São sete os pecados capitais
Pela gula vou começar
O glutão as iguarias sabe amar
Só pensa em comer e nada mais
O avaro é um doente
Só pensa em amealhar
Nunca tem nada para dar
Está sempre a pensar
A maneira de mais juntar
O avaro é mesquinho
É um pobre coitadinho
Só está bem a aferrolhar
Seu deus é o dinheiro
Qual rei midas ganancioso
É arrogante e vaidoso
O ouro está primeiro
O homem continua a amealhar
Idolatrando os bens materiais
Esquece que há muito mais
Para além do dinheiro para dar
Vale mais uma palavra só
Que toda a riqueza acumulada
AMAR, deve ser a mais cobiçada
Coitado do avaro, mete dó
A luxúria é o prazer carnal
Para ela só há sexualidade
Só pensa no sexual
É lasciva e imoral
A ira é odienta, rancorosa
Irosa só pensa na vingança
Nunca está bem, nunca se cansa
É uma alma descontrolada e furiosa
A inveja é invejosa
Sua própria bênção ignora
Cobiça o que não lhe pertence, até chora
Sempre foi e há-de ser cobiçosa
O invejoso cobiça o que não lhe pertence
Olha para o próximo maliciosamente
Só ele é que pode ser gente
Resumindo, é um doente
Batem à porta pausadamente
Alguém à porta bateu
Quem bate dessa maneira! Sou eu
O preguiçoso, o negligente
Afasta-te da minha casa imediatamente
Não quero vadios na minha morada
Aqui nunca terás entrada
A preguiça é desleixada
Lenta e negligente
Trabalho não é com essa gente
É uma doença lixada
Eis a soberba, a vaidade
Arrogante e orgulhosa
É uma senhora famosa
Não passa de uma nulidade
Ai de quem tem melancolia
São chatos, irritantes e violentos
Há-os para ai aos centos
Andam sempre com azia
Zé da Villa