Através da imaginação, o viajante segue
viagem.
Desço a rua
eis-me em frente a um grande rio, ou será mar!
Juncado de
pequenos e grandes barcos a navegar
Uma
grandiosa praça, ao meio uma estátua real
Montado num
garboso cavalo, um grande rei de Portugal
Foi naquela
praça imensa, que vindo de Vila Viçosa
Um rei e seu primogénito morreram
ficando a rainha chorosa
Sigo viagem
no meu mundo de fantasia
Estou em
frente à Sé do Porto que alegria
Ao lado um
monumental pelourinho
Ao fundo o rio,
Porto cidade do vinho
Da Torre dos
Clérigos, qual sentinela, vigia
Rabelos, tripas, sem vós; a cidade
como seria!
Já me
encontro em Compostela
Cidade
antiga, mas tão bela
Tiago te deu
a fama e o proveito
Tanto
peregrino te presta preito
Do
botafumeiro sai um perfume de macela
Nunca vi uma catedral como aquela
O caminho
faz-se caminhando
Parto com
saudade, vou andando
Madrid,
cidade monumental
Prado,
Almudena e Palácio Real
As costas te
vou virando
Cada vez mais estou gostando
Eia; onde me
encontro neste momento
Estou
extasiado, sentado num lindo assento
Junto a mim
uma torre grandiosa
Muito bela e
maravilhosa
Cidade das
luzes, tanta azáfama e movimento
Paris, tão bela; tanta emoção não
aguento
Como a vida
é uma descoberta
Quero estar
sempre alerta
E novos
mundos conhecer
Roma, gosto
de te ver
Coliseu,
tanta coisa bonita pela certa
São Pedro, Cistina. Estou pasmado,
de boca aberta
Atenas,
berço da nossa civilização
Na Acrópole
o Parthenon vejo com admiração
Edificado
para a deusa Atena cultuarem
Onde o
oráculo incitava as pessoas a rezarem
Neste lugar
estão nossas raízes como saberão
Filósofos, democratas...tamanha é
minha emoção
Já me
encontro na Praça Vermelha, em Moscovo
Cercada de
palácios e catedrais, é um mundo novo
Soldados
empertigados marcham garbosamente
Lenine
cultuado e amado por muita gente
Não sei qual
o rumo a tomar, amanhã resolvo
Gente que
passa apressada, é o povo
(continua)
Zé da Villa
Um comentário:
O Zé da Vila é pela certa
uma enciclopédia viva de boca aberta...
e os monumentos que refere são, na verdade,
testemunhos de beleza desta nossa Humanidade.
(O comentário deve ler-se ao estilo do Ary dos Santos)
Um abraço para ele e para os estimados leitores.
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