiam existir por esse Portugal. O que, decerto, aconteceria. Caso, era que mostrassem os predicados que este tendeiro da Póvoa exibia.
Na Vila, era tudo deste jaez!
Tanto assim que também cá esteve um rapaz da Atalaia do Campo, filho do feitor da Casa Conde — uma das quatro casas nobres da terra — que frequentava as primeiras letras, na Vila, com os da mesma idade.
Ora, lia-se no livro de leitura da escola uma lição sobre um pastor que ia para o campo com as ovelhas e levava o seu farnel, que repartia com o Fiel, o cão. Mas o rapaz em vez ler:
— O pastor leva a sua merenda para si e para o Fiel;
lia:
— O pastor leva a sua merenda pêra si e pêra o Fiel.
Foi quanto bastou para, de imediato, ser cognominado de Pêra, pelos próprios condiscípulos! E a partir dali, fosse nos jogos do pião ou da bilharda, era o Pêra.
E pronto! O rapaz estava marcado!
Ah! Malta de um raio para a velhacaria!   
O curioso é que parecia não haver memória de uma bulha por causa das alcunhas. Se houvesse desentendimento, essa não seria, com certeza, a causa próxima. E quando havia um demandante que tratasse alguém pelo epíteto excrescente, podia logo receber na resposta, mais ou menos acre, a devolução da sua própria alcunha. Porque, com toda a certeza, também a devia ter, para não fugir à norma!  
Mas não! A alcunha não era ofensa — se de ofensa se pode falar — capaz de gerar um conflito a sério. Os barulhos — quando os havia — eram mais por amor ao tinto e à aguardente que outra coisa! 
Conformando-se pois, em parte, e dando por outra parte, um certo desconto aos mal intencionados, a maioria dos concidadãos fazia por não ligar nenhuma a essa malandragem de impositores de apelidos e suas tramoias; das quais, segundo se crê, as mais sofisticadas eram entretecidas contra o semelhante, à noite, nas rodas de adjunto e nas vendas do Zé Canhoto ou do João Coxo, enquanto bebiam copos!
Estes mesmos dois taberneiros o podiam atestar, com os respetivos enxertos no nome, aliás, bem notórios e evidentes. O primeiro, usava principalmente a mão esquerda quando enchia os copos de vinho e os punha em cima do balcão; e o segundo tinha uma perna amputada por causa de um acidente de caminho de ferro, só podendo deslocar-se com a ajuda de duas muletas. Os dois homens de negócios estavam, também eles, devidamente rotulados!
Correões e hereges era o que se podia chamar àqueles grupos de renegadores dos cristianíssimos nomes da gente pacata, solenemente apostos pelo representante da santa religião católica na pia batismal.
Enfim, apesar disso, sempre sobrava da alcunha algo de positivo. É que, depois de suficientemente divulgada, tinha o préstimo de identificar melhor e mais rapidamente o seu titular do que o próprio nome que, muitas vezes, era relegado para o património imaterial caduco da coletividade!
  
O Zé Rente e a Cecília, de que falávamos, tinham três filhos.
Durante a semana, ele andava lá para a Covilhã a trabalhar nas fábricas de têxteis e só regressava aos sábados. Também era muito dado a montarias! Quando vinha, no fim da semana, se fosse na época da caça, fazia as suas batidas ao coelho, à lebre e à perdiz, juntamente com os parceiros de atividade venatória! Um deles era o pai, o ti’ Chico das Petas, um velho caçador; tão antigo, que a sua espingarda ainda era das de carregar pela boca! E cujas aventuras na caça — que ele contava com o ar mais sério deste mundo! — eram tão fantasiosas que só os mais ingénuos acreditavam! Mas davam para criar uma grande narrativa, cheia de histórias hilariantes! Porque ele tinha muito talento para contar partes da caça! Recordar aqui uma dessas passagens, tem que ficar para outra ocasião, se vier a haver lembrança!  

Enquanto o marido laborava nos teares nas encostas da serra da Estrela, a Cecília vivia na Vila, na casa de granito, com os filhos, a Ana Maria, o Chico e o Emílio. Como era sua obrigação, em primeiro lugar, cuidava deles, para os trazer limpos e desassemelhados; em segundo lugar, tratava de um bocado de horta! Mas era manifesto que, pela sua forte estrutura física, energia e vontade, era capaz de muito mais! Uma verdadeira mulher de armas! Tanto quanto era certo o marido — que a ela se abaixava uns bons centímetros em largura e altura — possuir espingarda e ser caçador!
Em certas manhãs de sol, pousavam, numa grande oliveira cordovil do meu quintal — um quintal enorme que eu tinha! — bandos de pardais a chilrear; então, a Cecília pegava na espingarda do marido, apontava para o sítio onde eles eram como um novelo e fazia tiro da janela de sua casa, do outro lado da rua! Caíam logo mortos oito a dez infelizes pardais!
— Ah! Mulher de uma cana! Uma dama a valer mais que um valete! — diria um vizinho que por ali passasse e presenciasse a cena!
Já, as vizinhas, essas, benziam-se de admiração! Nunca se vira uma coisa assim! Uma mulher pegar numa espingarda a sério e disparar contra os bandos de pardais, sem medo do coice do tiro! Era obra! Ela, porém, bem se importava com a maneira como os vizinhos reagiam à sua alma de caçadora! Jovial e faladeira, sempre a tratar da vida de casa e do amanho da horta! Se, entre a vizinhança, havia alguns salamurdos dissimulados, que os levasse o diabo! Era mulher desenganada!       

Os dois primeiros filhos do casal, mais velhos que eu, para mim, já eram grandes, porque andavam na escola! Por isso, não podiam ser meus amigos! Tinham que arranjar outros companheiros, maiores que eu, para a brincadeira! O terceiro, como tudo indicava, devia ser da minha idade; e foi o meu primeiro amigo! Era o único que tinha conhecido até então que me parecia ser como eu! Por isso, não admirava!
A aleatoriedade obscura da vida, infelizmente — ou felizmente! — incognoscível para o ser humano, juntou ali as nossas famílias em cujo seio nós surgimos. E assim, mal nasci, dei de caras com o Emílio. Dei de caras, é um modo de dizer porque, na verdade, terá sido, quando comecei a botar consciência e a usá-la para me meter com o mundo! Morávamos mesmo muito perto! Eu só tinha que atravessar a estreita rua de calçada antiga, para ambos irmos brincar para junto da parede da casa dele, onde as pedras do chão eram um bocadinho mais regulares. Quando não estávamos na rua, estava cada um em sua casa, mas podíamos ir para a janela e, por isso, estávamos sempre a ver-nos!
Eu tinha um quintal muito grande para brincar e ele não! Ele só tinha a rua! Por isso, eu convidava-o, muitas vezes, para ele ir brincar comigo no meu quintal! As nossas mães, uma vez, ataram duas pinhas de pinheiro bravo, abertas, uma em cada ponta de uma baraça comprida e disseram:
— Isto são duas vacas! São as vossas vacas! Agora puxem pela baraça, aí ao meio, e levem-nas a pastar! 
Nós assim fizemos. Arranjámos, dessa forma, a nossa primeira junta de vacas. E nunca mais tivemos outra como aquela! 
O nosso mundo era, portanto, muito pequeno. Era a nossa casa, a nossa rua e o meu quintal. Mas parecia-nos que os irmãos do Emílio, esses, já sabiam muito da vida! Conheciam a praça, lá em baixo, ao pé da igreja! Era lá que era a escola! Havia lá muitos meninos e meninas e eles tinham arranjado muitos amigos! Juntos, aprendiam imensas coisas e no recreio brincavam todos!
Apesar da pequenez do nosso cosmos, eu e o Emílio percebíamos o que se passava, porque ouvíamos as conversas dos grandes, à esquina! Pensavam que nós não compreendíamos nada do que diziam! Porém, nós íamos ouvindo e magicando como, afinal, faz qualquer adulto que tenha sonhos! E eles sempre a tratarem-nos como se fôssemos crianças…!  
Eu não conhecia a casa do Emílio. Da rua, só se viam as escadas de madeira que começavam no lumiar e subiam, subiam, até lá acima! Na parede, ao lado das escadas, havia uma porta que dava para a loja, onde se punha a lenha, a cabra, o borrego e o porco. Muitas pessoas, no entanto, só tinham algum ou alguns destes animais, conforme o que lhes dava mais jeito, porque davam muito trabalho; era preciso arranjar-lhes comida!
A cabra dava o leite; os outros era para morrerem, cada um quando chegasse a altura, como toda a gente, afinal! Nas festas de verão, morria o borrego; no inverno era escachado o porco e metido na salgadeira!
Das escadas para lá, era o mundo das pessoas maiores, da mãe e do pai do Emílio e dos irmãos. Mas, de certeza, que devia haver lá a lareira com o lume, a cozinha, os quartos e a sala! Isso, todas as casas tinham! Eu é que não sabia como eram porque nunca lá tinha ido! Pois, entretínhamo-nos sempre na rua ou no meu quintal e não podíamos sair desse espaço bem definido; as nossas mães não deixavam! E, por aquilo que diziam os adultos, nós compreendíamos que o mundo devia ser muito grande e hostil. Por isso, antes de tempo, não queríamos aventurar-nos!
Pois, uma vez, um rapaz mais velho passou na nossa rua e disse que tinha ido com outros até à estrada nova. Essa estrada era tão longe que ficava ainda mais para lá da praça e da igreja; e que, quando iam na tal estrada, tinham aparecido os estrangeiros num carro. Foi muito estranho ter aparecido ali aquele carro, porque era muito raro passarem carros na estrada! Só lá passava a camioneta da carreira, todos os dias, à hora certa, a apitar! Os estrangeiros — disse ele — queriam tirar-lhes o sangue e os órgãos e matá-los! Valeu-lhes terem fugido e desaparecerem por entre o mato e os bastos chaparros de pinheiro bravo que havia naquele sítio, lá para o pé da Escavação, na curva dos Pereiros.
Já, as nossas mães, também andavam sempre a advertir-nos para não sairmos de casa ou do quintal. Se andássemos às cegas, podíamos ir parar à Tapada do ti’ Chico Gabilês — do lado da Vila oposto à estrada nova — e os filhos dele andavam sempre lá a atirar pedras a quem passava no caminho e podiam partir-nos a cabeça! Logo, quanto a aventuras em qualquer ponto periférico da Vila, longe de onde costumávamos brincar, estávamos conversados! Porque todo o cuidado era pouco!

Eu e o meu amigo tínhamos um bibe que as nossas mães nos tinham feito para podermos brincar e não sujar a roupa, quando guardávamos as vacas e quando construíamos as casinhas com terra amassada, que tinham telhado e tudo; ou quando fazíamos festas ao Tejo e ao Mondego, dois dos cães de caça do pai do Emílio que eram muito mansos e com os quais nos divertíamos imenso a fazer-lhes diabruras. Os cachopos maiores, se não estavam na escola, também andavam, às vezes, na rua, a apanhar abelhas com moscas espetadas na ponta de carumas, a servir de isco.
Gerava-se ali uma grande algazarra com tanta gente que ali vivia! As nossas vizinhas, as filhas da ti’ Maria do Carmo, da ti’ Celeste, da ti’ Laurentina ou da ti’ Luz, perguntavam por nós às nossas mães.
— Onde estão os meninos, os crianços? — bradavam da janela!
Vinham, pegavam-nos ao colo com os pujantes braços de raparigas novas e casadoiras. E sentiam a criança que éramos, procurando, através de nós — como se crê que toda a mulher procura — o frémito e o desejo dos futuros filhos. Esperneávamos e tentávamos libertar-nos porque nos interrompiam a brincadeira. Elas, porém, bem se importavam! Ignoravam os nossos gritos, passavam-nos de umas para as outras, de abraço em abraço, assim como menino em mãos de bruxas, e beijocavam-nos, esmagando-nos a cara…!  
De maneiras que era assim…

Em determinado momento da sua vida, o Zé Rente, farto de andar todas as semanas para trás e para a frente, entre o trabalho dos teares e a Vila, deixou a casa de granito. Levou consigo a mulher e os filhos e foi morar para a Covilhã! Assim perdi, repentinamente, o meu amigo! As decisões alheias bolem, muitas vezes, com a nossa existência e apoquentam-nos! Mas, que havemos de fazer?!
Alguns anos mais tarde, chegou a vez de eu ir também aprender as primeiras letras e conhecer novos amigos! Eu e o Emílio nunca chegámos a andar na escola juntos. Ele tinha ido para a Covilhã e foi lá que começou a frequentá-la. Mas eu ainda fui tendo algumas notícias. A avó dele era a mulher do ti’ Chico das Petas e continuava a ser minha vizinha; pelas cartas que recebia da Covilhã, dizia que ele quase não precisava de estudar porque sabia sempre tudo o que a professora lhe perguntava.
— Era um rapazinho muito inteligente! — afirmava ela enlevada!

Num certo dia de manhã — um fatídico dia! — ouviu-se um alvoroço! A avó do Emílio, estava à porta de casa, ali ao pé da esquina, banhada em lágrimas, a gritar!
— Ai, meu Deus que desgraça! Ai que infortúnio o nosso! Ai! Nossa Senhora!
Perguntaram-lhe a razão de estar assim tão aflita e chorosa e ela procurava falar por ente os soluços.   
— Ai, meu Deus, o que nos aconteceu! A notícia veio pelo telefone dos correios! Vieram agora dar-me o recado! — lamentava-se a pobre mulher. — Ai! Meu Jesus! — gritava, tentando recompor-se da respiração ofegante, sentada na pedra do lumiar! — Ai, que infelicidade! Meu querido neto!
— O que foi que aconteceu com o seu neto, ti’ Maria de Jesus? — perguntavam.
— Ai! Houve uma corrida na escola dele, do meu neto, do Emílio! Ele sabia tudo na escola e, nas carreiras, ganhava sempre aos outros! Era muito esperto aquele meu neto! Ele ganhou a corrida e no fim foi beber água à fonte e morreu! Ai, Jesus! O meu neto, o meu netinho! Era o mais novo e o mais inteligente! Meu querido neto!
E assim se foi juntando muita vizinhança, especialmente as mulheres que ainda estavam em casa àquela hora, procurando reconfortar a desanimada avó na sua infinita dor! Pudera! A dor da perda de um neto é tão grande como a da perda de um filho! E não foi nada fácil consolarem-na!  
Mais tarde, quando tudo estava um pouco amenizado, disseram que o Emílio, para ganhar a corrida, fez um esforço grande e, em consequência disso, morreu; não por ter bebido água após a prova atlética, mas por causa de um sopro no coração; também disseram que tinha ido para o céu num caixão branco!
E eu nunca mais voltei a vê-lo…!


Nota 1 - Os factos aqui narrados têm um fundo de verdade, mas não são rigorosos, tendo servido, no essencial, para uma narrativa de ficção.  
Nota 2 - Como de costume, alerta-se para o facto de, neste texto, poderem ter sido usadas palavras ou expressões locais que não constam dos dicionários oficiais.

JOSÉ BARROSO

4 comentários:

M. L. Ferreira disse...

Têm muitas narrativas, estas histórias!...
Sobre a facilidade que temos em arranjar alcunhas, a propósito seja do que for, foi pena que, quando há tempos (e como o tempo passa!), alguns dos colaboradores do blogue conseguiram identificar um número enorme delas, não se tivesse tentado encontrar a sua origem. Bem sei que não é fácil, por razões de vária ordem, principalmente terem origem muito antiga, já perdida nos tempos, ou não se querer lembrar pecados velhos; mas, se a maior parte terá nascido de características físicas ou psicológicas do visado, outras têm origem em histórias deliciosas, que valia bem a pena recordar.
Sobre este nosso falar, muitas vezes fora das regras da gramática ou das definições do dicionário, mas que tanto adoça a nossa Língua, é uma das características que mais me encanta na conversa com as pessoas mais velhas. De tal forma que, muitas vezes, já dou comigo a acrescentar letras às palavras ou a utilizar termos que há muito quase tinha esquecido. É também uma das coisas que me faz gostar muito destas histórias que o José Barroso nos vai deixando.
Quanto à história do Amigo, deixou-me de coração partido. Enquanto ia lendo, via passar o filme da minha própria infância: as brincadeiras na rua, os medos do desconhecido (que ficava logo ali), o mundo imaginado para além do que se via; mas sobretudo as pessoas que partiram e nunca mais voltei a ver.

Tina Teodoro disse...

É sempre para mim delicioso ler estas narrativas que nos levam aos tempos maravilhosos da nossa infãncia, há alguma coisa melhor que o nosso berço, apesar de nem tudo ser perfeito? Mesmo não sendo, os nossos sentidos sempre se encaminham para lá, Vá-se lá saber porquê? Os entendidos na matéria que se debrucem sobre o assunto...

Tina Teodoro

José Teodoro Prata disse...

É pá, não esperava este desfecho!
Boa escrita, perfeita, do melhor que o Zé nos ofereceu!

Anônimo disse...

O Zé Barroso é um preguiçoso.
A escrever tão bem, o filho da mãe, não era já para nos ter dado um romance para nos deliciar? Não quer é fazer nada é o que é...
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