terça-feira, 12 de abril de 2022

A guerra na Ucrânia (3)

 NATO

Uma das causas do atual conflito militar na Ucrânia, na versão da Rússia, foi a possível adesão da Ucrânia à NATO. Esta sigla deriva do nome em inglês da Organização do Tratado Atlântico Norte, cuja sigla em português é OTAN. Tem a sua sede em Bruxelas, na Bélgica. Portugal foi um dos países fundadores, devido à posição estratégica dos Açores. Tem atualmente 30 membros, principalmente na Europa e América do Norte.

A NATO foi criada em 1949, pelos países ocidentais, que assim procuravam preparar-se para um eventual conflito militar com a Europa de Leste, devido à extraordinária expansão do comunismo nesta região, após a 2.ª Guerra Mundial.

De 1949 a 1989, NATO liderou o clima de tensão com a Europa de Leste, que, entretanto, também criara a sua aliança militar, o Pacto de Varsóvia, em 1955. A este período chamou-se Guerra Fria, pois, embora tenham sido tempos de grande tensão internacional, não ocorreu nenhum conflito militar direto entre estas duas potências nucleares.

Com o fim do comunismo na Europa de Leste, a NATO interveio militarmente na ex-Jugoslávia, por várias vezes, nos anos 90, no Afeganistão, na Líbia e de forma restrita nas várias guerras do Iraque. No atual conflito na Ucrânia, a NATO não pode intervir, pois uma guerra direta com a Rússia seria catastrófica para a humanidade, pois ambos os lados possuem grande número de armas nucleares.

José Teodoro Prata

Um comentário:

M. L. Ferreira disse...

É bom fazer-se a contextualização destas coisa, para se perceberem melhor. No caso desta guerra, para além do pretexto ser bastante hipócrita, desrespeita muitos fundamentos de tratados, leis e códigos que regem relações diplomáticas com vários séculos de existência (tantas vezes desrespeitados anteriormente, é verdade), como a necessidade de negociações entre as partes envolvidas, direta ou indiretamente, e o compromisso de se pouparem as populações e alvos civis. Nem uma coisa nem outra está a ser feita nesta guerra, o que a torna mais uma barbárie que não imaginávamos viver nos tempos que correm.