No início deste conflito, escrevi 4 crónicas para a Rádio Castelo Branco (Racab), dando algumas informações elementares que permitissem naquele momento entender melhor a guerra. Hoje a realidade é muito mais complexa e trágica, mas continua a valer a pena publicar.
Vou publicar um texto por dia.
Podem ser ouvidos na rubrica "História ao Minuto, em: http://www.radiocastelobranco.pt/audioteca/
RÚSSIA
No século XVI, a Rússia
começou a expandir-se, conquistando regiões e povos vizinhos, de tal modo que,
entre 1721 e 1917, formou um grande império, que ia do Oceano Ártico ao Mar
Negro e do Mar Báltico ao Oceano Pacífico, possuindo ainda o Alasca que vendeu
aos Estados Unidos.
Na Europa, este Império
abrangia, além da Rússia, os territórios e povos dos seguintes países na
atualidade: Finlândia, Estónia, Letónia, Lituânia, parte da Polónia,
Bielorrússia, parte da Moldávia e Ucrânia.
Estas regiões foram recebendo
emigrantes russos, em movimentos migratórios que continuaram no século XX,
então integrados na União Soviética (exceto a Finlândia), pelo que não é de
estranhar que nestes atuais países uma significativa percentagem da população
seja russófona. Com o fim da União Soviética, estas repúblicas desligaram-se da
Rússia e tornaram-se totalmente independentes.
Embora o país continue a ser o
maior do Mundo, o seu atual presidente, Putin, é um nostálgico da antiga
grandeza da Rússia e por outro lado sente-se pressionado pela crescente
expansão da Nato para países com os quais a Rússia faz fronteira. Por isso
anexou a península da Crimeia, em 2014, e já antes apoiara regiões russófonas
que não querem integrar os países a que ficaram a pertencer.
Foi o que aconteceu com
Donetsk e Lugansk, duas regiões da Ucrânia que fazem fronteira com a Rússia.
Este conflito interno na Ucrânia já fez 14 mil mortos desde 2014 e nem os
acordos de Minsk, em 2015, vieram resolver o conflito. Agora a Rússia invadiu a
Ucrânia com o argumento de ir defender esta população russófona.
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