Fiz uma série de três podcasts sobre o bordado de Castelo Branco, para a Rádio Castelo Branco, que estão agora a ser transmitido. Aqui vos deixo o texto do primeiro deles.
O bordado de Castelo Branco é feito a fio de seda
natural sobre pano de linho. Originário do século XVI, terá tido o seu período
mais fecundo no século XVIII, beneficiando da criação de manufaturas de seda e da
obrigatoriedade do plantio de amoreiras.
Este artesanato decaiu no século XIX, devido às
doenças que afetaram o bicho da seda e à concorrência dos produtos industriais,
então uma novidade.
O bordado de Castelo Branco renasceu nos inícios do
século XX, pelas mãos de Maria da Piedade Mendes, natural do Estreito, que
herdou um conjunto de colchas de linho bordadas a seda, as quais lhe serviram
de modelo para os trabalhos que desenvolveu ao longo da vida e que inspiraram
outras bordadeiras.
Em 1939, o Centro n.º 2 da Mocidade Portuguesa
Feminina do Colégio de Nossa Senhora de Fátima dedicou-se à confeção deste
bordado, em Castelo Branco.
No ano de 1941, a Junta da Província da Beira criou
uma Escola de Bordados.
Entretanto, o Liceu e a Escola Industrial apostaram
no ensino do bordado, na disciplina de “Lavores Femininos”.
Em 1956, a Mocidade Portuguesa Feminina criou o
Centro de Indústrias Regionais, dedicado ao bordado de Castelo Branco.
Nos anos
60, o Museu Francisco Tavares Proença Júnior abriu uma seção expositiva de
bordado e na década seguinte criou uma Oficina-Escola do bordado de Castelo
Branco.
Atualmente,
a produção pública de bordado encontra-se centrada no Centro de Interpretação
do Bordado, que a Câmara Municipal abriu, em 2017, no bairro do Castelo.
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