sábado, 7 de janeiro de 2023

Os nossos avós eram cientistas

 A Escola Superior de Castelo Branco tem um projeto que se chama "Os nossos avós eram cientistas", implementado anulamente junto as crianãs do 1.º ciclo. Foi dele que tirei roubei este título.

Encontrei este interessante artigo (https://www.tempo.pt/noticias/actualidade/comeca-o-calendario-das-plantacoes-o-que-podemos-cultivar-em-janeiro-semear-portugal.html) e não resisto em partilhar parte dele convosco.

Plantar com a Lua

Desde os tempos mais ancestrais que existem pessoas que acreditam que a Lua tem uma influência direta no desenvolvimento das culturas agrícolas. Inclusivamente, são muitos os povos que atualmente ainda acreditam que a Lua tem muito poder na agricultura, e fazem as suas sementeiras respeitando as fases da Lua.

Desta forma, a Eng.ª Agrónoma Rosa Moreira, num artigo publicado na Agricultura e Mar, explica que a força gravitacional influencia na quantidade de seiva que percorre no caule das plantas, assim como a própria luminosidade da lua que, apesar de menos intensa do que a luz solar, penetra no solo e acelera o processo de germinação das sementes.

Na Lua Novao plantio é desaconselhado uma vez que a seiva se concentra maioritariamente no caule e, segundo a crença dos mais antigos, as culturas nesta fase da lua são mais fracas e apresentam baixa resistência às pragas. Em contrapartida o Quarto Crescente é um dos melhores momentos para se semear, uma vez que esta fase permite um crescimento mais vigoroso.

Na Lua Cheia os frutos encontram-se mais suculentos devido à maior quantidade de seiva encontrada nos mesmos, por isso é uma boa altura para fazer a colheita dos frutos e hortícolas.

No Quarto Minguante deve-se iniciar o plantio de raízes, como beterraba, cenoura, cebola e batata. Devem-se colher as raízes e as vagens, uma vez que se encontram com menos seiva, o que facilita na cozedura. Esta é uma boa altura para podar, tal como combater pragas e doenças das plantas, eliminar plantas infestantes ou preparar o solo para novas sementeiras ou plantações.


José Teodoro Prata


2 comentários:

Anônimo disse...

Quando vejo ou leio referências à influência da Lua na Terra (quer nos seres animados, quer nos inanimados), a minha primeira tendência é para recusar. Pois, isso, cheira-me a astrologia (e não a astronomia que é uma coisa seria!). Mas depois, começo a pensar que talvez não seja bem assim (por via, precisamente, da astronomia), porque temos provas de que aquele satélite provoca alterações no nosso planeta! E muitas!
O que, obviamente, tem a ver com a gravidade (a famosa Lei da Atração Universal, formulada por Newton). A qual, em última análise, parece que provoca as marés e talvez outros fenómenos.
Ora, ao admitir-se que a Lua interfere na Terra, é evidente que não podemos afastar a sua influência, sob pena de entrarmos em contradição. A questão é esta: até que ponto e a que tipo de influência estamos sujeitos?
A Eng. Agrónoma, Rosa Moreira, terá as suas razões quando fala sobre a questão das plantas porque é a sua área. Em todo o caso, penso que há muito de mítico naquilo que muitos povos pensam acerca do assunto. No entanto, entre a ciência e a crendice, pelo sim, pelo não, nós ainda vamos fazendo muito do que diziam os Antigos. Por exemplo, eu quando faço vinho, ponho ao pé da dorna, um papel com os momentos das Fases da Lua para não o mexer nessas alturas. Faço o mesmo quando mexo nas azeitonas de conserva; e as nossas mães e avós não tocavam na carne de porco nas fases da Lua, quando a preparavam para os enchidos.
De maneiras que é assim...
Abraço, hã!
J. Barroso

M. L. Ferreira disse...

Uma forma mais eficaz de levar a ciência às escolas!