Aqui vos deixo o texto do podcast transmitido pela Rádio Castelo Branco esta semana.
José António Calmeiro, antigo diretor dos Serviços
Municipalizados de Castelo Branco publicou, no jornal Reconquista, um artigo em
que faz a história do abastecimento de água a esta cidade.
A falta de água foi sempre um problema de Castelo Branco e
por isso surgiu um primeiro projeto de abastecimento de água, em 1895, o qual
não se concretizou, tendo o dinheiro sido gasto em algumas obras na cidade.
Em 1932 voltou-se ao projeto, sem qualquer apoio do Estado,
com a construção da barragem do Penedo Redondo, próximo da nascente da Ocreza,
no Casal da Serra.
As obras foram concluídas em 1945, sendo presidente da Câmara
Augusto Beirão, que criou os SMAS (Serviços Municipalizados) e nomeou Salles Viana para os gerir.
Mas esse ano de 1945 teve uma pluviosidade anormalmente baixa
e abastecimento iniciou-se com cortes de água.
O problema persistiu nos anos de maior seca e por isso se
construiu a barragem do Pisco, na Ribeirinha, em São Vicente. Mas também esta
solução de 1966 se revelou insuficiente, pois a cidade não parava de crescer e
foram construídas redes de distribuição de água a todo o concelho, nas décadas
de 70 e 80. O ano de maior carência foi o de 1981, em que a água só correu nas
torneiras 3 horas por dia.
Em 1986 arrancaram as obras da barragem de Santa Águeda, na
Ocreza, que resolveram definitivamente o problema do abastecimento de água ao
concelho e à região, pois o sistema de distribuição foi alargado aos concelhos
do Fundão, Idanha e Vila Velha de Ródão.
José Teodoro Prata
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