Mais uma noite perdida Mais uma noite de fado É mais um dia de vida A recordar o passado. Saudades são pombas mansas A que nós damos guarida Um paraíso de lembranças Da mocidade perdida Se a neve cai ao de leve Sem mesmo haver tempestade O cabelo cor da neve Às vezes não é da idade. Pior que o tempo em nos pôr A cabeça encanecida São as loucuras de amor São os desgostos da vida. Para o passado não olhes Quando chegares a velhinho Porque é tarde e já não podes Voltar atrás ao caminho.
José Teodoro Prata
3 comentários:
Não penso nem nunca direi que antigamente é que era bom, mas passear pelas já muitas páginas deste blogue tem-me feito reviver episódios da história da nossa terra e reencontrar pessoas que fizeram parte das nossas vidas e que nos fazem falta, que me sinto extremamente grata ao José Teodoro por, apesar das dificuldades que lhe adivinho, o ter alimentado ao longo destes 12 anos. Por outro lado sinto-me orgulhosa e privilegiada por, com a minha contribuição mais ou menos regular, fazer parte deste projeto.
É raro o dia em que cá não venho, à procura de novidades ou de coisa antigas, mas quando me demoro um pouco mais, ainda me surpreendo com a quantidade e variedade dos artigos publicados. Para além disso penso que, à falta do Pelourinho ou do Vicentino, o blogue tem servido como uma espécie de jornal que leva as notícias da nossa freguesia a todos os que querem ainda saber dela. É pena que não haja mais gente a colaborar (e alguns tenham ficado pelo caminho), mas é o que temos. E isto, se calhar, prende-se um pouco com o comentário do artigo anterior…
Venham mais 12!
Doze anos de blog! É tempo!
Havia por aí um cantor português (Paulo de Carvalho?) que dizia:
"Dez anos é muito tempo;
Muitos dias, muitas horas a cantar".
O tempo, tem a velha magia de parecer que o conhecemos bem, mas quanto mais pensamos sobre ele, menos sabemos o que, verdadeiramente ele é. Isto dizia o santo (acho que era Santo Agostinho)! Mas se o caso já era curioso no tempo do filósofo e bispo de Hipona, continua ainda hoje a sê-lo. Com efeito, falando-se de tempo, teremos que admitir que tudo é relativo, como disse Einstein que se dedicou, justamente, a estudar o tempo. Se um homem com 12 anos é uma criança, há outras espécies do reino animal que, com essa idade, já são considerados velhos.
Quanto ao nosso blog, atendendo ao tempo e aos muitos trabalhos publicados nestes anos e considerando as vicissitudes e as dificuldades passadas e presentes, parece-me que com 12 anos, já não é nenhuma criança. Já tem, pois, o métito da longevidade. Parabéns por isso!
Pois, apesar de a muito custo, continuamos a ver aqui coisas publicadas. O tempo, esse, bem se importa ele! Continua a fluir na sua antiga magia, como em vida do Santo! Tão mégico que - como insinuou Einstein - já nem se sabe se é tempo, se é espaço!
Abraços, hã!
JB
Parabéns pela persistência, obrigado pela obra - em primeiro lugar ao grande ideólogo e mestre obreiro, afinal o que mais põe a despesa, depois aos operários que aqui continuam a trabalhar.
Um abraço e a amizade deste esporádico do Casal,
JMT
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