As Jornadas Europeias do Património, realizadas ontem na Partida, superaram as expetativas. O número de participantes oscilou entre 50 e um pouco mais de 100, nas diferentes atividades, o que foi ótimo.
Enxidros era a antiga designação do espaço baldio da encosta da Gardunha acima da vila de São Vicente da Beira. A viver aqui ou lá longe, todos continuamos presos a este chão pelo cordão umbilical. Dos Enxidros é um espaço de divulgação das coisas da nossa freguesia. Visitem-nos e enviem a vossa colaboração para teodoroprata@gmail.com
segunda-feira, 23 de setembro de 2024
Na Partida
quinta-feira, 19 de setembro de 2024
As Jornadas na Partida
Começa cedo, para quem na Vila tem pilates de manhã e/ou missa às 13:30h. Mas o programa é vasto, dura toda a tarde!
José Teodoro Prata
quarta-feira, 18 de setembro de 2024
Os passadiços ardem
José Teodoro Prata
segunda-feira, 16 de setembro de 2024
quinta-feira, 12 de setembro de 2024
segunda-feira, 9 de setembro de 2024
Os Sanvincentinos na Grande Guerra
Manuel da Silva
Manuel da Silva nasceu na
freguesia de S. Martinho, na cidade da Covilhã, no dia 23 de setembro de 1892.
Era filho de António Augusto, natural de Nogueira do Cravo, e de Maria do
Patrocínio Silva, de São Vicente da Beira.
Assentou praça no dia 2 de abril
de 1912 e foi incorporado, em 14 de janeiro de 1913, no 1.º Batalhão de
Sapadores Mineiros da Covilhã. Pronto da recruta em 9 de julho de 1913, foi licenciado
no dia 21. De acordo com a sua folha de matrícula, sabia ler e escrever e tinha
a ocupação de pedreiro.
Em maio de 1917 (já vivia em São Vicente da Beira), foi novamente mobilizado para fazer parte do CEP, e embarcou para França no dia 26 do mesmo mês, integrando a 4.ª Companhia do Regimento de Sapadores Mineiros. Tinha o posto de soldado sapador, com o n.º 457 e chapa de identificação n.º 55211.
a)
Baixa à ambulância n.º 4, em 30 de junho de 1917; alta em 4 de julho,
apresentando-se nesse mesmo dia na sua
unidade;
b)
Promovido a 1.º Cabo, pelo Comandante da Companhia, em 2 de novembro de 1917;
c)
Diligência para o Batalhão de Infantaria 13, em 17 de março de
1918, permanecendo nesse batalhão até 2 de abril;
d)
Baixa em 16 de junho de 1918; alta em 20 do mesmo mês;
e)
Foi abatido ao efetivo da sua companhia, em março de 1919, a fim
de ser repatriado;
f)
Regressou a Portugal a bordo do navio Menomminé e desembarcou em Lisboa, no dia 3 de abril de 1919.
Condecorações:
Medalha comemorativa da participação de Portugal na Grande Guerra com a inscrição: França 1917-1918.
Família:
Manuel da Silva casou com Maria
Celeste Silva, no dia 9 de abril de 1920. Tiveram 3 filhos, um dos quais
faleceu com apenas 6 anos de idade. Criaram:
1-
Maria do Rosário Silva, que casou com José Guardado Moreira,
oficial do exército, e tiveram 3 filhos;
2-
Maria Manuela Silva (faleceu sem deixar descendência).
Manuel da Silva regressou da
guerra com alguns problemas de saúde que o obrigaram a uma vida muito regrada,
principalmente em termos da dieta alimentar, mas que não o impediram de se
tornar num dos homens mais empreendedores e considerados de São Vicente, no seu
tempo.
Para além de comerciante a
retalho, com um dos melhores estabelecimentos de venda de mercearias, pão,
retrosaria e drogaria, teve também uma pequena empresa de camionagem, com uma
camioneta de transporte de passageiros e outra de mercadorias.
Paralelamente à actividade
comercial, foi presidente da Junta de Freguesia entre 1942 e 1959, pertenceu à
direção da Banda Filarmónica Vicentina e foi provedor da Santa Casa da
Misericórdia durante vários mandatos.
Os tempos livres dedicava-os a
conversar com os amigos e, sempre que podia, abalava para o campo, à caça, a
sua grande paixão.
Manuel da Silva faleceu em casa, em
São Vicente da Beira, no dia 27 de dezembro de 1979. Tinha 87 anos de idade.
Maria Libânia Ferreira
Do livro: Os Combatentes de São Vicente da Beira na Grande Guerra