Morte
Todos os dias faço o meu trabalhinho
Ninguém leva nada, nem um bocadinho
É assim a vida de uma criatura
Do nascimento à morte há um intervalinho
Que devemos aproveitar com cuidadinho
Mal nos descuidamos, poem-nos numa sepultura
Saibamos aproveitar o tempo da nossa vida
Rentabilizando as horas da nossa lida
Deixemos nossa marca, um rasto de luz
Ajudando o semelhante mesmo desconhecido
Afastemos o mal, sarando alguém ferido
Desta maneira torna-se mais leve nossa cruz
A morte que nos mata, não leva mais ninguém
É sempre vencida, não a olhemos com desdém
Quando menos esperamos, ei-la à nossa frente
Ninguém saberá nunca quando virá ou vem
Cada um tem a sua, neste instante morre alguém
Para onde vou! Não sei. Deixo de estar presente
Todos um dia para a grande viagem partiremos
E nunca mais te verei, ou veremos
Deixo estas rimas, esta mensagem
Quem sabe num outro mundo não nos juntaremos
Para todo o sempre e com saúde nos amaremos
Morte… Saibamos esperá-la com coragem
Perdoai este pobre pecador
Este Teu filho que Te ama e adora
Zé da Villa