Há muitos anos, a ribeira entre o Violeiro e Almaceda era um
meio gerador de economia e subsistência para a população. Ao longo da ribeira
havia azenhas, lagares e hortas. No entanto, com a emigração nos anos 60, foi
ficando tudo ao abandono. E mais tarde os incêndios destruíram o pouco que
ainda se mantinha, agora o que resta são as ruínas e a beleza da paisagem que
se renova sempre.
No entanto, uma filha da terra (Violeiro), Ester Grohe,
emigrante na Suíça, e o seu marido reconstruíram a azenha da família, sendo
esta a última a ter ficado inativa. Viveram muitos percalços para recuperar
tradição e o ofício do seu pai moleiro. Mas realizou o seu sonho!
E nos dias 22 e 23 de Outubro, organizou um convívio aberto a
toda a população, para mostrar todo o processo, desde a moagem dos cereais até
à cozedura do pão. Estiveram presentes os presidentes das juntas de freguesia
de Almaceda e São Vicente da Beira e ainda o presidente da Câmara de Castelo
Branco.
Era bom que houvesse mais iniciativas destas, para trazer
vida às nossas aldeias e preservar costumes e tradições.