Coitado do Zé
Isto está
mau
Sempre ouvi
dizer
Mesmo antes
de nascer
Já isto
estava mau
Está mau
para o assalariado
Quem não tem
trabalho, está pior
Não ter que
comer…Senhor
É uma
tristeza, é um pecado
Os poderosos
afirmam
O cinto
temos que apertar
É o Zé,
sempre ele a pagar
Os impostos
com que o mimam
Não é ele
que anda a passear
Não é ele
que faz os arranjinhos
Pobre do Zé,
da Maria e dos filhinhos
São eles que
têm de aguentar
Os poderosos
continuam a governar
O povo manso
a obedecer
O que é que
se há de fazer!
É comer e
calar
Os que mais
se queixam são os privilegiados
Recebem
salários chorudos
Os Zés
acomodados, mudos
São sempre
os mais conformados
Isto está
mau para o Zé Povinho
É só pagar,
pagar, pagar
Eles
continuam a roubar
Amocha Zé, só
mais um bocadinho
E o Zé
esperançoso
Vai
aguentando a pesada carga
Desde que
nasce não mais a larga
É um ciclo
vicioso
Tem que
haver mais justiça social
Para o Zé
ter uma carga mais levezinha
Poder ter
uma melhor vidinha
Para que
nunca mais se diga; isto está mal
Zé da Villa
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