Após a missa, na Igreja Matriz, São Sebastião voltou a casa e levou São Vicente como convidado.
A nossa banda filarmónica tocou no adro da Matriz, participou na procissão e voltou a tocar no adro da capela.
Agora, São Vicente ficou em casa de São Sebastião.
E cumpriu-se a tradição do bodo de São Sebastião: distribuição de papossecos benzidos, para proteger das maleitas, e filhós.
Este ano, o bodo reviveu-se de forma mais completa, através de um almoço comunitário. Quatro mesas a cerca de 30 pessoas cada uma dá 120 participantes. Com o pessoal da organização (o meu obrigado a todos), terão participado entre 125 e 140 pessoas. Bem bom, para uma primeira vez.
Não sei de quem foi a iniciativa do almoço, mas englobou gente de vários quadrantes, o que constituiu um momento de vida comunitária muito bonito e necessário.
Que venham muitos mais e sobretudo que esta unidade se reviva em situações de outros tipos.
José Teodoro Prata
Fotos de Conceição Teodoro, Jaime da Gama e José Teodoro
Um comentário:
Como podemos constatar pelo número de igrejas e capelas em tantas localidades, principalmente no centro e norte de Portugal, a devoção a São Sebastião é muito grande e já bastante antiga. Não é de admirar, porque sendo ele o advogado das fomes, das guerras, das pragas e das pestes, fenómenos tão frequentes em Portugal desde sempre, as populações recorressem a ele em tempo de aflição.
As fitas que se enrolavam à volta das crianças para as livrar das doenças, e o bodo, oferecido pelos ricos aos pobres por terem escapado das pragas de gafanhotos e lagartas, são exemplos de práticas relacionadas com a devoção a este santo.
Que bom que em São Vicente haja alguém que assuma a realização desta festa, acrescentando à componente religiosa a parte da confraternização. Foi bonito ver tanta gente junta!
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