quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

A emboscada da Enxabarda

http://www.radiocastelobranco.pt/audioteca/

José Teodoro Prata

Um comentário:

M. L. Ferreira disse...

A propósito destas crónicas, peguei no livro «O Concelho de S. Vicente da Beira na Guerra Peninsular» do José Teodoro Prata e, logo no prefácio, o Tenente Coronel Pires Nunes cita um general do Estado Maior do Junot que reforça o que aqui foi dito sobre o povo das Beiras: “Independentemente da fraqueza das populações, o carácter dos seus habitantes merece uma reflexão séria. Os amigos nada podiam esperar deles e os inimigos podiam esperar tudo. A sua miséria era mais um incentivo e se eles se reunissem para defender os seus desfiladeiros teriam parado um exército inteiro e anulado todos os esforços humanos (…). Desgraçado do exército que, mesmo bem organizado e numa estação favorável, entrar em Portugal por ali sem ir bem munido de rações e sem tomar precauções variadas (…)”.
À semelhança de outros episódios da nossa história (se calhar da história em geral), ficamos com a ideia de que também este nos tem sido contado de forma muito parcial e tendenciosa. Para além dos massacres, uma das coisas que mais me chocou nesta guerra foram as pilhagens de toda a ordem que esvaziaram igrejas, mosteiros, palácios, bibliotecas e até residências particulares. E parece que o produto do saque terá sido levado para França com a “bênção” do Wellington… Um pouco à boleia da ideia da deputada Joacine Katar Moreira, será descabido exigir a devolução desses tesouros?