Já se encontra publicado, on line, o artido sobre os muros-apiários da região de Castelo Branco. O capítulo 2. desse trabalho é o meu contributo para o estudo da produção do mel e da utilização da cera, ao longo dos séculos, nesta região. Tem abundante informação sobre o antigo concelho de S. Vicente da Beira.
Recebi a seguinte nota informativa, que reproduzo, para um melhor esclarecimento:
A Associação de Estudos do Alto Tejo comunica que o n.º 3 da revista AÇAFA On Line, correspondente ao ano de 2010, já está disponível na sua página em:
www.altotejo.org
Diferentemente das duas edições anteriores, este número ficará em construção até final do corrente ano e é dedicado ao tema "Muros-apiários. Um património comum no Sudoeste Europeu".
Os muros-apiários são construções, em pedra ou taipa, formando cercados, e ocorrem em várias regiões da Europa e do Mediterrâneo. Têm como função proteger os colmeais contra diversos tipos de agressões, entre as quais se perfilam alguns mamíferos, com destaque para os ursos.
Este processo de proteger os apiários, cercando-os com altos muros, não é único, existindo outros tipos de construções com idêntico propósito, mas será talvez um dos mais representativos à escala europeia, desde a Península Ibérica até às Ilhas Gregas.
Em Setembro de 2010, a Associação de Estudos do Alto Tejo, o Parque Arqueológico do Vale do Côa e a Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa organizaram um colóquio sobre o tema, no quadro das Jornadas Europeias do Património. Os nove textos que abrem este número, a seguir indicados, corporizam as actas daquele Colóquio.
Em caso de dificuldade de acesso aos textos a partir da nossa página, recomendamos a descarga para o computador pessoal e a abertura dos PDF a partir daí.
LES ENCLOS À ABEILLES, Gaby Roussel.
LES APIERS DE LA HAUTE VALLÉE DE LA ROYA, Luigi Nino Masetti.
LOS COLMENARES TRADICIONALES DEL NOROESTE DE ESPAÑA, Ernesto Díaz y Otero y Francisco Javier Naves Cienfuegos.
MUROS APIÁRIOS NA GALIZA INTERIOR: OS ALVARES DO CAUREL, Lois Ladra e Xúlia Vidal.
MUROS-APIÁRIOS DAS SERRAS DO ALVÃO E MARÃO: CONTRIBUIÇÃO PARA O SEU ESTUDO E PRESERVAÇÃO, António Pereira Dinis e A. Mário Dinis.
OS MUROS-APIÁRIOS DO PARQUE ARQUEOLÓGICO DO VALE DO CÔA, Dalila Correia.
OS MUROS-APIÁRIOS DA REGIÃO DE CASTELO BRANCO E ZONA ENVOLVENTE, Francisco Henriques, João Carlos Caninas, Mário Lobato Chambino, José Teodoro Prata e José Joaquim Gardete.
OS MUROS APIÁRIOS DO PARQUE NATURAL DA SERRA DE SÃO MAMEDE E SÍTIO DE SÃO MAMEDE, Joana Salomé Camejo Rodrigues e João Carlos Neves.
PRESENÇA HISTÓRICA DO URSO EM PORTUGAL E TESTEMUNHOS DA SUA RELAÇÃO COM AS COMUNIDADES RURAIS, Francisco Álvares e José Domingues.
Foto de grupo, com parte dos intervenientes no colóquio de Foz Côa junto a um muro-apiário do Vale do Côa.
Nota: Aceder ao AÇAFA on line, através do site www.altotejo.org. Depois seleccionar o site Associação de Estudos do Alto Tejo. Uma vez lá, procurar, à direita, o AÇAFA n.º 3. Clicar e depois escolher e clicar de novo.
Enxidros era a antiga designação do espaço baldio da encosta da Gardunha acima da vila de São Vicente da Beira. A viver aqui ou lá longe, todos continuamos presos a este chão pelo cordão umbilical. Dos Enxidros é um espaço de divulgação das coisas da nossa freguesia. Visitem-nos e enviem a vossa colaboração para teodoroprata@gmail.com
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sexta-feira, 5 de novembro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Muros-Apiários no Tripeiro
Estive este fim de semana em Foz Côa, onde participei no colóquio "Muros-apiários. Um Património Comum no Sudoeste Europeu."
Aos estudos realizados no âmbito do projecto Muros Apiários da Península Ibérica. O Mel e os Ursos, da Associação de Estudos do Alto Tejo (AEAT), juntaram-se outros trabalhos de investigadores vindos no norte de Portugal e da Galiza.
Há tempos, associara-me ao projecto da AEAT, através da recolha de documentação escrita sobre a criação de abelhas e a produção e comércio de mel e cera, nesta nossa região entre a Gardunha e o Tejo, desde a fundação de Portugal até ao século XIX. Por isso também participei, contente como um alho, como dizia o meu pai.
O meu estudo faz larga referência à freguesia de São Vicente da Beira, pois aqui se produzia muito mel, sobretudo na zona do Tripeiro, onde, no ano de 1775, 9 dos 13 vizinhos tinham colmeias. Tencionava desafiar os investigadores da AEAT a deslocarmo-nos ao vale da ribeira do Tripeiro, para verificar se haveria muros-apiários, mas fui surpreendido com a inclusão do Tripeiro no mapa regional dos muros-apiários, pois os investigadores Francisco Henriques e Mário Chambino já tinham feito um primeiro levantamento.
As fotos que se seguem foram-me facultadas por eles, a quem agradeço. O muro representado foi registado com o nome de Muro-Apiário da Foz do Ribeiro do Lapão.
As pedras salientes no alto do muro, em forma de beirado, destinavam-se a dificultar a entrada dos ursos no interior. Nos locais em que está conservado, o muro tem cerca de 4 metros de altura!
É notório o estado de ruína em que se encontra este muro-apiário. Desconheço como estão os outros que foram encontrados. Depende de nós perder ou recuperar este nosso património.
Aos estudos realizados no âmbito do projecto Muros Apiários da Península Ibérica. O Mel e os Ursos, da Associação de Estudos do Alto Tejo (AEAT), juntaram-se outros trabalhos de investigadores vindos no norte de Portugal e da Galiza.
Há tempos, associara-me ao projecto da AEAT, através da recolha de documentação escrita sobre a criação de abelhas e a produção e comércio de mel e cera, nesta nossa região entre a Gardunha e o Tejo, desde a fundação de Portugal até ao século XIX. Por isso também participei, contente como um alho, como dizia o meu pai.
O meu estudo faz larga referência à freguesia de São Vicente da Beira, pois aqui se produzia muito mel, sobretudo na zona do Tripeiro, onde, no ano de 1775, 9 dos 13 vizinhos tinham colmeias. Tencionava desafiar os investigadores da AEAT a deslocarmo-nos ao vale da ribeira do Tripeiro, para verificar se haveria muros-apiários, mas fui surpreendido com a inclusão do Tripeiro no mapa regional dos muros-apiários, pois os investigadores Francisco Henriques e Mário Chambino já tinham feito um primeiro levantamento.
As fotos que se seguem foram-me facultadas por eles, a quem agradeço. O muro representado foi registado com o nome de Muro-Apiário da Foz do Ribeiro do Lapão.
As pedras salientes no alto do muro, em forma de beirado, destinavam-se a dificultar a entrada dos ursos no interior. Nos locais em que está conservado, o muro tem cerca de 4 metros de altura!
É notório o estado de ruína em que se encontra este muro-apiário. Desconheço como estão os outros que foram encontrados. Depende de nós perder ou recuperar este nosso património.
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