segunda-feira, 20 de maio de 2013

A fonte da Senhora da Orada 9

José Barroso, do Casal da Serra, nos anos trinta, deixou de ver e foi ao médico a São Vicente da Beira, dizendo-lhe este que nada podia fazer mais do que pôr-lhe umas gotas nos olhos. Com as gotas na vista, regressou a casa, continuando na mesma.
Lembrou-se das "águas santas" da Senhora da Orada, que curavam muitas doenças. Foi com a mulher junto da fonte, lavou a cara e deixou cair água da bica sobre os olhos. Foram rezar à porta da capela e logo se sentiu curado, começando a ver.

Informador: José de Matos (Casal da Serra)
Estudo: Águas e Curas Milagrosas na Serra da Gardunha - A Fonte da Senhora da Orada
Autor: Albano Mendes de Matos (natural do Casal da Serra)
Publicação: Medicina da Beira Interior da Pré-História ao Século XX - Cadernos de Cultura, N.º 13, Novembro de 1999

José Teodoro Prata



Fotos de M. L. Ferreira

3 comentários:

Anônimo disse...

Para além da crença nas graças da Senhora da Orada e nas propriedades milagrosas da sua água (a explicação do José Teodoro sobre as características destas águas ajudou-nos a perceber um pouco a razão das suas propriedades curativas), também a Serra da Gardunha se vestiu de festa para chamar e acolher os muitos vicentinos que se preparam para a romaria. As fotografias não conseguem mostrar como está linda!

M. L. Ferreira

Anônimo disse...

Falando de fenómenos sobrenaturais, os ditos milagres, há tempos encontrei o seguinte texto:

...«E, quando já não imaginava que via alguma coisa mais impressionante do que essa rumorosa mas pacífica multidão animada pela mesma obcessiva ideia e movida pelo mesmo poderoso anceio, que vi eu ainda de verdadeiramente estranho na charneca de Fátima? A chuva, á hora prenunciada deixar de cair; a densa massa de nuvens romper-se e o astro rei - disco de prata fosca - em pleno zenith aparecer e começar dançando n'um bailado violento e convulso, que grande numero de pessoas imaginava ser uma dança serpentina, tão belas e rutilantes côres revestiu sucessivamente a superfície solar...
Milagre, como gritava o povo; fenomeno natural, como dizem sábios? Não curo agora de sabel-o, mas apenas de te afirmar o que vi...O resto é com a Ciência e com a Egreja...» AVELINO DE ALMEIDA

Como é bom de ver, trata-se da transcrição do chamado 'milagre do sol', em Fátima, a 13 de Outubro de 1917, presenciado por um jornalista, um tal Avelino de Almeida. O texto, com a grafia original, foi retirado de um jornal da época reproduzido na Net (julgo que é 'O Século' de 15 de Outubro de 1917, mas não consegui ver bem).

Li uns três livros (não muito grandes) e mais alguns textos (católicos e não católicos), sobre Fátima. É uma discussão que nos levaria muito longe, o que de nenhum modo impede que tal discussão se possa e deva fazer. É uma questão de oportunidade. Mas não iriam, de certeza, tirar-se conclusões a contento de todos. Pessoalmente, (com a maturidade), passei a ter uma maior predisposição natural para crer. E não tenho autoridade para contrariar a honestidade das pessoas que vivenciaram certas experiências e no-las contam. Mas, como qualquer pessoa que pretende ser honesta consigo própria, faço sempre passar pelo filtro da razão essa propensão. Uma coisa parece certa: é tão perigosa (do ponto de vista filosófico, bem entendido), uma atitude puramente racional, como uma abordagem estritamente emocional. É preciso estarmos abertos a ambas e agirmos de acordo com o que nos ditar o nosso foro interno.

Zé Barroso





Mendes Matos disse...

Eu já vi o Sol a rodar. Estando a frequentar o Curso de Meteorologia, fomos visitar o Posto Meteorológico de Maveira da Serra, Serra de Sintra. Com grande ventania, diz o professor: - Estamos no centro de um ciclone. - Abriguei-me ao lado dev uma pedra calcárea e, a dado momento, olho para o céu e vejo o Sol a dançar. Com as nuvens a rodarem umas para a direita, outras para a esquerda, vi o Sol a rodar e a mudar de lugar. Isto explica o milagre de Fáti

ma?