Encontrei esta campainha que os meus antepassados me deixaram há mais de 100 anos. Estava dentro da parede do palheiro do Ribeiro Dom Bento. Está partida e por isso tem som de cana rachada. Tem colar de cabedal preso com cavilha de madeira.
Digo mais de 100 anos, pois a zona pertencia toda ao Conde de São Vicente, que vendeu as suas propriedades na segunda metade do século XIX. O tio da minha avó Doroteia era dono disto, nos finais do século XIX, talvez até tenha sido ele a comprar. Ele é que terá mandado contruir o palheiro, onde alguém meteu a campainha. Era também dono da Oriana que a minha avó herdou dele. Em volta há propriedades de primos meus, pois os seus avós herdaram igualmente deste Guilherme dos Santos ou dos pais dele. A Oriana fora também do Conde de São Vicente.
José Teodoro Prata
Um comentário:
Belo achado! Não terá o valor material dos potes de moedas de ouro, encontrados nas paredes de casas antigas, de que já temos ouvido falar, mas não duvido do valor simbólico que terá para ti.
Aqui, enterrados no meu quintal, também já encontrei um podão e uma enxada que me parecem bastante antigos. Mesmo sabendo que não terão pertencido a ninguém da minha família, guardo-os com a sensação de que fazem parte da história da nossa terra.
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