A vacinação é um tema de grande atualidade, pelo que deixo aqui um vídeo que explica o básico e um site que nos dá uma perspetiva mais ampla.
https://www.youtube.com/watch?v=ENttrlq3zmg
https://www.medicina.ulisboa.pt/newsfmul-artigo/106/descoberta-das-vacinas-e-vacinacao
José Teodoro Prata
Um comentário:
Para além de um lamiré sobre citologia (e, quase como consequência, uma noção do que é um vírus) abordados na escola, nenhuma formação tenho relativamente a este assunto. Mas acho o tema interessantíssimo e mesmo fascinante para quem escolheu estudá-lo.
Da vacinação em geral, mas não, propriamente, de um plano nacional (post anterior), dei-me conta quando frequentava a escola primária. O caso tem a ver com episódios de agitação da população estudantil de S. Vicente da Beira, especialmente, porque metia agulhas. Quanto a este ponto, curiosamente, não foi tanto a vacina da varíola que mais causava esse receio, porque, no caso concreto dessa vacinação, ela era feita com uma "caneta" que arranhava a pele do braço (com marca para toda a vida)! Se bem me lembro, a agulha era para a vacina anti-tuberculínea. E havia casos em que, os que pareciam mais fortes (porque mais velhos), por exemplo, o Zé Abiche e outros, andavam fugidos da escola para não levarem com a agulha; mas isso era só até serem apanhados e lá tinham que levar com ela, no meio de uma grande gritaria! Outros faziam-se fortes! Foi o caso do Luía Matias (andava eu na quarta classe e ele na segunda); quando levou a vacina arrancou à papo-seco das mãos do enfermeiro, meio a rir, meio a chorar, com a agulha espetada nas nalgas (nádegas)! E o enfermeiro a ralhar para voltar atrás para lhe tirar agulha! Era um pagode!
Esta questão das doenças infeto-contagiosas (e até das doenças em geral), faz ressaltar o quanto é frágil a sociedade humana; para mais, em épocas sem os conhecimentos mínimos para lhes oporem alguma terapêutica. Só com a ultrapassagem dos conceitos religiosos e míticos e com o triunfo da ciência positiva e experimental, foi possível estudar os fenómenos, perceber as leis da física e, compreendendo-os, arranjar-lhes soluções.
No que, particularmente, toca às vacinas, elas começaram por assentar no princípio da criação de anti-corpos no sistema imunitário, fazendo-se a inoculação de um vírus atenuado ou de uma estirpe menos agressiva; hoje, penso que o princípio ainda é idêntico, mas com injeção de outros medicamentos para estimular o sistema imunitário a produzir esses anti-corpos.
Mas, no fim, fico sempre com a sensação de que continuamos a ser muito pequeninos! E, por isso, pese embora os avanços sem dúvida extraordinários que se têm verificado, não quero dizer aqui o que dizia o filósofo Nietzsche, precisamente, a pensar na ciência (cito de memória): "O homem é uma ponte entre ele e o Super-Homem". Ou seja, com o avanço científico o homem de hoje virá a ser, no futuro, o Super-Homem. É o mesmo que pôr o homem no lugar de Deus. A isso eu não me atrevo!
Abraços, hã!
JB
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